Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

sábado, 13 de março de 2010

Lei da Anistia é reconhecida pelo juiz da Vara da Justiça Militar.

11/03/2010

Aos poucos, a Lei da Anistia começa a se tornar realidade em Santa Catarina. O juiz da Vara da Justiça Militar Estadual, Getúlio Correa, decidiu extinguir a punição, no âmbito militar, de seis policiais militares com base na Lei 12.191/10. Os militares foram acusados de violar dispositivos do Código Penal Militar, na época da manifestação reivindicatória de dezembro de 2008, e respondiam inquérito policial militar (IPM) coletivo.

Com base em parecer do Ministério Público, o juiz acatou os argumentos sobre a aplicação da lei no caso envolvendo os PMs de São Miguel do Oeste e reconheceu a anistia na Justiça Militar.

A decisão foi tomada em 24 de fevereiro e favorece os sargentos Sandro Heinen e Osmar Alves de Oliveira, o cabo Francisco Carlesso e os soldados Elton Biegelmeier, Everton Luiz Renostro e Márcio Peruzzo, todos da Polícia Militar.

O soldado Biegelmeier ainda estava sendo submetido a um conselho de disciplina como consequência do IPM instaurado, e podia ser expulso da Polícia Militar, por supostamente liderar o movimento na região. Ao tomar conhecimento da decisão, ele comemorou a postura do juiz e do Ministério Público. “Finalmente a lei está sendo cumprida”, disse.

O diretor jurídico da Aprasc, Edson Fortuna, classificou a decisão de “importante”, pois “reflete o posicionamento que provavelmente será adotado pela Justiça Militar em relação aos demais casos”. “Resta agora aguardar que o Comando-geral da PM faça cumprir a lei de anistia e reintegre os 16 militares já excluídos, encerrando o ciclo inquisitório instalado em nossa corporação”, reivindica Fortuna.

Fonte: Associação de Cb e Sd da PMRN.

Relatório dos EUA acusa polícias estaduais do Brasil de truculência.

12/03/2010 - 00:05

Marília Martins - correspondente

NOVA YORK - O relatório anual sobre direitos humanos divulgado nesta quinta-feira pelo Departamento de Estado dos EUA afirma que as polícias estaduais continuam a cometer abusos e violações no Brasil. "Os homicídios ilegais cometidos pelas polícias estaduais, Civil e Militar, são frequentes, além de envolvimento de policiais em esquadrões da morte e tortura de presos", diz o documento.

As causas para a truculência policial apontadas no relatório vão desde falta de treinamento adequado (o que resulta em homicídios involuntários) até corrupção e envolvimento com redes criminosas. O documento lista casos de assassinato, espancamento, tortura, péssimas condições de prisões, além de falhas na proteção de testemunhas que poderiam ajudar a desvendar crimes. Critica a Justiça brasileira, dizendo que ela tem um histórico sofrível de condenações judiciais de envolvidos em violência policial e casos de corrupção.

- O relatório sobre a situação no Brasil é contundente e fala por si. A violência, a corrupção e a impunidade continuam elevadas - comentou o subsecretário de Direitos Humanos, Michael Posner.

Relatório diz que maior problema é impunidade e cita caso Arruda

O documento afirma que a corrupção continua a ser uma questão grave no Brasil e que o maior problema é a impunidade, já que a lei prevê penas criminais para corrupção oficial, mas não foi efetivamente implementada. E cita casos de denúncias de corrupção "envolvendo o atual e o antigo presidente do Senado, outros senadores, funcionários públicos e familiares". Tem destaque no relatório o episódio de corrupção envolvendo o governador afastado do Distrito Federal José Roberto Arruda e seus aliados.

O subsecretário considera que entre os avanços no Brasil estão esforços para reduzir o trabalho e a exploração infantil. Afirma que o país vem agindo sobretudo em regiões de fronteira, para evitar o tráfico de menores, mas que precisa fazer mais, a fim de conquistar parcerias de governos vizinhos.

- Além de pedir ao pessoal da nossa embaixada e dos consulados para investigar a situação dos direitos humanos no Brasil, recebemos denúncias de organizações de direitos humanos, entidades religiosas, líderes comunitários, especialistas universitários e entidades internacionais como a Anistia Internacional. Temos várias fontes de informação. O Brasil tem longo histórico de violações de direitos humanos em penitenciárias, e a situação, como revela o relatório, continua ruim.

Posner reconheceu que o sistema penitenciário americano também tem problemas.

Fonte: O Globo.

Militar reformado das Forças Armadas não consegue equiparação com policial militar do DF.

STJ 11/03/2010 – 10:25

Militar das Forças Armadas, reformado com proventos de 2º Tenente do Exército Brasileiro, não consegue a equiparação dos seus proventos com os dos policiais militares do Distrito Federal. A decisão, unânime, é da Terceira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No caso, o militar entrou com um mandado de segurança contra ato supostamente ilegal do ministro de Estado da Defesa, baseado no pagamento de seus vencimentos em desacordo com as disposições do Decreto 667/1969.

Alegou que, apesar da previsão do artigo 24 do Decreto 667/1969, de que a remuneração dos policiais militares não pode ultrapassar, dentro do posto e graduações, os das Forças Armadas, o ministro da Defesa conferiu aumento salarial aos primeiros e não fez o mesmo com os segundos.

Afirmou, também, que há adequação orçamentária para tanto, uma vez que a Lei 10.491/2004 incluiu a carreira militar das Forças Armadas entre aquelas que poderiam receber aumento de remuneração, ao passo que a Lei 10.946/2004 abriu crédito suplementar necessário ao reajustamento dos soldos, vencimentos e pensões.

Pediu, assim, no STJ, a equiparação dos seus proventos com os dos policiais militares do DF, bem como o pagamento da diferença dos atrasados referentes aos últimos cinco anos, com juros e correção monetária.

Em seu voto, o relator, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, destacou que a Constituição Federal autoriza a estipulação de diferenças remuneratórias entre os militares das Forças Armadas e os policiais militares estaduais, além de proibir a equiparação de vencimentos de servidores públicos.

“A Carta Magna de 1988 consagra a autonomia dos Estados Federados quanto à remuneração das respectivas polícias militares e bombeiros militares, em apreço às diferenças interestaduais próprias do sistema federativo moderno”, afirmou o ministro.

Fonte: Superior Tribunal de Justiça.

Deputado Edivaldo Holanda condena ameaça de Cutrim a policiais civis.

11/03/2010 – 17:32

Jacqueline Heluy
Agência Assembleia

O líder da oposição, deputado Edivaldo Holanda (PTC), manifestou hoje (quinta-feira, 11), na tribuna, o seu repúdio a atitude do secretário Raimundo Cutrim (Segurança), que ao invés de dar apoio às famílias dos dois policiais mortos por bandidos esta semana em São Luís, prefira espalhar notícias ameaçando-os com o corte de ponto.

Segundo Edivaldo Holanda, Raimundo Cutrim tentou fazer a mesma intimidação aos policiais civis que pretendiam fazer uma paralisação no ano passado, mas não obteve sucesso pelas vias judiciais.

A atitude do secretário, na avaliação de Edivaldo Holanda, apenas demonstra a situação caótica em que se encontra a segurança do Maranhão. Ele ressaltou que o assunto ganhou destaque no noticiário nacional quando o juiz de Bacabal, Roberto de Paula, colocou em liberdade presos que estavam amontoados na delegacia daquela cidade porque o governo não constrói os presídios que deveria construir.

Edivaldo disse não saber porque os presídios ainda não foram construídos, pois os recursos para a construção, através do Pronasci, já estavam planejados desde o governo de Jackon Lago (PDT).

Outro importante dado sobre o setor da segurança pública foi destacado por Edivaldo ao ler hoje matérias publicadas no jornal “Gazeta da Ilha”, que comparou São Luís ao velho Oeste americano, e “O Imparcial”, que enfatizou a ameaça do secretário Raimundo Cutrim em cortar o ponto dos policiais que aderissem à greve de 24 horas, prevista para hoje, em protesto pela morte de dois policiais por bandidos.

Holanda lamentou que ao ameaçar os policiais, o secretário tenha esquecido que eles estão apenas exercendo o direito constitucional de protestar e de reivindicar melhores condições para fazerem a segurança na cidade e no Estado.

“Dois policiais mortos, Cícero e Sabino, e nenhuma solidariedade. No caso do policial Cícero, todas as viaturas praticamente foram remanejadas para o velório, mas o secretário Raimundo Cutrim não foi lá dispensar à família uma palavra de consolo, de solidariedade, ou dizer àquela família que providências seriam tomadas”, afirmou Edivaldo.

Ele disse esperar do secretário de Segurança, além da solidariedade, providências imediatas, pois o principal suspeito do assassinato foi solto imediatamente após o crime e quando a polícia se revolta e faz um protesto, recebe como retorno ameaça expressa do governo.

Fonte: Assembleia Legislativa.

Leia mais:

11/03/2010 – 08:53 – O Imparcial Online - 24h de Paralisação: Secretário de Segurança afirma que cortará o ponto dos policiais

11/03/2010 – 06h37 – Imirante – Policiais civis param por 24 horas em São Luís

10/03/2010 – 18:27 – O Imparcial Online – Insegurança: Mortes paralisam a Polícia Civil da capital por 24h

09/03/2010 - Delegado fala da "in"segurança no Maranhão

PL 554/2010 – Aposentadoria especial para os policiais.

Adepol 12/03/2010 – 15:22

O Projeto de Lei Completar 554/2010, do Poder Executivo, traz uma nova e terrível roupagem para a aposentadoria policial.

Em sua proposta, o Executivo elimina a integralidade da aposentadoria policial, além de postergar, em muito, o tempo de exercício da atividade de alto risco que exercem os operadores da segurança pública. Essa tentativa carrega consigo a provocação do envelhecimento do efetivo policial, pois para galgar a integralidade de seus proventos, o servidor da segurança pública teria de enfrentar a regra de transição, que lhe imporia a aposentadoria com cerca de 60 anos de idade em média. 

Este fato é gravíssimo, pois na atividade policial o desgaste físico e mental é extremo, e a plena capacidade física e psicológica é condição essencial para o bom exercício desse mister. Portando, a Adepol do Brasil, com o apoio de diversos Parlamentares, adotou estratégia com o fim de evitar a aprovação do PLP 554/10, sem que sofra uma série de emendas visando a sua adequação à realidade da segurança pública do País, pois a preocupação é grande, eis que ele está apensado ao PLP 330/06, que está pronto para plenário.

Sendo assim, todos nós policiais devemos nos mobilizar para obstar a aprovação do citado PLP 554/2010 da forma que está, pois o Poder Executivo fará força no sentido de aprovar a sua proposta, em detrimento do PLP 330/06 que atende aos operadores da segurança pública.

Fonte: Associação dos Delegados de Polícia do Brasil.

PL CD 6.256/2009 – Isenção de IPI para veículos adquiridos por PMs BMs.

Proposição: PL-6256/2009

Autor: Major Fábio - DEM /PB

Data de Apresentação: 20/10/2009

Ementa: Estende a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados para veículos adquiridos por policiais militares e bombeiros militares, nas condições que estabelece.

Explicação da Ementa: Altera a Lei nº 8.989, de 1995.

21/12/2009 Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado  (CSPCCO) Parecer do Relator, Dep. Capitão Assumção (PSB-ES), pela aprovação.

10/3/2010 Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado  (CSPCCO) Vista ao Deputado William Woo.

12/3/2010 Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado  (CSPCCO) Apresentação do Voto em Separado, VTS 1 CSPCCO, pelo Dep. Laerte Bessa

Fonte: Câmara dos Deputados.

PL CD 4.443/2008 – Obrigatoriedade de exames clínicos periódicos para policiais.

Proposição: PL-4443/2008

Autor: Paulo Lima - PMDB /SP

Data de Apresentação: 03/12/2008

Ementa: Dispõe sobre a obrigatoriedade de exames clínicos toxicológicos periódicos para policiais civis, militares e federais, agentes de trânsito estaduais e guardas municipais.

5/11/2009 Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público  (CTASP) Parecer do Relator, Dep. Laerte Bessa (PSC-DF), pela rejeição.

9/12/2009 Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público  (CTASP) Aprovado por Unanimidade o Parecer.

14/12/2009
Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF)
Recebimento pela CSSF.

12/3/2010 Comissão de Seguridade Social e Família  (CSSF) Designado Relator, Dep. Dr. Talmir (PV-SP)

Fonte: Câmara dos Deputados.

Consequências da suspensão da votação da PEC 300.

11/03/2010 – 18:16

Frente Parlamentar em Defesa dos Policiais e Bombeiros

DELIBERAÇÃO

Diante do quadro de “intervenção branca” na Câmara Federal, por parte do governo, que impediu por 20 dias que se colocasse qualquer PEC para ser votada no plenário da casa, com o objetivo claro de impedir o prosseguimento da votação da PEC 300, procrastinando a votação do Piso Salarial Nacional dos Bombeiros e Policiais, até que esse mesmo governo consiga retirar do texto já aprovado, o valor nominal de R$ 3.500,00, a frente parlamentar deliberou:

1. Que, nos estados, os trabalhadores, através de seus sindicatos e associações dos trabalhadores de segurança pública, coloquem outdoors com mensagem similar à apresentada aqui: “O Governo Federal quer matar a PEC 300 ” . Essa campanha deve perdurar durante o prazo de vigência da “intervenção branca” na Câmara Federal;

2. Que, imediatamente, para efeito de patrocinar o financiamento da luta pela PEC 300, quer seja para divulgar nossas manifestações em cadeia de rádio e TV, quer seja para subsidiar a possível permanência de um grupo de policiais e bombeiros na Capital Federal ou qualquer outra atividade deliberada por todos os bombeiros e policiais da nação brasileira, seja iniciada a CAMPANHA DO REAL (doação de, no mínimo, R$ 1,00). Conta e gestores a serem definidos até o dia 15 de março (segunda);

3. Que seja realizada em todas as 26 capitais, no dia 21 de março (domingo), uma grande marcha, envolvendo todos os trabalhadores de segurança pública (bombeiros, policiais militares, policiais civis, agentes penitenciários e categorias afins) cobrando o fim da intervenção branca na Câmara Federal (mesmo horário matinal em todo o Brasil, a ser definido.);

4. Que, no dia 23 de março (terça), às 14:00 horas, no auditório Nereu Ramos da Câmara Federal, seja feita a 1ª ASSEMBLÉIA GERAL UNIFICADA DOS TRABALHADORES DE SEGURANÇA PÚBLICA DO BRASIL, com a presença de todos os presidentes de sindicatos dos policiais civis, agentes penitenciários, associações dos policiais militares e bombeiros militares e parlamentares defensores das respectivas PECs , com a seguinte pauta:

a. mobilização e organização das categorias contra a tentativa do governo federal de matar a PEC 300 e demais PECs que estejam na pauta, dos trabalhadores de segurança pública;

b. 3ª Marcha nacional em defesa dos trabalhadores de segurança pública, no Distrito Federal;

c. indicativo de paralisação nacional.

Obs.: Para efeito de cadastramento dos Presidentes de sindicatos e associações, bem como outros detalhamentos, o Deputado Capitão Assumção está disponibilizando o seu gabinete em Brasília e em Vitória:

Brasília – DF
Anexo III, 1º andar, Gabinete 280
CEP 70160-900
Tel 61 3215 5280

Vitória – ES
Rodovia Serafim Derenze, 11.151
Santa Martha
CEP 29046-513
Tel 27 33255807

Brasília, 11 de março de 2010.

ASSISTA AO VÍDEOS REFERENTES À SUSPENSÃO DA VOTAÇÃO DA PEC 300

Fonte: Capitão Assumção.

DF reestrutura Polícia Civil.

10/03/2010 – 17:12

O governo do Distrito Federal finalmente aprovou a reestruturação da Policia Civil nos moldes da tabela negociada pelas entidades de classe oferecendo um aumento linear de 5% para setembro de 2010, 14% para 2011, sendo 7% para março e agosto; 14% para 2012, sendo 7% para março e agosto.

DELEGADO, PERITO E MÉDICO LEGISTA

*CLASSE ESPECIAL
# PADRÃO 3: R$ 22.809,50
# PADRÃO 2: R$ 22.375,00
# PADRÃO 1: R$ 22.344,00

*PRIMEIRA CLASSE
# PADRÃO 5: R$ 21.413,00
# PADRÃO 4: R$ 20.947,50
# PADRÃO 3: R$ 20.482,00
# PADRÃO 2: R$ 20.016,50
# PADRÃO 1: R$ 19.561,00

*SEGUNDA CLASSE
# PADRÃO 5: R$ 18.852,75
# PADRÃO 4: R$ 18.387,25
# PADRÃO 3: R$ 17. 921,75
# PADRÃO 2: R$ 17.456,25
# PADRÃO 1: R$ 17.315,00

TERCEIRA CLASSE
# PADRÃO ÚNICO (3 anos) R$ 17.223,50

AGENTE, ESCRIVÃO E PAPILOSCOPISTA

*CLASSE ESPECIAL
# PADRÃO 3: R$ 17.223,50
# PADRÃO 2: R$ 15.827,00
# PADRÃO 1: R$ 15.361,50

*PRIMEIRA CLASSE
# PADRÃO 5: R$ 14.430,50
# PADRÃO 4: R$ 13.965,00
# PADRÃO 3: R$ 13.499,50
# PADRÃO 2: R$ 13.034,00
# PADRÃO 1: R$ 12.568,50

*SEGUNDA CLASSE
# PADRÃO 5: R$ 11.870,25
# PADRÃO 4: R$ 11.404,75
# PADRÃO 3: R$ 10.939,25
# PADRÃO 2: R$ 10.473,75
# PADRÃO 1: R$ 10.008,25

TERCEIRA CLASSE
# PADRÃO ÚNICO (3 anos) R$ 9.310,00

Lembrando que a mudança de padrão ocorre ANUALMENTE.

A 3ª classe terá duração de apenas 3 anos, que é o tempo de estágio probatório.

Fonte: Investigador de Polícia.

Câmara suspende votação de PECs por 20 dias e cria comissão especial.

10/03/2010 - 19:16

Cristiane Jungblut

BRASÍLIA - Líderes se reuniram nesta quarta-feira com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e decidiram suspender a votação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs) por 20 dias. Será criada uma comissão para definir os critérios de votação das propostas consideradas prioritárias.

A ideia inicial, proposta pelo líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), era suspender a votação das PECs até as eleições de outubro. Os parlamentares estão sendo pressionados por lobbies de várias categorias para a votação, principalmente, de PECs que concedem reajuste salarial. Um exemplo é a pressão de policiais e bombeiros militares pela votação da PEC 300, que cria o piso salarial da categoria. A proposta foi aprovada, mas ainda faltam ser votados os destaques.

Fonte: O Globo.

PL CD 5235/2009 – Projeto Policial/Bombeiro Cidadão

Proposição: PL-5235/2009

Autor: Paes de Lira - PTC /SP

Data de Apresentação: 19/05/2009

Ementa: Altera a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007, que institui o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - PRONASCI, e a Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964, Lei do Serviço Militar, e dá outras providências.

Explicação da Ementa: Inclui no Pronasci o Projeto Policial/Bombeiro Cidadão.

16/12/2009 Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado  (CSPCCO) Parecer do Relator, Dep. William Woo (PPS-SP), pela aprovação deste, com substitutivo.

10/3/2010 Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado  (CSPCCO) Aprovado o Parecer.

12/3/2010 Comissão de Finanças e Tributação  (CFT) Recebimento pela CFT.  Aguardando designação de Relator.

Fonte: Câmara dos Deputados.

OAB ajuizará Adins contra artigos do Código de Trânsito e nova lei do MS.

OAB 09/03/2010

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) aprovou hoje (09) o ajuizamento de duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) junto ao Supremo Tribunal Federal para questionar a validade de duas leis federais. O relator da matéria foi o secretário-geral da OAB Nacional, Marcus Vinícius Furtado Coêlho. A primeira delas é o parágrafo 2º do artigo 288 da Lei nº 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileiro -, que prevê que o recurso a ser interposto pelo responsável da infração de trânsito somente será admitido depois de comprovado o pagamento da multa.

No entendimento unânime do Pleno da OAB, a exigência do recolhimento prévio de multa como requisito de admissibilidade de recurso administrativo é inconstitucional, uma vez que restringe o direito de petição dos cidadãos e ofende a garantia do contraditório, em afronta aos incisos XXXIV, "a", e LV do artigo 5º da Constituição Federal.

A segunda Adin se destina a questionar o parágrafo 2º do artigo 14 da Lei 12.016/09 - a nova Lei do mandado de Segurança - que prevê que "estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer". Na ação, a OAB buscará a interpretação da norma conforme a Constituição, no sentido de ratificar que o dispositivo não tornou o advogado dispensável à administração da Justiça.

A seguir a íntegra do voto do relator, o secretário-geral da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho:

Proposição 2009.19.00999-01

Origem: Advogado Anildo Fabio de Araujo - OAB/DF nº 21.077. Processo nº 2009.19.00999-01/Comissão Nacional de Estudos Constitucionais.

Assunto: Proposta de ajuizamento de Ação Direta de Inconstitucionalidade - STF. Art. 288, § 2º da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro. Prévio recolhimento da multa como requisito de admissibilidade de recurso administrativo. Legitimidade para recorrer. "Jus postulandi".

Relator: Conselheiro Federal Marcus Vinicius Furtado Coêlho (PI).

RELATÓRIO

Tratam os autos de expedientes dirigidos ao Conselho Federal da OAB pelo advogado Anildo Fabio de Araújo, Procurador da Fazenda Nacional, que aponta inconstitucionalidade dos seguintes dispositivos:

- § 2º do art. 288 da Lei nº 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileiro, com o seguinte teor:

"No caso de penalidade de multa, o recurso interposto pelo responsável pela infração somente será admitido comprovado o recolhimento de seu valor"

- § 2º do art. 14 da Lei Federal nº 12.016/2009 - Nova Lei do Mandado de Segurança, com o seguinte teor:

"Estende-se à autoridade coatora o direito de recorrer."

Parecer da Comissão Nacional de Estudo Constitucionais, às fls. 35, propõe o acolhimento das propostas, com o conseqüente ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.

A Diretoria, em 30.11.2009, determinou o encaminhamento da matéria ao Conselho Pleno, com a designação de relatoria.

É o relatório.

VOTO

Quanto ao Código de Trânsito Brasileiro, a exigência de recolhimento prévio de multa como requisito de admissibilidade de recurso administrativo é inconstitucional, ao restringir o exercício do direito de petição e ofender a garantia do contraditório, representando o dispositivo em estudo afronta aos incisos XXXIV, "a", e LV do art. 5º da Constituição da República.

Esse é o entendimento do Excelso Pretório, como manifestado por ocasião do julgamento da ADI nº 1976, valendo citar, também, a Súmula nº 373 do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que "é ilegítima a exigência do depósito prévio para admissibilidade de recurso administrativo".

Quanto à Nova Lei do Mandado de Segurança, acolho, também, o parecer da douta Comissão Nacional de Estudos Constitucionais, aduzindo, quanto ao parágrafo em estudo, que "a atribuição de legitimidade à autoridade coatora de recorrer não tipifica que lhe tenha sido concedido jus postulandi, inexistindo inconstitucionalidade".

Contudo, acolho o entendimento do colegiado no tocante à oportunidade de se buscar, nesse ponto, a interpretação conforme a Constituição Federal, no sentido de que a regra do art. 14, § 2º, da lei 12.016/2009 não tornou o advogado dispensável à administração da justiça.

Voto, assim, pelo ajuizamento de ações diretas de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal em face do § 2º do art. 288 da Lei nº 9.503/97 e do § 2º do art. 14 da Lei Federal nº 12.016/2009.

Brasília, 09 de março de 2010

Marcus Vinicius Furtado Coêlho
Conselheiro Relator

Fonte: OAB.

Plano dá a militar poder de prisão na fronteira.

Fenapef 10/03/2010

A Câmara aprovou ontem à noite projeto de lei complementar que reforça o poder do ministro da Defesa dentro da organização dasForças Armadas. O texto, que agora segue para votação no Senado, também assegura aos militares o poder de prisão em ações na região de fronteira.

Elaborado pelo ministro Nelson Jobim como parte de um Plano Nacional de Defesa, o projeto cria o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, que ficará acima dos Estados Maiores das três Forças(Exército, Marinha e Aeronáutica).

O poder de prisão dos militares, que poderia ser questionado judicialmente, passa a ser assegurado durante o patrulhamento de áreas de fronteira terrestre e nomar. Segundo o texto, a detenção pode ser feita quando envolver o combate a delitos nas fronteiras, como tráfico de drogas, ou crimes ambientais.

O texto também autoriza as Forças Armadas a fazer revista de pessoas, de veículos, de embarcações ou aeronaves.

Uma emenda do deputado Antonio Pannunzio (PSDB-SP) deixou claro que essa ação poderá ocorrer independentemente da posse ou propriedade da área.

Isso apenas é para reforçar que as Forças Armadas podem entrar em reservas, em áreas de ONGs e não é dado a ninguém criar obstáculo disse Pannunzio.

Outro ponto importante é o que permite à Aeronáutica a efetuar a prisão em operações que a FAB consegue forçar um avião a pousar por suspeita de tráfico de drogas. Até então, essa atribuição era exclusiva das polícias. O texto estabelece que os militares poderão prender os traficantes se não houver policiais na área.

Nomes para promoção vão passar pelo ministro Segundo o deputado José Genoíno (PT-SP), que foi relator do projeto na Comissão de Constituiçãoe Justiça da Câmara (CCJ), o projeto é importante por reforçar a estrutura do Ministério da Defesa.

Esse projeto fortalece autoridade do ministro da Defesa e prevê que os nomes para promoções passem por ele antes de ir para o presidente da República disse Genoíno.

O texto explicita, por exemplo, a necessidade de os comandantes das três Forças apresentarem primeiro ao ministro da Defesaa lista de promoções de oficiais generais.

O projeto ainda reforça que o Ministério da Defesa poderá estabelecer as regras gerais para aquisição de equipamentos e armamentos para as três Forças.

Hoje, Marinha, Exército e Aeronáutica tomam decisões isoladas sobre aquisições.

Outra emenda aprovada cria o chamado "Livro Branco", que reunirá dados sobre estratégia de Defesa e modernização das Forças Armadas.

A cadaquatro anos, a partir de 2012, o governo terá que apresentar ao Congresso o Livro Branco e ainda a Política e a Estratégia de Defesa.

O projeto foi aprovado por 328 votos a favor e cinco contra, além de três abstenções.

Fonte: Folha de São Paulo apud FENAPEF.

Especialistas divergem sobre fiança e rastreamento.

Estadão 10/03/2010 - 00:00

Ana Bizzotto, Filipe Vilicic e Marcelo Godoy

Não há concordância entre juízes, especialistas em segurança pública e advogados ouvidos pelo Estado. Parte acha o monitoramento eletrônico ? discutido no CNJ ? inútil, enquanto outra o vê como solução para a prisão domiciliar ou em semiliberdade. Outros defendem fiança para todos os crimes, enquanto seus opositores dizem que leva à impunidade.

O juiz Sérgio Mazina, presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (Ibccrim), é contra o monitoramento eletrônico. "Esse método não combate a fuga, porque, quem quer escapar, dará um jeito de arrancar a tornozeleira", diz. Para ele, o equipamento será caro e o preso, que batalha pela reabilitação, "ficará estigmatizado". Mazina defende a fiança para todos os crimes. "O juiz deve ter a possibilidade de avaliar caso a caso."

O advogado Márcio Thomaz Bastos concorda e se diz favorável às propostas do CNJ. "A pena de prisão precisa ser aplicada com muita parcimônia e reservada a crimes mais violentos."

Também favorável à restrição da prisão, o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira criticou a ampliação da fiança. "Com as nossas diferenças sociais, a proliferação da fiança agravaria a distância do tratamento dado ao pobre e ao rico pelo direito penal.

"Membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o sociólogo Luís Flávio Sapori também é contra. "A medida aumentará a sensação de impunidade e o crime."

De seu lado está o coronel José Vicente da Silva Filho, para quem a fiança para todos os crimes é um absurdo. Ele apoia o monitoramento eletrônico: "É importante acompanhar o preso e verificar seus costumes em sua evolução para a liberdade."

A mesma opinião é compartilhada pelo professor de Direito Luiz Flávio Gomes. "Mas a pulseira deve ser discreta, para preservar a dignidade do preso."

Fonte: Estadão.

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CNJ regulamenta videoconferência.

Estadão 10/03/2010

Conselho deve disponibilizar equipamentos e prevê até a utilização de um sistema parecido com o do Skype

Mariângela Gallucci

DISTÂNCIA - O presidente do CNJ, Gilmar Mendes, testou a tecnologia em julho do ano passado; segundo decisão, testemunhas poderão ser ouvidas por meio do equipamento

BRASÍLIA

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou ontem regras para que juízes ouçam testemunhas e presos por meio de videoconferência e preveem monitoramento eletrônico de presos. A expectativa é de que o depoimento a distância torne os processos mais rápidos e diminua riscos à segurança pública. "A resolução permite que, de uma vez por todas, a gente implemente essa tecnologia", afirmou o conselheiro do CNJ Walter Nunes, coordenador do Plano de Gestão Criminal aprovado ontem pelo conselho que, entre outras providências, regulamenta as videoconferências.

Duas leis federais, de 2008 e 2009, estabeleceram a possibilidade de testemunhas e réus serem ouvidos por videoconferência. Mas, para Nunes, a legislação não especificava como seriam realizadas essas audiências. "A lei que estabeleceu a possibilidade de utilização da videoconferência para documentação dos atos processuais não entrou em alguns detalhes que eram necessários para entrar em prática", diz o conselheiro.

Agora, as testemunhas poderão ser ouvidas por videoconferência quando não quiserem prestar depoimento na presença do acusado ou quando estiverem em outra cidade. O preso deverá ser ouvido por videoconferência quando houver risco à segurança pública ou se tratar de uma pessoa que integre organização criminosa.

O CNJ deverá desenvolver e disponibilizar para os tribunais sistemas de gravação de depoimentos, realização de interrogatórios e inquirições de testemunhas por videoconferência. Os depoimentos não precisarão ser transcritos. Quando for da preferência pessoal do juiz, ele poderá determinar aos servidores que façam a degravação.

Se for impossível tecnicamente realizar o depoimento por meio de videoconferência, outros recursos audiovisuais mais simples poderão ser usados, como o sistema ponto a ponto, similar ao Skype. De acordo com o que decidiu o CNJ, o acusado tem o direito de assistir às audiências.

Foi também aprovada uma proposta de resolução conjunta do CNJ, do Conselho Nacional do Ministério Público, do Ministério da Justiça e da Defensoria Pública da União, que prevê o uso de sistema eletrônico para tornar mais ágeis as comunicações de prisões em flagrante.

PAÍSES QUE ADOTARAM A TECNOLOGIA

Austrália: Videoconferências foram adotadas nos anos 1990

Canadá: Sistema começou a ser usado em 1998

Espanha: Motivo da adoção em 2003 foi proteger testemunhas

Estados Unidos: Estados e cortes federais usam a técnica

França: Código de Processo Penal foi alterado em 2001

Itália: Começou a ser usada na década de 1990, quando estavam em andamento vários processos contra o crime organizado

Reino Unido: Teste começou em 1999. Tecnologia é usada apenas em audiências iniciais

Fonte: Estadão.

Leia mais sobre esta notícia na página do CNJ

Governo encaminha projetos que regulamentam aposentadoria especial de servidores.

CâmaraDeputados 24/02/2010 – 12:30

O governo encaminhou dois projetos de lei complementar para regulamentar a aposentadoria especial dos servidores públicos.

O primeiro trata dos servidores que exercem atividades de risco, como os policiais (PLP 554/10), e o segundo, dos servidores que podem ter sua saúde ou integridade física prejudicada pela atividade que exercem (PLP 555/10).

Estes servidores poderão se aposentar com 25 anos de serviço. De acordo com o diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, Antônio Augusto de Queiroz, a regulamentação está 19 anos atrasada porque as mesmas regras foram definidas para o trabalhador da iniciativa privada em 1991:

"O operador de raio X na rede privada se aposenta aos 25 anos; na rede pública, aos 35. É um absurdo completo, uma violência aí com esse trabalhador do setor público".

Antônio Augusto explica que a Justiça já vinha concedendo a aposentadoria especial porque ela é garantida pela Constituição.

Mas o diretor afirma que, para os profissionais que exercem atividades de risco, o texto enviado pelo governo pode sujeitar o servidor a trabalhar mais porque exige 55 anos de idade.

Ele cita outro problema do projeto:

"Assegura a aposentadoria especial, mas não dá uma garantia que a Justiça vinha dando que é a de paridade; ou seja, uma vez aposentado, o servidor teria o mesmo reajuste do servidor em atividade. E por esta proposta é quebrada tanto a paridade quanto a integralidade".

Antônio Augusto ainda informou que a regulamentação não atingiu os portadores de necessidades especiais.

Os projetos que regulamentam a aposentadoria especial do servidor público terão que ser votadas pelo Plenário da Câmara.

De Brasília, Sílvia Mugnatto.

Fonte: Rádio Câmara.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Colégio Militar é inaugurado em Imperatriz.

09/03/2010 - 16:10

J. Roberto

Foi instalado nesta segunda-feira (8), na presença do secretário de Estado de Segurança Pública, Raimundo Cutrim, o Colégio Militar Tiradentes, em Imperatriz. A obra é resultado de uma parceria entre as Secretarias de Estado de Segurança Pública (SSP-MA) e da Educação (Seduc). A escola vai atender a 800 alunos, sendo 400 no turno matutino, do Ensino Fundamental e 400 no turno vespertino, do Ensino Médio.

Por meio da parceria, a estrutura de colégio da Rede Estadual, localizado na Vila Lobão, passou por reformas e adaptações para ser um colégio militar.

Durante a inauguração, o secretário Cutrim falou sobre os novos critérios para o acesso de alunos no Colégio Militar que deverá ser da seguinte forma: 50% das vagas para filhos de policiais militares; 10% para filhos de policiais civis; 30% para alunos de famílias com renda de até um salário mínimo e os outros 10% para a comunidade em geral.

Ainda em Imperatriz, Raimundo Cutrim, empossou os 85 novos membros do Conselho Comunitário de Segurança de Imperatriz. Eles foram escolhidos por meio de votação entre os 240 representantes das comunidades que fizeram o curso oferecido pela Secretária de Estado da Segurança Pública (SSP). Estão divididos em cinco grupos e vão atuar nas regiões onde estão instalados os distritos policiais do município. Com o de Imperatriz, a SSP passa a contabilizar cinquenta conselhos comunitários de segurança instalados no interior Maranhão. 

A posse em Imperatriz aconteceu no auditório de uma faculdade particular. Contou, também, com a presença do secretário-adjunto de Modernização Institucional da SSP, coronel Willian Romão; do coordenador estadual de Polícia Comunitária, coronel Odair dos Santos; do comandante geral da PM, coronel Franklin Pacheco; do comandante do 3º BPM, tenente-coronel Zanoni Porto; do comandante do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Marcos Veras; da delegada regional de Imperatriz, Maria Eunice Ferreira; além de autoridades municipais e representantes da comunidade.

Durante a solenidade, Raimundo Cutrim, ressaltou a importância da participação da sociedade na construção de uma Segurança Pública de qualidade para todos. “A Secretaria precisa das comunidades para trabalhar da melhor maneira possível. Por meio dos conselhos comunitários temos condição de conhecer as necessidades da população”. 

Cutrim ainda frisou que o governo Roseana Sarney tem cumprido suas metas de aprimorar o serviço de segurança e redução dos indicadores de criminalidade no Maranhão. Ele explicou que, em menos de um ano, já foram investidos cerca de R$ 60 milhões para a compra de novas viaturas. Este ano serão realizadas ampliações e reformas de delegacias, além da construção de comandos integrados e cerca de dez penitenciárias com capacidade para até 168 internos em pontos estratégicos do Maranhão. 

Para o conselheiro Flamarion Amaral, a SSP-MA está aberta para ouvir os conselhos comunitários. “Ações como esta demonstram a importância que o Governo do Estado dá para a participação social na segurança pública. O trabalho na área está sendo muito bem feito e o nosso estado caminha no passo certo para melhores dias", afirmou.

Fonte: Governo do MA.

JUIZ DETERMINA A INSCRIÇÃO DE CANDIDATO COM TATUAGEM EM CONCURSO PARA SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ.

24/02/2010

"O juiz da 6ª Vara da Fazenda Pública do Fórum Clóvis Beviláqua, Francisco Eduardo Torquato Scorsafava, determinou que o Estado do Ceará promova a inscrição de J. R. S. R.S na segunda turma do Curso de Formação Profissional do concurso da Polícia Militar do Estado do Ceará. Caso a determinação não seja cumprida, o magistrado fixou multa diária no valor de R$ 1 mil. O candidato foi desclassificado pelo fato de possuir tatuagem definitiva em seu corpo, contrariando o item 6.10.1.5 do Edital nº 140/2009.

Para o juiz Eduardo Torquato Scorsafava, a exigência do edital não está de acordo com os princípios constitucionais da isonomia, legalidade, acessibilidade aos cargos públicos e viola o critério de razoabilidade.

Conforme os autos, J. R. S. R. S se inscreveu no concurso público, regulamentado pelo Edital nº 01-PMCE, publicado em 09 de junho de 2008, visando preencher uma vaga no cargo de soldado da Policia Militar do Ceará. O autor da ação foi aprovado no exame intelectual e, “ao ser submetido à inspeção médica, a Administração Pública o eliminou da disputa pelo fato de possuir tatuagem definitiva na parte interna superior do braço esquerdo”.

De acordo com o item 6.10.1.5 do Edital nº 140/2009, são condições incapacitantes: “Pele e tecido celular subcutâneo: infecções bacterianas micóticas crônicas ou recidivantes, micoses extensas; parasitoses cutâneas extensas, eczemas alérgicos cronificados ou infectados, expressões cutâneas das doenças auto-imunes; manifestações de doenças alérgicas de difícil resolução; ulcerações e edemas; cicatrizes deformantes que comprometam a estética ou função; hanseníase; tatuagem definitiva desde que visível com o uso de quaisquer uniformes; cicatrizes inestéticas decorrentes de excisão de tatuagens e nevus vasculares”.

Na sentença, o magistrado ressalta que a tatuagem do candidato tem dimensão pequena, não sendo visualizada por terceiros, e não afeta a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro exigido aos integrantes das Forças Armadas.

“Em verdade, a condição incapacitante reconhecida pela Administração Pública para eliminar o requerente do concurso público não mantém relação com o exercício do cargo em disputa. Ao contrário, configura ato discriminatório e anti-isonômico, devendo, por isso, ser rechaçado através do controle jurisdicional”, afirma o juiz, na decisão da última quinta-feira (18/02)."

Fonte: TJCE.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A aplicação de técnicas de entrevista na investigação criminal.

Por Jairo Domingues Ferreira Junior

A entrevista policial é o procedimento clássico de levantamento de informações, cuja finalidade aponta para a coleta de dados ou a reconstituição de fatos que sejam relevantes para o esclarecimento de circunstâncias ou elucidação de um crime. Por conseguinte, é elementar que o exercício da entrevista faz parte da atividade e da rotina policial de investigação. O presente artigo disserta a grande valorização da aplicação das técnicas de entrevista na persecução penal e destaca pela importância do preparo do agente de polícia para maior eficácia na Investigação Criminal.

Clique aqui para acessar a íntegra do artigo.

Tecnologia versus Tecnologia: Mocinhos e Bandidos na Era High-Tech.

01º/02/2010 – 02:36

Muito esclarecedora para a opinião pública a matéria "O espião britânico", publicada pelo"Correio Braziliense" em nove de janeiro de 2008. Ela refere o software (i-2) que vem sendo utilizado pelo Departamento de Polícia Federal (DPF) do Brasil, empregado por aquela instituição policial no sentido de possibilitar a determinação da autoria e materialidade de delitos de alta complexidade, o que talvez ajude a explicar um pouco os sucessos expressivos que o DPF vem tendo nos últimos anos. Certamente, entretanto, o DPF e outras instituições policiais do país, caso da Polícia Civil de Distrito Federal (DPF), estão hoje ombreadas com as melhores instituições congêneres de países desenvolvidos, no que tange a utilização de instrumentos tecnológicos "de ponta" em prol da moderna investigação criminal. A chamada "análise de vínculos" tem um papel destacado nisso.

Talvez seja interessante discorrer brevemente sobre a técnica (maneira de fazer) que a nova tecnologia (instrumento do fazer) apontada pelo "Correio" permite utilizar de maneira ainda mais eficaz.

Uma das características dos fraudadores modernos é a energia por eles devotada para a simulação (parecer que é o que não é...) e dissimulação (parecer que não é o que realmente é) do que fazem. Em termos concretos, a simulação e a dissimulação são possíveis graças ao emaranhado de registros que envolvem transações financeiras, licitações, comprovantes de renda e até mesmo instrumentos legais, que, articulados com tudo mais, produzem beneficio ilícito para este ou aquele indivíduo. É enorme o grau de dificuldade para perceber um crime sendo perpetrado em tal contexto...

Juntar todo um emaranhado de registros, ordenando-os de maneira concatenada e inteligível é um velho ofício dos investigadores de delitos de alta complexidade. Assim, a análise de vínculos ou de relações é o instrumento classicamente consolidado em prol da percepção e concatenação entre objetos e meios instrumentais do crime. Ela permite algo semelhante ao que faz o olho humano ao contemplar um quadro pontilista com milhares de diferentes pontos matizados de cores, mas que guardam uma mensagem gráfica lógica em pontos de uma só cor, apenas distinguida com especial atenção e concentração daquele que contempla.

É um enorme avanço tecnológico poder fazer algo semelhante em meio a um emaranhado de registros financeiros, contratos, extratos e toda sorte de outros documentos mais, visualizando ao final apenas o que aponta a materialidade e autoria de um determinado delito ou série deles.
Uma outra forma de compreender como funciona a moderna investigação de delitos de alta complexidade com a análise de vínculos, é imaginar poder encontrar, compreender, visualizar e depois representar graficamente todas as conexões de interesse entre entidades empenhadas no chamado "crime do colarinho branco".

A representação gráfica final se constitui em um verdadeiro "apelo" à inteligência visual, tipo de mecanismo cognitivo universalmente superior, em termos de compreensão imediata, aos da inteligência verbal ou matemática, já que os dois últimos demandam dons especiais e específicos por parte do analista ou de um mero observador desavisado de um determinado fenômeno.

A investigação criminal tem na busca da descoberta e da determinação precisa de padrões (atributo de entidades que guardam alguma similitude) uma das suas atividades focais clássicas. Várias são as técnicas utilizadas nesse sentido, estando objetivadas atualmente sobre conjuntos de registros de ligações telefônicas, redes de interação social (amigos, clientes, parentes, etc.), teias de registros eletrônicos de transações financeiras, organogramas de hierarquia entre pessoas e várias outras entidades coletivas mais.

Assim, a análise de relações ou de vínculos é feita desde muito tempo, só que de maneira "trabalho-intensivo", sendo vulgarmente conhecida no meio policial brasileiro pelo nome dado ao seu produto gráfico final de representação -- "bolotário" (teias gráficas desenhadas em paredes ou representadas em enormes colagens de papel). O que ontem era possível assim realizar com o concurso de vários investigadores e de enormes quantidades de tempo, passou a ser praticamente impossível em tempos modernos, quando milhares ou bilhões de dados são gerados e arquivados eletronicamente em computadores de toda espécie e neles guardados seguramente sob os mais diversos códigos de segurança e linguagens computacionais.

A contrapartida tecnológica da segurança pública são os instrumentos de análise também computacionais, caso do software i-2 comercializado no Brasil pelo grupo Tempo Real. O aplicativo i-2 é hoje utilizado inclusive em campos de batalha, conforme vem ocorrendo regularmente no Iraque, quando da identificação de suspeitos de atividades insurrecionais daquele país. Ele também é empregado em atividades de Inteligência voltadas para o controle do terrorismo, caso do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos da América em seus esforços contemporâneos de repressão a movimentos radicais.

Curiosamente, até mesmo o setor privado passou a beneficiar-se dessa mesma tecnologia investigativa, utilizando-a para o controle de fraudes e outros delitos com incidência sobre o patrimônio privado. É a tecnologia de controle dando resposta ao desafio de conter uma criminalidade que também faz uso de tecnologia... São os novos "mocinhos e bandidos" da iconografia do "bem contra o mal", mas que passam agora a guerrear com as armas da era high-tech"...

Fonte: Blogando Segurança.

Uso Policial da Lanterna.

25/02/2010

Autor: Danillo Ferreira

Quando se fala em equipamento policial, geralmente se imagina que estamos nos referindo a coletes a prova de balas, armamento e viaturas. Porém, existem acessórios que complementam bem o uso desses equipamentos, tendo até uma função independente deles, que pode chegar a definir o sucesso ou o fracasso de uma atuação policial. Dos acessórios que considero indispensáveis para nosso serviço é a lanterna, um objeto simples, mas muito útil no dia-a-dia policial.

Lanterna e Busca Policial

Obviamente, quando falamos em lanterna, falamos em noite, em escuro. Quem atua em serviços policiais noturnos sabe bem o quanto esse equipamento pode ajudar, por exemplo, na realização de buscas.

Pense na busca realizada num carro, por exemplo. É praticamente impossível realizar uma revista tecnicamente correta sem possuir uma fonte de luz móvel, que faça com que o policial identifique cada canto do veículo – porta-luvas, porta-malas, caixas de som, parte inferior dos bancos etc. Cada um desses cantos pode esconder objetos ilícitos, inclusive armas que, no decorrer da ação, podem ser usadas contra a vida da guarnição que está atuando.

Não é incomum que em abordagens e buscas pessoais em bairros desfavorecidos, onde a iluminação geralmente é escassa, seja necessário verificar se os abordados não esconderam drogas e armas nas imediações, locais onde a escuridão prevalece, e o pouco cuidado pode custar a vida de um policial.

Lanterna e Armas de Fogo

Salvo grupos especiais bem equipados, dificilmente os policiais brasileiros usam em seu dia-a-dia armas com lanternas embutidas. Para compensar a falta do equipamento ideal, existem técnicas específicas para a utilização da lanterna com armas curtas, como pistolas e revólveres. Quem já incursionou por becos e vielas escuras, e principalmente por edificações abandonadas ou em construção, sabe bem a utilidade do recurso.

Em alguns casos, a falta da lanterna é motivo suficiente para abortar uma missão, pois, como diz o ditado, “à noite, todos os gatos são pardos”.

* * *

Como todo equipamento da atividade policial, também são precisos cuidados na utilização da lanterna, pois além de servir para iluminar, ela pode muito bem servir para que o policial seja identificado à distância pelo oponente. Salvo esse aspecto, creio que os recursos oferecidos por ela são muito positivos.

Em relação aos modelos disponíveis no mercado, sugiro aquelas que, em vez de lâmpadas comuns, possuem LED’s, muito mais duradouros e possuem uma capacidade boa de iluminação. Procure modelos pequenos e leves, que possam ser portados junto com seu equipamento sem lhe causar transtornos. Cores escuras são as mais indicadas, e baterias recarregáveis, além de serem mais econômicas, evitam que o policial eventualmente tenha problemas na reposição. Na imagem logo acima, está o modelo que me refiro (esquerda) e o NÃO indicado, que, creiam, já vi policiais usando.

Naturalmente, este não é um artigo com rigores técnicos, apenas uma sugestão para orientar os policiais a melhorar seu desempenho no serviço operacional. Não se esqueça: leve uma boa lanterna em todos os seus serviços, garanta o sucesso de suas ações e preserve sua própria vida!

Fonte: Abordagem Policial.

Deputado Penaldon Jorge chama de “vergonhosa” a segurança do Estado.

10/03/2010 – 14:36

Marcelo Vieira
Agência Assembleia

“Chegamos ao fundo do poço”, foi o que disse na tribuna da Assembleia o deputado Penaldon Jorge (PSC) nesta quarta-feira (10) ao falar sobre o clima de insegurança vivenciado pela população do Estado. Na oportunidade, o parlamentar chamou a atenção para o assassinato dos dois policiais ocorridos recentemente em São Luis.

O deputado citou a manchete exibida na capa do jornal “O Imparcial”, dessa quarta, que traz como título: “Até a polícia pede mais segurança,” para retratar o que, segundo ele, “é uma situação extremamente vergonhosa para o nosso Estado”, pois o fato demonstra que “nem mesmo a polícia sente-se segura.”

Penaldon lembrou também que os policias estão sendo mortos com as armas da própria polícia, como no caso do policial civil Sebastião Sousa Sabino, morto na última segunda feira (7), com um tiro de pistola .40 (lê-se ponto quarenta), arma de uso exclusivo das forças armadas.

Disse ainda que muitas vezes os policiais civis deixam de exercer suas funções de investigadores para fazer as vezes de oficial de justiça, e que nas delegacias de polícia estariam servindo para entregar mandado de intimação de porta em porta. Fato que, segundo ele, foi denunciado pelos próprios policiais civis.

O parlamentar disse ter certeza que a governadora Roseana Sarney “deve estar de joelhos esperando pela chegada do dia 30 de março pra que possa substituir os secretários e possa pensar numa nova equipe” e acusou o secretário de Segurança, Raimundo Cutrim, de usar a entrega das viaturas adquiridas pelo Estado como moeda de troca para que seja reeleito.

Os policiais civis deverão fazer uma paralisação de 24 horas, a partir das 7 horas da manhã desta quinta feira (11), em repúdio às duas mortes de policiais ocorridas em menos de um mês, em São Luis.

Fonte: Assembleia Legislativa.

Leia também o pronunciamento de Deputado Edivaldo Holanda

Deputado Edivaldo Holanda alerta para paralisação de policiais.

10/03/2010 – 13:04

Jacqueline Heluy
Agência Assembleia

O deputado Edivaldo Holanda (PTC), líder da oposição na Assembleia Legislativa, alertou para o caos generalizado que se instalará nesta quinta-feira (11), em São Luís, com a paralisação de 24 horas anunciada pelos policiais civis. Ele externou o seu protesto e indignação com a situação vexatória que o Maranhão vive, diante da total insegurança no Estado.

De acordo com Edivaldo Holanda, até os policiais, que deveriam dar proteção à população, estão sendo vítimas dos bandidos, sendo este o motivo da paralisação de amanhã, em protesto contra a falta de segurança. “Diariamente, mulheres, jovens e homens de bem tombam nas ruas e nas praças da nossa querida cidade de São Luís”, alertou.

Na concepção de Edivaldo Holanda, a falta de atuação enérgica do atual governo ocorre, também, em outras áreas estratégicas. Ele reforçou as críticas que vem fazendo aos secretários Ricardo Murad (Saúde), Raimundo Cutrim (Segurança) e César Pires (Educação), os quais devem retornar à Assembleia em abril. “Quero vê-los na tribuna deste Poder, justificando o que nós vamos denunciar sobre o caos na saúde, na segurança e na educação”.

Edivaldo classificou os três secretários de “imprestáveis”, afirmando que a governadora Roseana Sarney não precisaria esperar até o dia 30 de março para subsitui-los. Disse que ao agir desta forma, a governadora “está sendo conivente e omissa, porque ela tem a caneta para demitir aqueles que não prestam para fazer políticas públicas e que fazem apenas as suas políticas pessoais e de perseguição”.

Ainda sobre a questão da falta de segurança no estado, o líder oposicionista disse que o governo Roseana Sarney continua perdido em todos os sentidos, em todas as direções e tudo indica que não há mais jeito. Segundo ele, São Luís ficou conhecida agora, perante a nação, como sendo a primeira capital do Brasil onde párocos da mais tradicional das igrejas católicas, a Igreja de São João, têm que decretar a paralisação de suas missas aos domingos porque não há como os fiéis terem ali a segurança mínima.

“Agora é a própria polícia que pede mais segurança”, advertiu Holanda, reafirmando a situação calamitosa que será criada com a paralisação dos policiais.

Fonte: Assembleia Legislativa.

Leia também o pronunciamento de Deputado Penaldon Jorge

domingo, 7 de março de 2010

HOMICÍDIOS POR POLICIAIS – Presságio anunciado.

24/02/2010 – 05:33

Nestas últimas semanas, houve alguns incidentes (com mortes) envolvendo policiais (e entre si), tanto na esfera civil e até federal. Podemos chamar isso de presságio anunciado, tendo em vista o stress da atividade, a facilidade da portabilidade de arma, fora do exercício profissional (folgas) e em locais públicos, simplesmente em razão do portador da arma ser um policial.

Existe ainda (e isso já é notório) a falta de investimentos no profissional de segurança, quanto à monitorar a sua estabilidade emocional, diante do exercício de suas atividades profissionais e quanto do uso correto de sua arma de fogo e das circunstâncias em que ela deve ser empunhada e racionalmente utilizada.

Bem se vê que essa questão psicológica não se aplica apenas à uma ou outra instituição ou esfera, como é o caso da civil ou federal ou militar, mas sim à todas. Os episódios recentes de homicídios, envolvendo policiais, mostram uma triste realidade, do quanto é fácil empunhar uma arma e cada vês mais, por razões mais banais. É um faroeste urbano.

Com certeza sou a favor de qualquer campanha de desarmamento, em razão do revólver ser uma arma (na maioria dos casos) de solução rápida do conflito, isto é, com a morte do seu possível oponente ou inimigo, ainda que seja o seu vizinho, o motorista imprudente, o próprio pai ou qualquer outra pessoa que seja idiota bastante à questionar alguém com uma arma na mão.

Defendo inclusive que mesmo os policiais (não importando o tipo) não portem suas armas, se não estiverem em horário de serviço. Se acaso presenciarem um assalto ou qualquer outra ocorrência, que requer a presença da polícia, o policial de folga poderá, no máximo contactar o seu Batalhão ou o 190, para solicitar a força policial. A maioria dos casos que se tem notícia, em que houve a interveniência de um policial à paisana, de folga, durante uma ocorrência de assalto, por exemplo, não foi positiva para este policial à paisana. Além de ter falhado na tentativa de bancar um herói, ainda deve ter deixado viúva e filhos.

Rogo que policiais não portem armas, fora do seu horário de serviço. A experiência já mostrou que não dá certo, além de manter a adrenalina e não favorecer o descanso, tão necessário para o exercício da profissão.

AMADEU EPIFÂNIO

Fonte: Fórum Nacional de Segurança Pública.

Turistas: segurança foi o segundo pior ponto negativo do carnaval do Rio.

23/02/2010 – 18:56

Pesquisa realizada com 1.000 turistas estrangeiros entre 14 e 17 de fevereiro, ou seja, durante o carnaval, pela Univercidade-Bayard Boiteux-Cesgranrio-Planet Work relevou que, na opinião deles, a segurança pública, com 23%, ficou em segundo lugar no ranking dos pontos mais negativos da cidade. Perdeu apenas para o quesito sujeira, que liderou as insatisfações com 29%. Os demais pontos negativos mais votados foram, nesta ordem, informação turística (18%), sinalização turística (12%), ingressos do sambódromo (9%), metrô (7%) e táxis (2%).

Apesar do descontentamento manifestado pelos turistas estrangeiros aos pesquisadores da Univercidade-Bayard Boiteux-Cesgranrio-Planet Work, em sua edição de hoje o jornal O Globo, que nos últimos anos vinha recorrendo às apurações de campo da Univercidade em suas reportagens sobre o turismo na cidade, optou por publicar dados divulgados pela Riotur, com base em pesquisa feita pelo Núcleo de Pesquisas da ESPM Rio.

Os números divulgados no jornal discrepam dos colhidos pela Univercidade. De acordo com a ESPM Rio, numa escala de 0 a 10, os turistas estrangeiros ouvidos no Sambódromo e nas suas imediações deram a maior nota (8,8) para os restaurantes, deixando em segundo e terceiro lugares, diversão noturna (8,4) e segurança pública (7,6), respectivamente.

Afinal, o que acharam realmente os turistas estrangeiros da segurança pública durante o último carnaval no Rio?

Fonte: Marcelo Itagiba.

Sistema vai detectar tiro em tempo real em cidade gaúcha.

G1 23/02/2010 – 07:00

Projeto piloto será usado em Canoas a partir de agosto, diz Ministério da Justiça.
Governo federal quer o software nas 12 cidades sedes da Copa de 2014.

Glauco Araújo Do G1, em São Paulo

A cidade de Canoas (RS) vai abrigar um projeto piloto do Ministério da Justiça (MJ) a partir de agosto deste ano. Trata-se de um sistema de sensores acústicos que detecta disparos de arma de fogo em tempo real. Trinta e três sensores serão instalados no bairro Guajuviras, que registrou 50 mortes violentas em 2009, de um total de 126 homicídios no município. O bairro tem 70 mil dos 332 mil moradores de Canoas e é considerado o mais populoso e violento da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Caso a tecnologia ajude a reduzir o número de homicídios, ela poderá ser usada pelo Governo federal nas 12 cidades que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014.

O equipamento é o mesmo usado em 50 cidades nos Estados Unidos. O acordo de implantação do sistema na cidade gaúcha foi assinado, no começo de fevereiro, entre a prefeitura de Canoas, a secretaria de segurança do município e o Ministério da Justiça. O projeto piloto prevê investimento de R$ 2 milhões do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

De acordo com Alberto Kopittke, secretário de segurança de Canoas, 85% dos homicídios registrados na cidade foram cometidos com arma de fogo. “De 2005 até o ano passado, o índice de mortes violentas crescia, a cada ano, cerca de 30%. Apenas em 2009, quando Canoas foi incluída no projeto Território de Paz (iniciativa do Governo federal de fortalecimento do policiamento comunitário e ações sociais em áreas com índice elevado de violência) é que o crescimento ficou estável.”

Ele disse que o índice de solução desse tipo de crime na cidade é baixo, ficando perto dos 10%. “Estamos fazendo o cruzamento dos dados das ocorrências para qualificarmos as informações de cada um dos casos. Esse trabalho, aliado ao uso do sistema de detecção de disparo de arma, pode fazer cair o número de homicídios na cidade”, disse Kopittke.

O sistema não identifica o autor do disparo, mas aponta a localização exata e o deslocamento do atirador, caso ele efetue mais de um tiro. "As informações do programa vão ajudar a Polícia Civil a esclarecer essa dúvida nos inquéritos e elevar o número de soluções de crimes contra a vida", afirmou o secretário municipal de segurança.

Tecnologia

Segundo Roberto Motta, consultor da American Security International, empresa responsável pela fabricação do sistema nos Estados Unidos e agora também no Brasil, o equipamento é calibrado para captar o som dos disparos de arma de fogo, diferenciando os ruídos parecidos com o de uma arma, como fogos de artifício, escapamentos de veículos e bombas, e ainda identifica o calibre e o tipo de arma usada.

“Em até 12 segundos, os sensores farão o cruzamento das informações e identificarão o epicentro das ondas sonoras. A localização exata de onde ocorreu o disparo será enviada para uma central de monitoramento, onde um policial repassará os dados para as equipes de policiamento mais próximas do evento criminoso”, disse o secretário de segurança de Canoas.

Ainda de acordo com Motta, o índice de acerto do software no Brasil é estimado em 80%. Nos Estados Unidos, o cálculo de acerto já chega a 95%. A empresa registrou aumento médio de 50% no número de prisões relacionadas a tiros nas cidades com a tecnologia e a incidência de disparos foi reduzida entre 60% e 80%.

Em Canoas, o monitoramento das informações do sistema será feito na Central Integrada de Monitoramento do Gabinete de Gestão Integrada Municipal. “O importante é que o gerenciamento vai permitir que mais policiamento seja feito nas áreas apontadas pelo sistema. A polícia será mais preventiva do que reativa”, disse Kopittke.

Não é a solução

Segundo Giana Guelfi, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo, o equipamento com sensores acústicos não será a solução plena para a redução dos casos de homicídios em Canoas ou em qualquer cidade em que a tecnologia venha a ser adotada. “Isso não vai coibir necessariamente a violência em uma região, nem mesmo garantir a redução do número de homicídios. É preciso levar em conta outros fatores sociais e de infraestrutura local.”

Ela afirmou ainda que já esteve na cidade de Canoas e entende que a região precisa de atenção específica em questões como ofertas de lazer e de trabalho, por exemplo. Segundo Giana, esses são alguns dos fatores que desencadeiam a violência. “O policiamento precisa ser comunitário e é preciso saber como a polícia trabalha cada caso de violência. De qualquer forma, é correto afirmar que o uso desses sensores pode fechar uma torneira na segurança local.”

Giana lembra que não é só a arma de fogo que mata. “Há outras ocorrências policiais que precisam ser levadas em conta, como furtos, roubos, estupros e latrocínios. Por ser um projeto piloto, não é possível saber se o resultado desejado será alcançado.”

Fonte: G1.

Especial Armas de Fogo – O Colete Balístico.

Abordagem Policial 23/02/2010

Depois de algum tempo de férias, reiniciamos a aclamada série de posts do nosso Especial Armas de Fogo, que publicamos toda terça-feira, como sabem os fiéis leitores do Abordagem Policial. Hoje vamos falar dum equipamento fundamental e indispensável para a atividade policial, e que guarda direta relação com o tema “armas de fogo”. Por quê? Ora, onde há a necessidade do uso de armas de fogo, certamente haverá a necessidade de equipamentos de proteção individual que livrem o policial de ser atingido por qualquer oponente.

É aí que entra o principal equipamento de proteção quando nos referimos a embates com uso de arma de fogo: o colete a prova de balas, ou colete balístico. Quem gosta de filmes épicos certamente já viu as armaduras dos cavaleiros medievais, que tinham àquela época a mesma intenção que os atuais coletes: defender os guerreiros dos ataques armados dos inimigos. A diferença é que na Idade Média a espada e as lanças eram os instrumentos de ataque, enquanto hoje nos referimos a revólveres, pistolas, fuzis etc.

Sofisticação nas armas, sofisticação nas armaduras. Os coletes atuais se baseiam em princípios físicos interessantes, e são feitos de materiais bem mais inusitados e diferentes do que o simples metal de outrora. É preciso dizer que existem muitos materiais utilizados na fabricação de coletes, que vão da cerâmica (não aquela dos azulejos e pisos, naturalmente) e alumínio até fibras como o Kevlar. Como é impossível estudar todos os materiais utilizados na fabricação dos inúmeros tipos de coletes existentes, vamos nos ater a dois princípios que considero básicos na função que o colete a prova de balas exerce ao entrar em contato com o projétil, aos quais vou denominar “Princípio da Bola de Futebol” e “Princípio do Carro de Fórmula 1″:

Princípio da Bola de Futebol

Por que usar fibras num colete a prova de balas? Imagine uma bola de futebol indo em direção à rede da trave. A rede, aqui, representa nossa fibra, a bola, o projétil que foi disparado. Assim que a bola (projétil) entra em contato com a rede, a energia contida no movimento da bola é transferida para a rede. Percebam que isso não é feito de maneira muito localizada, já que quase todas as linhas da rede recebem parte da energia (por isso se movimentam).

A fibra de um colete exerce essa mesma função: absorve a energia contida no projétil e dispersa para toda a sua área. Caso isso não ocorresse, o impacto localizado se efetivaria, e a lesão no indivíduo seria inevitável (mesmo sem perfuração). É esse poder de dispersão que faz um colete eficiente. Apesar de haver substancial diferença na densidade das fibras de um colete em comparação com uma rede de futebol, o princípio utilizado é o mesmo.

Princípio do Carro de Fórmula 1

A aerodinâmica de um carro de Fórmula 1 é algo fenomenal. Cada estrutura do automóvel é milimetricamente projetada para seu objetivo: atingir centenas de quilômetros por hora de velocidade. O que ocorreria se substituíssemos a chaparia de um carro de Fórmula 1 pela chaparia de um fusca, mesmo mantendo seu motor? Certamente, a velocidade alcançada seria bem menor, mesmo que ignorássemos o peso das duas chaparias. Se os projéteis das armas de fogo fossem dispostos nos cartuchos de maneira inversa ao convencional (com a parte “fina” para dentro do estojo), certamente obteríamos um efeito análogo no que se refere ao seu poder de perfuração.

Os coletes a prova de balas fazem justamente isso: deformam os projéteis para que eles se tornem “fuscas”, mesmo que seus motores (armas de fogo) sejam os melhores possíveis. Quanto mais deformado estiver o projétil, menos perfurante ele ficará, e mais fácil sua energia se dissipará na estrutura do colete.

* * *

Unindo o Princípio da Bola de Futebol com o Princípio do Carro de Fórmula 1, fica fácil entender basicamente como funcionam os coletes a prova de bala. Porém, nem tudo é tão fácil assim… Cada colete tem uma capacidade máxima de resistência à ação dos projéteis. A depender do material que o compõe e de como estão dispostos, os coletes resistirão mais ou menos às diversas munições e armas utilizadas. Para deixar isso claro, existe uma classificação do Ministério da Defesa, onde são regulamentados os coletes de acordo com a energia (em joules) que suporta:

É importante frisar que apenas militares, policiais e empresas de segurança particular podem ter autorização para adquirir coletes balísticos no Brasil – ou mesmo membros do Ministério Público e do Judiciário que justifiquem seu uso. É um debate interessante a extensão do direito a todos os cidadãos, algo que me oponho momentaneamente, pelo menos enquanto durar o poder bélico e financeiro do Tráfico de Drogas no Brasil, e a direta possibilidade do contrabando mais fácil desse material.

Aos policiais, é injustificável o não uso do colete, em qualquer ocasião do serviço. É um absurdo sem tamanho a existência de unidades policiais que não dotam seus profissionais do equipamento, justificando inclusive a recusa ao serviço por parte desses homens. Não são raras as vezes em que o colete balístico se mostrou mais importante que a própria arma de fogo. Que os policiais e os governantes nunca se esqueçam disso.

Fonte: Abordagem Policial.

Uma questão de Tiro Policial e Legítima Defesa.

Abordagem Policial 18/02/2010

No vídeo acima, o policial de costas para a câmera ordena que o bandido coloque o fuzil no chão. Assim que ele faz isso, ouve-se três tiros, e consequentemente o criminoso cai. É ISSO QUE VOCÊ VÊ, CERTO?

Veja o vídeo novamente e perceba que, quando o criminoso coloca o fuzil no chão, ele leva a mão direita às costas e saca uma arma. Quem avista essa atitude não é o policial que está de costas, mas o outro, aquele que aparece no canto esquerdo da tela, que é o autor dos três disparos, salvando o colega de uma possível investida do criminoso. São questões de segundos para entender e decidir pela “Legítima Defesa”. Clique na imagem para se surpreender com o vídeo.

Fonte: Abordagem Policial.

A Ginástica do Psirico na PMBA.

Abordagem Policial 18/02/2010

Em janeiro deste ano Caetano Veloso disse que prefere “Psirico a Beyoncé”, afirmação que estou inteiramente de acordo, mesmo não sendo fã ou mesmo admirador incisivo da banda baiana. Foi uma frase polêmica, pois temos por cá o talento colonial de ver enaltecido o que é cultivado no estrangeiro, independentemente de qual produto estamos nos referindo. Mas deixemos de lado, por enquanto, os gostos artísticos pessoais, e passemos a outra frase, agora uma manchete, que também vem gerando polêmica, também envolvendo a banda baiana: “PM’s dançam hits do Psirico para enfrentar carnaval de Salvador“.

Trata-se de uma matéria publicada na Rede Globo, onde aparecem imagens de policiais militares baianos realizando ginástica laboral embalados ao som da Banda Psirico, antes de atuarem no Carnaval de Salvador. Alongamento e aquecimento são realizados, tendo o bastão policial (tonfa) como um dos instrumentos facilitadores dos movimentos.

Veja abaixo o vídeo onde os policiais aparecem fazendo a ginástica:

“Rídiculo” e “vergonhoso” foram alguns adjetivos dados à prática, sob o argumento de que os policiais e a Polícia Militar da Bahia, enquanto instituição, estaria desrespeitada com tal prática. PM’s? Fardados? Dançando? Um absurdo!

O primeiro aspecto a ser observado é que a atividade foi proposta pela Corporação, antes dos policiais começarem efetivamente a atuar nas ruas. Os policiais não estavam em patrulha, no circuito do Carnaval, dançando ao som das músicas tocadas nos trios elétricos – ao mesmo tempo em que precisavam estar atentos para reprimir qualquer tipo de conduta delituosa.

A idéia é fazer com que os policiais estejam relaxados e dispostos para o serviço do Carnaval, descontraídos e sem as amarras que levam a excessos e arbitrariedades. Já participei de trabalhos semelhantes em outros eventos, enquanto aluno-a-oficial, e a descontração do efetivo realmente ocorre – efeito parecido com o que o Grupo de Teatro que a PMBA dispõe proporciona, com suas apresentações irreverentes.

Mas a reação de boa parte da tropa ao julgar a atividade traz à tona um conservadorismo persistente em nossa cultura, que confunde seriedade com brutalidade, profissionalismo com antipatia e respeito com medo. Talvez por ainda não exercermos em plenitude esses princípios, apelamos para a manutenção daqueles desvios, que a sociedade tanto clama por extinguir.

É uma pena que esse tipo de postura, vanguardista, ainda não esteja com a capilaridade necessária para que seja feita em todos os serviços das PM’s brasileiras. Talvez não a mesma atividade, mas os princípios nela imbuídos, com a visão de um policial trabalhando mais ameno e menos estressado. A própria PMBA deveria reservar uns poucos minutos anteriores ao serviço ordinário com esse objetivo.

“Acabaram com minha polícia”, ouvi dizer. Possivelmente a afirmação é verdadeira, pois a polícia hermética, voltada a si própria e alheia ao relacionamento com o cidadão deve acabar. Esse é um clichê no qual não se pode mais investir, sob pena de definharmos enquanto instituição.

É uma pena que a ginástica laboral seja muito pouco para que o panorama mude. Mais importante, e difícil, é mudar a cultura, que equivale a mudar os homens. Talvez, se tocassem Beyoncé em lugar de Psirico, a polêmica não fosse tanta.

Fonte: Abordagem Policial.

Características e competências essenciais aos policiais das Nações Unidas (United Nations Police – UNPOL) nas Operações de Paz.

16/02/2010 – 22:19

Resumo: Este artigo tem por objetivo destacar as características e competências essenciais demandadas dos policiais que compõem Operações de Paz sob a égide da Organização das Nações Unidas (ONU). Por meio das normativas da Organização e pelo estudo do conceito de competência, buscou-se determinar os principais conhecimentos, habilidades e atitudes que podem determinar o sucesso desses policiais quando dispostos no terreno. Para tanto, tomou-se como perspectiva os manuais e critérios de seleção estabelecidos pelo Departamento de Operações de Paz da ONU (DPKO).

Texto: Artigo – Caracteristicas e competencias UNPOL – SC e Senna (06JAN10)

Como citar: MELO NETO, Sergio Carrera de Albuquerque; COSTA, Isângelo Senna. Características e competências essenciais aos policiais das Nações Unidas (United Nations Police – UNPOL) nas Operações de Paz. Revista Eletrônica Boletim do TEMPO, Ano 5, Nº08, Rio, 2010 [ISSN 1981-3384].

Fonte: Policiais brasileiros em missões de paz.

O desarmamento como instrumento ineficaz para conter a criminalidade.

11/02/2010

Autor: Archimedes Marques

Estamos em verdadeira guerra urbana e social contra a violência diária, contra a marginalidade que cresce assustadoramente, contra a criminalidade que aumenta gradativamente a todo tempo no nosso País.

O Estado protetor, visando resgatar a ordem social ferida mostra-se ineficiente para debelar tão afligente problemática. Ações consideradas miríficas, pirotécnicas, projetos e programas emergentes surgem e insurgem sem atingir os seus reais objetivos.

A população assiste atônita aos remédios e às ações miraculosas que quase sempre restam inócuas. O projeto desarmamento estudado e executado pelo Governo Federal desde 2003 demonstra ser no âmago do seu curso mais uma dessas ações que agem infrutuosamente na tentativa de reduzir a criminalidade no País.

Quando a campanha do desarmamento começou naquele ano as autoridades constituídas apresentaram que o Brasil era detentor de 17 milhões de armas de fogo e que por tal fato gerava-se o alto índice de criminalidade, em especial o número de homicídios, vez que o cidadão em posse de tal arma por qualquer desavença eliminava o seu opositor, ou seja, associaram de maneira simplista a relação entre a criminalidade e posse de arma de fogo, quando na verdade a problemática é muito mais complexa.

Com o passar dos anos os defensores do desarmamento, sempre apresentaram números de redução de homicídios por arma de fogo para sustentarem suas posições esquecendo-se, entretanto, de computar em tais estatísticas os homicídios praticados por outros meios ou instrumentos, ou seja, na verdade houve no País a diminuição dos homicídios provindos de arma de fogo e aumentou o número do mesmo crime por outros meios perpetrados. Deduze-se assim que o cidadão comum por não mais possuir arma de fogo mata de qualquer jeito o seu desafeto. No geral, o índice do crime de homicídio não diminuiu e continua aumentando junto com a população.

Ademais, outros grandes malefícios também não são associados ao desarmamento em tais estatísticas, ou seja, o aumento estúpido do crime de roubo, conhecido popularmente como assalto à mão armada, e o mais grave: o latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Só em São Paulo o número de latrocínios subiu agora mais de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Hoje um cidadão é morto pelo assaltante mesmo sem reagir ao ato só pelo simples fato de estar portando pouco dinheiro.

Os fatos demonstram que os discursos e as noticias desarmamentistas parecem ser apenas meras cortinas de fumaça tendo na linha de frente a diminuição dos homicídios eventuais por desavença perpetrados nas comunidades por via de arma de fogo a querer encobrir o recrudescimento da criminalidade dos outros tipos penais.

O povo vive acuado, desarmado e preso por grades, cercas elétricas, alarmes, nas suas próprias residências e os diversos criminosos andam soltos nas ruas a caça das suas vítimas, aumentando de forma geométrica o número de latrocínios, roubos e sequestros relâmpagos em todos os lugares. A Polícia por mais diligente que seja, em virtude da falta de contingente adequado, de uma maior estrutura e por não ser Onipotente e Onipresente para estar em todos os lugares a todo tempo para evitar o crime não pode ser a única culpada por tal problemática.

É fato presente que o crime organizado, placenta que forma e alimenta o tráfico de drogas, os criminosos perigosos e contumazes, consegue transitar e abastecer a marginalidade com metralhadoras, fuzis, bazucas, granadas, escopetas, pistolas… Tais armamentos provindos de diversas nacionalidades ingressam pelas nossas gigantescas e mal guarnecidas fronteiras e chegam às mãos das facções criminosas, quadrilhas ou criminosos diversos de maneira inexplicável.

Atacam-se carros blindados com armamento pesado e potente, derrubam-se helicóptero com tiros de fuzis ou metralhadoras antiaéreas, inúmeros assaltos se valem de armas de guerra no País inteiro, policiais são frequentemente mortos no labor das suas funções por criminosos possuidores de armas poderosas adquiridas no câmbio negro do crime organizado.

O cidadão nas ruas literalmente virou um alvo em determinados locais. Um alvo que tem que ser um maratonista, velocista, contorcionista, trapezista e até mágico para se esquivar das balas perdidas. Um alvo que tem que optar por dar apoio aos traficantes de drogas sob pena de morte. Um alvo no seu veículo ultrapassando os sinais de transito e recebendo multas para não ser seqüestrado ou assaltado e morto. Um alvo desarmado sem direito a defesa própria contra o marginal sempre bem armado. Um alvo que tem que contratar segurança particular. Um alvo que ainda tem que agradecer ao criminoso por apenas lhe levar seus bens materiais. Um alvo esperando sempre que apareça algum policial para lhe salvar.

A Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, mais conhecida como o ESTATUTO DO DESARMAMENTO que surgiu como instrumento mirífico para enfrentar o surto da violência e criminalidade trouxe no bojo do seu artigo 35 a seguinte redação transcrita in verbis:

Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei.

§ 1º Este dispositivo, para entrar em vigor, dependerá de aprovação mediante referendo popular, a ser realizado em outubro de 2005.

§ 2º Em caso de aprovação do referendo popular, o disposto neste artigo entrará em vigor na data de publicação de seu resultado pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Então, na data marcada houve o referendo popular em que 63,94% da população que foi às urnas votou a favor da comercialização de armas de fogo, ou seja, implicitamente, por maioria absoluta o povo decidiu contra o DESARMAMENTO.

A nossa Constituição Federal estabelece que todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido, contudo, a vontade popular em possuir uma arma de fogo para se defender praticamente fora barrada, ou pelo menos extremamente dificultada. A comercialização continuou permitida, mas permaneceram em vigor todas as restrições ao porte e à compra de armas de fogo previstas no Estatuto do Desarmamento. Hoje em dia, para alguém ter uma arma de fogo registrada e para mantê-la apenas em sua residência, passa por grande burocracia e protocolo que quase nenhum trabalhador consegue sobrepor.

O desarmamento veio para o seio da sociedade como uma espécie de gigantesca medusa. O temor de ser atingido pela Lei vem matando a esperança do povo por uma segurança justa. A demagogia tenta liquidar a democracia através da ação insidiosa de tirar-lhe o direito de defesa própria e da sua família. O projeto desarmamento tornou-se pérfido na medida em que foi contra a vontade popular.

A criminalidade se combate através de um conjunto de políticas públicas sérias e efetivas nos planos do desenvolvimento social, além das medidas administrativas no âmbito dos órgãos ligados à segurança pública com a ajuda da comunidade e a força da adesão da própria sociedade, destinando de forma firme e constante os projetos inerentes, não com a simples deposição ou apreensão das armas de fogo dos cidadãos de bem, dos trabalhadores, deixando-os cada vez mais vulneráveis às ações dos marginais.

Fonte: Abordagem Policia.