Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

domingo, 20 de dezembro de 2009

Especialistas mostram que, se ensino fosse priorizado, país deixaria de gastar R$ 23 bi em consequência da violência.

OGlobo 18/12/2009 – 23:01

José Meirelles Passos e Demétrio Weber

Um dos fatores de maior destaque no seminário Educação na Primeira Infância, encerrado nesta sexta-feira na sede da Fundação Getúlio Vargas, no Rio, foi a constatação dos especialistas de que, quanto mais um governo investe em educação, maior é o retorno à sociedade em termos de redução dos índices de violência - além dos efeitos positivos diretos na economia do país e no bem-estar da população . (Leia mais: MEC prepara plano interministerial para crianças de até 3 anos)

- No fundo, implantar uma boa política educacional significa, ao mesmo tempo, propiciar uma boa política de saúde, uma boa política familiar e uma boa política antiviolência - disse ao GLOBO o prêmio Nobel de Economia de 2000, James Heckman, que participou do evento.

Um estudo realizado por ele em colaboração com três brasileiros - Flávio Cunha, Aloísio Araújo e Rodrigo Leandro de Moura - mostrou que é possível reverter a violência, pelo menos parcialmente, por meio de programas mais abrangentes de educação que deem maior ênfase à primeira infância.

Eles calcularam que poderia sobrar à sociedade brasileira R$ 23 bilhões a mais, por ano, para aplicar em iniciativas produtivas, se o governo utilizasse melhor os recursos investidos em educação. Aquele valor é equivalente ao que o país pouparia se conseguisse baixar o custo da violência para pelo menos uma média de R$ 400 por pessoa por ano.

Hoje, levando-se em conta valores ajustados pela inflação (e tendo 2004 como ano base), o custo da violência para o setor público é de R$ 176 per capita. Já o setor privado gasta cerca de R$ 343 per capita para se proteger da violência. A soma dá um total de R$ 519 anuais. Ou seja, cerca de 4,8% da renda per capita brasileira.

O maior item naquele gasto se refere à perda de capital humano em decorrência da criminalidade: 38,4%. Os gastos com seguro são 23,3%, e o custo das transferências das vítimas para os ladrões, por meio de roubos e furtos, chega a 15,1%.

O seminário discutiu estudos práticos que comprovaram os benefícios de investimentos mais abrangentes em educação na infância. Como ainda não existe no Brasil um levantamento sobre a relação custo-benefício em relação ao que o dinheiro investido em educação rende no combate à violência, os pesquisadores utilizaram os dados referentes aos Estados Unidos. Eles mostram que as pessoas adultas, com baixo nível educacional, "são muito mais propensas a cometerem crimes do que aquelas com elevado nível educacional".

Segundo os autores, um aumento de apenas um ano na escolaridade reduz em 0,37 ponto percentual a probabilidade de participação no crime. "O FBI (polícia federal americana) mostra que o aumento da educação reduz muito fortemente a propensão de um indivíduo cometer um homicídio" - diz um trecho do estudo.

Heckman, que é professor da Universidade de Chicago, acrescentou que os gastos com a contratação de um policial - incluindo o seu treinamento anual obrigatório - custa o equivalente ao de aumentar em 50 o número de adolescentes que concluem o segundo grau.

O seminário da FGV reuniu especialistas brasileiros e estrangeiros. Eles defendem intervenções específicas na primeira infância para melhorar o desenvolvimento cognitivo de crianças de até 3 anos. Para os especialistas, esse tipo de atenção é a melhor forma de garantir sucesso escolar.

Leia mais: Especialista defende atenção à educação infantil

Fonte: O Globo.

MENSAGEM DA SEMANA: As duas primas - Lc 1,39-45.

HomiliaDiária Por Padre Bantu Mendonça K. Sayla

39 E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, 40 E entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. 41 E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre; e Isabel foi cheia do Espírito Santo. 42 E exclamou com grande voz, e disse: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito o fruto do teu ventre. 43 E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? 44 Pois eis que, ao chegar aos meus ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria no meu ventre. 45 Bem-aventurada a que creu, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do SENHOR lhe foram ditas.

A dinastia de Davi estava em perigo, ameaçada pelos reis de Aram e de Israel, que pretendiam suprimi-la, colocando um estranho no trono de Judá.

O ímpio rei Acaz, em vez de recorrer a Javé, recorreu aos ídolos, aos quais imolou seu único filho. Deus lhe enviou o profeta Isaías, para tentar fazê-lo voltar ao bom caminho. Isaías propôs a Acaz que fizesse um pedido a Deus, que lhe desse um sinal - na profundeza dos infernos ou nas alturas do céu.

Mas o ímpio rei se recusou dizendo que não queria tentar a Deus, mas no fundo querendo ocultar seu orgulho e impiedade. Isaías, então, lhe diz que em vista de sua recusa de recorrer a Deus, o próprio Senhor lhe dará um sinal: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe darão o nome de Emanuel, que quer dizer Deus-conosco”. Deus, portanto, não abandonará seu povo.

O nome dessa virgem é Maria. E o Filho que ela concebe virginalmente é Jesus, o Salvador. Essa é a interpretação tradicional e unânime da Igreja, consagrada pelo próprio Evangelho de São Mateus, Iá onde o Anjo de Deus tranquiliza José a respeito do que está acontecendo com Maria: “José, filho de Davi, não temas tomar contigo Maria, tua esposa, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo”.

“Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, pois salvará seu povo do pecado”. E o evangelista comenta: “Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor tinha anunciado por meio do profeta. Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, a quem será dado o nome de Emanuel, que quer dizer Deus-conosco”.

Estamos diante dos grandes mistérios de Deus. Começa um mundo novo. E Deus faz tudo com total novidade. O verbo feito carne não nasce do concurso do homem. Ele vem totalmente do poder de Deus.

Vem habitar no seio de uma virgem que lhe dá o sangue e a vida humana e se torna de maneira completamente inédita “Tabernáculo do Altíssimo”. É o encontro da História com a Eternidade. José está aí presente, para ligar juridicamente Jesus à dinastia de Davi. Mas Ele é o Filho de Deus. E, como tal, não estava sujeito às leis normais de geração humana. Foi concebido virginalmente.

Esta meditação que a Igreja nos oferece nesta última semana que precede o Natal é uma homenagem carinhosa que se presta a Virgem Maria e um convite a penetrarmos no mistério de grandeza que são os planos de Deus. O Salvador que o Pai nos manda é filho da Virgem Maria. Ela, a Mãe-Virgem, é totalmente sua mãe: “Tota Mater”. E fica sendo o elo mais grandioso a unir Deus e a humanidade. Ela é a escada do Céu. E Deus quis que Ela o fosse de maneira completa e permanente. Ela é essa grande e amável realidade que ilumina toda a História da Salvação: a presença de uma Mãe, quase como se fosse o rosto materno de Deus. Ela é a aurora que anunciou a chegada do Sol da Justiça. Ela é o jardim privilegiado no qual cresceu a flor celeste do Deus feito homem.

Ela é a Mãe solícita que acompanhou o Filho, em todos os momentos de sua vida, na alegria e na tristeza, desde a alegria da noite de Belém, quando os anjos do céu vieram cantar na terra a glória de Deus, até o tristíssimo momento da morte no Calvário.

E acompanhou a Igreja nascente, que à luz da Ressurreição viveu a manhã de Pentecostes e cresceu para Jerusalém e para o mundo. Como Ela seguiu os passos do Menino Jesus à medida que Ele ia crescendo, assim acompanha os passos da Igreja - prolongamento de Cristo e sacramento de sua presença - em seu crescimento através dos séculos. E não sabemos viver sem Maria. Seria muito pobre a Igreja, se esquecesse de Maria, da Mãe do Senhor, a Imaculada, a cheia de graça, a segurança da proteção de Deus, o modelo de todas as virtudes: Espelho da Justiça.

Por Ela e com Ela venceremos todas as lutas que a fidelidade ao Evangelho nos leva a sustentar. Ela é a estrela do mar de nossa vida. E como São Bernardo podemos dizer: “Seguindo-a, não me desviarei do caminho. Invocando-a, não desfalecerei. Pensando nela, não cairei. Se Ela me proteger nada tenho a temer. Se ela me conduzir, não sentirei cansaço. Com seu favor, chegarei ao porto”.

Fonte: Canção Nova.