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Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Gestão de ex-secretário "foi péssima", diz sindicato dos delegados de SP.

George Melão já havia pedido exoneração de Ferreira Pinto

Vanessa Beltrão, do R7

George Melão afirmou que novo secretário terá que chamar as bases para conversar e dialogar com as entidades de classe da polícia e com o cidadão

O presidente Sindepsp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo), George Melão, afirmou nesta quarta-feira (21), que concordou com a exoneração do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto.

— Toda administração dele foi péssima. O secretário menosprezou o poder de fogo do PCC [Primeiro Comando da Capital]. Ele desafiou o crime organizado dizendo que não existe, que era ficção e todo mundo sabia que o PCC existe e está forte como nunca.

Melão também disse que há um ano e meio já havia pedido ao governador Geraldo Alckmin a exoneração do secretário.

— Mandamos um ofício porque não concordávamos com a forma dele administrar a segurança pública.

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Para presidente do sindicato, precisou "acontecer toda a criminalidade em São Paulo" para que o secretário saísse.

— Quantas pessoas tiveram que morrer para o governador abrir os olhos e mudar o secretário de segurança pública? Precisou chegar neste patamar para verificar que o doutor Antônio Ferreira Pinto não tinha condições de estar à frente da Secretaria.

No lugar de Antônio Ferreira Pinto, irá assumir o ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira. Sobre a mudança, George Melão fez algumas ressalvas.

— Não adianta tirar um secretário e colocar outro, se não houver mudança na forma de administrar. A responsabilidade da Segurança Pública é do governador, o secretário está para auxiliar nos trabalhos.

Em relação à escolha, o presidente do Sindicato dos Delegados do Estado de São Paulo se mostra reticente.

— Nós já estamos no quarto ou quinto secretário de Segurança Pública do Estado, que veio do Ministério Público, e a política de segurança pública não mudou porque justamente o pensamento é quase o mesmo.

O novo secretário de Segurança esteve à frente do MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo por dois mandatos, de 2008 a 2012.

Segundo George Melão, para ter bons resultados, Vieira terá que chamar as bases para conversar e dialogar com as entidades de classe da polícia e com o cidadão.

Procurada pela reportagem do R7, a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo informou que não tem mais vínculos com Antônio Ferreira Pinto. A reportagem não conseguiu o contato com o ex-secretário até a publicação desta matéria.

Fonte: R7.

domingo, 18 de novembro de 2012

Ministério quer usar superbloqueador de celular para silenciar PCC nas celas.

Governo oferece maleta de interceptação que permitiu tirar de cadeia de Salvador 1,5 mil aparelhos; na sequência, criminalidade caiu 25%

Vannildo Mendes / BRASÍLIA - O Estado de S. Paulo

Para reforçar o combate à violência em São Paulo, o Ministério da Justiça incluiu no pacote de ajuda ao Estado um moderno aparelho para bloqueio de celulares em presídios. Chamada GI-2, a maleta de interceptação de última geração identifica com precisão o número do aparelho e o chip, uma arma essencial no combate a organizações criminosas comandadas de dentro dos presídios, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Até agora, além das vítimas civis, a guerra não declarada entre a facção e as forças de segurança deixou 93 PMs mortos. Sabe-se, desde agosto, que ordens para matar policiais vêm de dentro dos presídios.

Testada recentemente no complexo penitenciário de Salvador, que tem 6 mil detentos, a maleta detectou 1,5 mil celulares em posse dos presos. Os aparelhos foram bloqueados e recolhidos. Uma estatística reforça, no governo, a crença na eficiência do equipamento: nos dias seguintes, a criminalidade geral na capital baiana - incluindo homicídios - teve redução média de 25%. O equipamento foi usado pela primeira vez em 2006 pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) no presídio federal de Catanduvas.

Para o diretor-geral do Depen, Augusto Rossini, o fato não é casual e confirma análises de inteligência que apontam o uso de celular em presídio como fator alimentador de violência nas ruas. “Oferecemos ao governo paulista e, pela eficiência do aparelho, temos certeza de que a ideia será adotada”, afirmou ele. A maleta usa o princípio da Estação de Rádio Base (ERB) para identificar e bloquear todos os celulares de uma área, sem afetar os da vizinhança.

Desenvolvido em Israel, o equipamento usa a frequência das ondas de telefonia pela qual os presos se comunicam, mas não tem função de escuta, que só pode ser feita com autorização judicial, explicou o diretor. Cada kit custa hoje R$ 1 milhão, mas o preço pode cair se houver lote grande de encomendas. O Depen planeja expandir o uso da maleta para os presídios de todo o País. O governo paulista ficou analisar e de dar resposta à oferta posteriormente.

Para se ter uma ideia do custo de adoção da ideia, São Paulo tem 143 unidades prisionais - e cada uma deveria receber pelo menos um kit. A construção de uma penitenciária paulista demanda, em média, R$ 25 milhões, conforme dados de 2010.

Menos cadeias. Rossini disse ainda que a situação dos presídios está sendo enfrentada pelo governo com um plano que visa a zerar o déficit de 60 mil vagas nas delegacias até 2014 e conter o crescimento da população carcerária nas penitenciárias estaduais. Só em São Paulo, o déficit é de mais de 50 mil vagas.

O governo também investirá em medidas que resultam na redução da massa carcerária, como mutirões de revisão penal e estímulo a penas alternativas para crimes menos graves. É o caso de 70 mil presos por furto e jovens capturados com pequena quantidade de droga. “Não queremos entrar para a história como construtores de presídios, mas por medidas para impactar a redução do déficit de vagas e humanizar as condições carcerárias”, enfatizou.

Fonte: O Estadão.