Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

sábado, 21 de julho de 2012

Após morte de publicitário, PM treina abordagem frontal em São Paulo.

Manobra não fazia parte do conjunto de situações práticas treinadas pela polícia.
Morte de Ricardo Prudente de Aquino, de 39 anos, exigiu novos treinamentos

A abordagem frontal de carros suspeitos não fazia parte, até sexta-feira (20), do conjunto de situações práticas treinadas pela Polícia Militar de São Paulo. Só agora, após a morte do publicitário Ricardo Prudente de Aquino, de 39 anos, baleado por PMs que o abordaram de frente, na noite de quarta-feira (18), no Alto de Pinheiros, zona oeste, esse tipo de situação está sendo estudada e será treinada por todos os batalhões da região metropolitana.

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Oito policiais passaram a tarde de ontem simulando formas corretas de ação em carros como o do publicitário, com a viatura da polícia abordando veículos suspeitos pela frente. O treino foi no Quartel General da PM, no Bom Retiro, região central.

Futura Press

Carro de publicitário morto por policiais militares durante abordagem frontal, em São Paulo

Policiais que participaram da encenação chegaram a usar um escudo da Força Tática para se aproximar do suspeito. Outro policial, sem farda, manteve um celular na mão o tempo todo - policiais que atiraram no publicitário disseram ter confundido celular com arma.

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O homem foi convencido a sair do veículo. Depois, foi imobilizado e revistado, assim como o carro. O procedimento foi todo gravado e será repassado para todos os batalhões da cidade.]

Abordagem

O coronel Marcos Roberto Chaves, comandante do Comando de Policiamento da Capital, diz que o procedimento esperado dos policiais quando param um carro suspeito é estacionar a viatura atrás do carro. Se a viatura fechar o carro suspeito, tendo de fazer uma abordagem frontal, o treinamento determina que os PMs esperem a chegada de outra viatura por trás. A abordagem seria feita por este outro carro.

"Por incrível que pareça, a abordagem pela frente até acontece, já aconteceu. Mas foi em circunstância que o agressor não fugiu", disse ele, ao justificar a falta de modelos de ação para a abordagem de frente.

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"Nesse caso em particular (de Pinheiros), por qualquer motivo, a abordagem foi feita ao contrário. Então gera um estresse, porque ele (o PM) está de frente para o agressor e não sabe do que se trata - porque, se (o suspeito) fugiu, tem algum motivo para isso. E, nesse momento, o policial tem de saber qual é a melhor técnica de abordagem sem que tenha de fazer uso da arma."

O coronel disse acreditar que a falta desse treinamento específico, o fato de estar de noite e de as luzes do carro de Aquino atrapalharem a visão dos policiais contribuíram para o desfecho trágico. "Tudo isso influenciou. Quando o policial está sob adrenalina, embora ele seja muito treinado, pode ficar em uma situação em que não sabe o que fazer. E ele não pode improvisar, tem de agir sob as técnicas." Por isso, disse ele, será feito esse novo treinamento. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Último Segundo.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Projeto amplia controle da velocidade no trânsito.

Dep. Edinho Araújo (PMDB-SP)

Edinho Araújo: é preciso reduzir o número de acidentes de trânsito.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 3152/12, do deputado Edinho Araújo (PMDB-SP), que amplia as possibilidades de controle da velocidade nas estradas e outras vias públicas, incluindo a fiscalização do descumprimento dos limites máximos através do cálculo da “velocidade média” - a razão entre a distância percorrida pelo veículo e o tempo decorrido.

Na prática, explica o deputado, além do habitual controle de velocidade num ponto específico da via dotado de medidor de velocidade, cria-se a possibilidade jurídica de monitorar a velocidade de um veículo num determinado percurso. A proposta altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97).

Edinho Araújo prevê que o projeto vai incrementar a eficiência da fiscalização do excesso de velocidade, o que contribuirá significativamente para a redução do número e da gravidade dos acidentes de trânsito.

Mudança de comportamento

O autor espera também que o projeto mude o comportamento do motorista, “pois a sensação de ter sua velocidade fiscalizada pontualmente e também por trechos produzirá um maior sentido de responsabilidade, aumentando a probabilidade percebida, ou seja, a percepção de que poderá sofrer punições, que é o que de fato influencia inicialmente a credibilidade das normas legais”.

Edinho Araújo cita que o controle da “velocidade média” já é realidade em países da União Europeia, entre os quais Itália e Portugal. A medida desperta polêmica em todos os países, porém, diz o deputado, o fato é que a experiência internacional comprova a efetividade e o sucesso da metodologia.

Metas da ONU

Pelo projeto, a infração de excesso de velocidade poderá ser caracterizada: por meio da aferição da velocidade instantânea desenvolvida pelo veículo no local da constatação; ou através do cálculo da velocidade média, constituído pela razão entre a distância percorrida pelo veículo na via e o tempo decorrido. É considerado local do cometimento da infração e o local do término do percurso controlado.

O deputado argumenta que o projeto pode ajudar o Brasil a diminuir de forma significativa os acidentes de trânsito, e assim cumprir as metas da Década de Ações para a Segurança Viária (2011-2020), proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

Evidências decorrentes de estudos científicos, acrescenta o deputado, alicerçam a convicção da comunidade técnica mundial de que o excesso de velocidade potencializa o risco do acidente e também a sua gravidade.

Matriz de infrações

“A infração de excesso de velocidade é matriz geradora de outras infrações de trânsito, pois o condutor que a excede em geral comete outras infrações, como, por exemplo, deixar de guardar distância frontal de segurança entre o seu veículo e os demais”, alerta Edinho Araújo.

Segundo o parlamentar, está comprovado que quanto maior é a dispersão das velocidades entre os veículos, circulando numa mesma corrente de tráfego, maior é o risco de acidentes. O deputado cita também estudos que indicam que, mantendo inalterados outros fatores, uma redução de apenas 1 km/h nas velocidades médias praticadas podem reduzir em 3% os acidentes de trânsito e em 5% o número de mortos e vítimas graves.

Tramitação

O projeto terá análise conclusiva das comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
* Matéria atualizada às 15h57.

Íntegra da proposta: PL-6506/2009

Reportagem – Luiz Claudio Pinheiro
Edição – Newton Araújo

Fonte: Câmara dos Deputados.