Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Santa Luzia do Paruá: Falta de segurança pública motiva ação do Ministério Público.

09/04/2010

Viaturas estão sucateadas e o efetivo policial é insuficiente para atender a demanda do município

Devido à ausência de estrutura na segurança pública do município de Santa Luzia do Paruá (localizado a 388 km de São Luís), a Promotoria de Justiça da referida comarca ajuizou, no dia 26 de março, Ação Civil Pública com pedido de liminar contra o Estado do Maranhão.

O Ministério Público requer duas viaturas novas para uso exclusivo das polícias civil e militar. Também pede um efetivo militar maior que o atual para Santa Luzia do Paruá e Nova Olinda do Maranhão e o destacamento de um oficial para comandar o contingente. Em caso de descumprimento, a multa diária prevista na ação é de R$ 100 mil.

De acordo com o promotor de Justiça Gustavo de Oliveira Bueno, autor da ação e titular da comarca, o policiamento de Santa Luzia do Paruá é “impotente e quase inexistente”. A segurança pública local carece de efetivo e de estrutura física e móvel adequada para atender uma população de aproximadamente 30 mil habitantes.

As viaturas existentes no município estão em precário estado de conservação. Necessitam de reparos e permanecem paradas em uma oficina à espera de peças para consertos. O efetivo policial é reduzido e, além de Santa Luzia do Paruá, tem que garantir a segurança das cidades de Nova Olinda e Presidente Médice.

“As propagandas que se vê na televisão do Governo Estadual, noticiando que foram entregues viaturas a todos os municípios do Estado, é uma falácia”, afirmou o promotor de Justiça.

Uma das provas da fragilidade da segurança pública de Santa Luzia do Paruá foi o assalto ocorrido, no dia 2 de março, na agência do Bradesco, que vitimou um cidadão inocente. O assalto foi frustrado por uma rápida ação da Polícia Federal, mas veio aumentar os índices de violência na região, que constantemente sofre com roubos de gado, assaltos a passageiros e tráfico de drogas.

Gustavo de Oliveira Bueno ressaltou que, em razão da ausência de segurança, vários foragidos da Justiça, oriundos de estados como Pará, Alagoas e Pernambuco, têm procurado refúgio na região com o intuito de cometer novos crimes. “Tais delinquentes andam sempre fortemente armados e em grupo, dispondo de carros, armas e pessoal para lhes dar cobertura, instrumentos e acessórios que nossa polícia não tem”.

Ainda segundo o promotor, o Ministério Público tentou, por diversas vezes, solucionar o problema sem recorrer à Justiça. Numa reunião ocorrida no dia 3 de agosto de 2009, com a participação do então secretário de segurança, Raimundo Cutrim, ficou acordado que o governo enviaria duas viaturas para o município e estudaria a viabilidade de aumentar o efetivo militar local. No entanto, o Estado não cumpriu nenhuma das providências acertadas no acordo.

Redação: Eduardo Júlio (CCOM - MPMA)

Fonte: Ministério Público do MA.

Projeto permite a criação de cargos temporários nas PMs.

25/03/2010 - 12:02

O Projeto de Lei 6847/10, em análise na Câmara, permite que as polícias militares e corpos de bombeiros militares dos estados contratem funcionários temporários para execução de atividades administrativas, de saúde e de defesa civil. Conforme o projeto, do deputado Leo Alcântara (PR-CE), os contratos terão duração de dois anos, prorrogáveis por mais dois. Ao final do período, eles terão de deixar as corporações, que ficarão isentas de encargos trabalhistas.

Conforme o projeto, será exigido o ensino fundamental completo para os praças temporários e curso de graduação para os oficiais temporários.

Falta de profissionais

Segundo o autor, as instituições têm dificuldade de completar os quadros de servidores efetivos com profissionais de diversas áreas, como funcionários administrativos, contadores, engenheiros, economistas, advogados, psicólogos, médicos, dentistas, assistentes sociais e nutricionistas. Para o deputado, o projeto possibilita a criação de cargos que atenderiam a necessidades dos órgãos sem gerar custos elevados para os estados.

Segundo Alcântara, no caso dos praças, o projeto dá “a oportunidade para que jovens possam ser encaminhados para o primeiro emprego em um ambiente saudável, enquanto se preparam para o crescimento pessoal e profissional".

Fonte: Câmara dos Deputados.

PROJETO DE LEI Nº , DE 2010

(Do Senhor Leo Alcântara)

Altera o Decreto-lei n. 667, de 2 de julho de 1969, para permitir que os Estados e Distrito Federal criem em suas polícias militares e corpos de bombeiros militares os quadros de oficiais e praças temporários.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º Esta lei altera o Decreto-lei n. 667, de 2 de julho de 1969, que “reorganiza as Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, dos Território e do Distrito Federal, e dá outras providências”, para permitir a criação de quadros de oficiais e praças temporários.

Art. 2º Fica incluído o art. 12-A no Decreto-lei n. 667, de 2 de julho de 1969, com a seguinte redação:

“Art. 12-A. As Polícias Militares e os Corpos de Bombeiros Militares poderão instituir em suas organizações quadros de oficiais e praças temporários, exigidos dos candidatos, entre outros a serem definidas em lei, pelos Estados e Distrito Federal, os seguintes requisitos:

I – estar em dia com as obrigações militares, se homem, e em dia com as obrigações eleitorais;

II – ter entre dezoito e trinta e oito anos de idade;

III – não estar sub judice nem ter sido considerado incapaz definitivamente para o serviço ativo das Forças Armadas ou Auxiliares ou para o Serviço Militar Inicial;

IV – possuir o curso de graduação na área de especialidade para os oficiais temporários e o ensino fundamental para os praças temporários.

§ 1º O quadros de oficiais e praças temporários têm por finalidade a execução de atividades administrativas, de saúde e de defesa civil.

§ 2º Os Estados e o Distrito Federal definirão, em lei própria, as áreas de atuação e as especializações a serem exigidas para ingresso nos quadros temporários e respectivos efetivos, bem como a forma de recrutamento, formação e desligamento, além dos direitos e deveres, dentre os quais os referentes a remuneração, promoções e carga horária, bem como os regimes de trabalho, disciplinar e previdenciário, podendo ser diferenciados em relação aos militares de carreira, ressalvada a garantia aos direitos sociais de caráter universal.

§ 3º O serviço temporário terá a duração de dois anos, podendo ser prorrogado uma única vez pelo mesmo período.

§ 4º No exercício das atividades a que se refere o caput deste artigo, ficam vedados, sob qualquer hipótese, nas

vias públicas, o porte ou o uso de arma de fogo e o exercício do poder de polícia.

§ 5º O efetivo dos quadros de oficiais e praças temporários não poderá ultrapassar vinte por cento do efetivo total da corporação.”

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Verifica-se, no Brasil todo, uma impossibilidade das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares completarem os seus quadros de pessoal com profissionais especializados como administrativistas, contabilistas, engenheiros, economistas, advogados, psicólogos, médicos, odontólogos, assistentes sociais, nutricionistas e outros.

Assim, o presente projeto de lei tem por finalidade prever, na norma de lei federal de caráter geral que trata da organização dessas corporações, a possibilidade de criação de quadros temporários de oficiais e praças que atenderiam a necessidade de tais órgãos sem gerar um custo elevado para as Unidades Federativas. Dessa forma, estar-se-ia possibilitando a existência, nessas corporações, de profissionais que, ao final de seu período de serviço temporário, deixariam a instituição sem gerar custos adicionais, tendo contribuído de forma efetiva para a melhoria dos serviços prestados à população em razão da contribuição qualitativa e quantitativa decorrente da sua inclusão nos quadros do órgão.

Outra vantagem é permitir que os profissionais recémformados possam iniciar seu mister profissional em ambientes socialmente hígidos, onde cultivarão, também, o sentimento cívico de que tanto ressentem nossos jovens.

No tocante às praças, é uma oportunidade para que jovens recém chegados à idade adulta possam ser encaminhados para um mercado de trabalho com as vantagens adicionais já citadas, enquanto se preparam, quiçá frequentando um curso de nível médio ou superior, para o necessário crescimento pessoal e profissional.

Certos de que os ilustres Pares concordarão com a importância desta proposição para a melhoria dos serviços de segurança e defesa civil prestados à população pelas Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, esperamos contar com o seu imprescindível apoio para a aprovação desta proposição.

Sala das Sessões, em de de 2010.

DEPUTADO LEO ALCÂNTARA

Senado Federal: passa na CCJ projeto que reestrutura Forças Armadas.

24/03/2010 – 16:50

As Forças Armadas brasileiras podem ter uma ampla reestruturação. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira (24), projeto de lei complementar de iniciativa do governo que altera normas de organização, preparo e emprego das Forças Armadas. O texto (PLC 10/2010) realça a subordinação das Forças Armadas ao poder civil e aumenta as atribuições do Ministério da Defesa. Outro objetivo é a unificação das operações das três Forças, autorizadas ainda a exercer de forma plena o poder de polícia nas áreas de fronteiras.

Na CCJ, o relator foi o senador Demostenes Torres (DEM-GO), também presidente dessa comissão. Ele esclareceu que o exame da CCJ se restringia aos aspectos constitucionais, regimentais e jurídicos. Como assinalou, o mérito será avaliado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), para onde o texto seguirá agora. O projeto passou antes pela Câmara dos Deputados, em regime de urgência.

Demostenes assinalou no relatório que as modificações propostas se originam da Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada por Decreto presidencial, em dezembro de 2008. Conforme trecho da exposição de motivos que acompanha o projeto, uma das diretrizes da Estratégia é "unificar as operações das três Forças, muito além dos limites impostos pelos protocolos de exercícios conjuntos".

Outro trecho da exposição de motivos destacado pelo relator afirma que os "principais instrumentos" dessa unificação serão o Ministério da Defesa e o Estado-Maior da Defesa - a ser reestruturado como Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, subordinado diretamente ao ministro da Defesa.

De forma textual, a exposição de motivos esclarece que o titular dessa pasta passará a exercer, "na plenitude, todos os poderes de direção das Forças Armadas que a Constituição e as leis não reservarem, expressamente, ao Presidente da República".

O Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas será chefiado por um oficial-general de último posto e terá a participação dos chefes dos Estados-Maiores das três Forças -Exército, Marinha e Aeronáutica. A esse órgão, nos termos da exposição de motivos, caberá definir as ações que "dêem realidade prática à tese da unificação doutrinária, estratégica e operacional" entre as três Forças.

Preocupação

No relatório, depois da ressalva de que o exame mais abrangente sobre a proposta será na CRE, Demostenes não se esquivou de apresentar diversas considerações sobre o conteúdo do projeto. Como disse, uma das preocupações se relaciona com o aumento das atribuições do ministro da Defesa, que passaria a ter em suas mãos poderes antes "diluídos" entre os comandantes das Forças Armadas.

Na avaliação de Demostenes, essa nova conformação de papéis, em princípio, pode parecer positiva, uma vez que ao chefe civil é dada a efetiva direção das Forças Armadas. "Ajusta-se, de fato, ao perfil do atual ministro, Nelson Jobim, não só interessado em assuntos de Defesa como também conhecedor do tema. Entretanto, pergunto-me: o que ocorreria no caso de um ministro politicamente forte mas tecnicamente fraco ou desinteressado em assuntos de defesa?", questionou o senador.

Fronteiras

Uma emenda aprovada pela Câmara foi responsável pela ampliação do papel das Forças Armadas nas fronteiras. O dispositivo, apresentado pelo deputado Antonio Carlos Pannunzio (PSDB-SP), estabelece que as ações na faixa de fronteira poderão ser feitas independentemente da posse, propriedade, finalidade ou qualquer outra restrição que recaia sobre essas áreas.

Nas fronteiras, além de fazer patrulhamento, os militares das Forças Armadas poderão revistar pessoas, veículos, embarcações e aeronaves, assim como fazer prisões em flagrante sempre que não houver policiais presentes.

Fonte: Senado Federal.

Concurso para PMGO – vencimentos.

01º/04/2010

Informações: a Polícia Militar de Goiás abriu mil vagas no curso de formação de praças, para se formar soldado (900 para homens e 100 para mulheres) e 45 para o curso de formação de oficiais, para formação de cadetes (40 para homens e 5 para mulheres). Para soldado o candidato deve ter curso superior em qualquer área de conhecimento, idade mínima de 18 anos e máxima de 30 anos, além de altura mínima de 1,65m (homens) e 1,60m (mulheres). A remuneração é de R$ 3.000,00 para cadete de 1º ano, de R$ 3.120,00 para cadete de 2º ano, de R$ 3.348,00 para cadete de 3º ano, de R$ 4.200,00 para aspirante a oficial e de R$ 5.160,00 para 2º tenente. Já para soldado de 2ª classe (aluno), o salário inicial é de R$ 1.680,00 e passa a R$ 2.711,88.

Fonte: Associação de Cb e Sd da PMRN.

Governo defende combate às drogas como forma de prevenir crimes.

17/04/2010 - 17:42

Principal problema entre jovens de todo mundo é tema de destaque do Segmento de Alto Nível do 12º Congresso da ONU

Salvador, 17/04/10 (MJ) - O tratamento dos dependentes, como estratégia de prevenção aos crimes ligados às drogas esteve no centro dos debates na manhã deste sábado (17), primeiro dia do Segmento de Alto Nível, que reúne chefes de Estado e autoridades de todo o mundo.  

A secretária Nacional de Políticas sobre Drogas adjunta, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Paulina Duarte, apresentou iniciativas do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) e defendeu que é preciso saber utilizar com inteligência os recursos disponíveis. “Não podemos ser românticos a ponto de acharmos que, para combater as drogas, basta liberar dinheiro para os municípios. Precisamos investir com segurança”, explicou a representante brasileira.

Pensando nisso, o Governo Federal começou a mapear e avaliar as instituições que trabalham com o tratamento de viciados através do Pronasci. Outra iniciativa é a aproximação efetiva junto às comunidades. O Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas (Cetad), ligado à Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), é um dos projetos que recebem o apoio do Programa.

O Cetad é coordenado pelo professor Antônio Nery Filho. Uma das ações do Centro é o Consultório de Rua, na qual uma equipe de saúde percorre regularmente áreas de risco oferecendo serviços que vão de testes de HIV até orientações psicológicas. “O caminho para o combate às drogas é a cidadania”, defende Nery Filho. É preciso levar em conta que, ao contrário do tráfico, tido como crime inafiançável na Constituição brasileira, o consumo é um problema social. “Daí a importância do combate pela conscientização”, propôs a secretária às autoridades internacionais.

Fonte: Ministério da Justiça.

domingo, 2 de maio de 2010

80% dos homicídios na Bahia estão ligados ao tráfico de crack.

12/04/2010 - 20:57

Governo investe cerca de US$ 1 bilhão por ano em política dirigida ao jovem de 15 a 24 anos

Salvador, 12/04/2010 (MJ) -  Um dos grandes problemas do mundo atual é o tráfico de drogas aliado ao comércio ilegal de armas, com destaque para o envolvimento de crianças e adolescentes. O Brasil, por suas largas fronteiras, também está incluído nesse ciclo criminal.  Somente, na Bahia, Estado que sedia o 12º Congresso das Nações Unidas Sobre Prevenção do Crime e Justiça Penal, 80% dos homicídios têm causas vinculadas ao tráfico de crack, de acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública .

Durante a abertura do congresso, o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, deu atenção especial a essa questão, no sentido de ampliar as políticas voltadas à promoção de desenvolvimento e da cidadania de crianças e jovens, lembrando que, desde 1990, o Brasil se norteia por políticas de proteção integral.

“Partimos do princípio de que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos e devem ser protegidos pelo Estado. O combate à criminalidade infanto-juvenil deve ser feito com medidas socioeducativas e de inclusão social, modos mais eficientes de prevenir e impedir sua vulnerabilidade à violência e à criminalidade”, afirmou.

Uma das principais medidas para combater esse tipo de ocorrência, na avaliação do Ministério da Justiça, é o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Através dele, o Governo Federal vem investindo cerca de US$ 1 bilhão por ano em uma política especificamente dirigida ao jovem de 15 a 24 anos de idade, buscando sua inserção em um caminho social que priorize sua formação.

Fonte: Ministério da Justiça.

PL SF 176/2009 – Torna crime militar o trote vexatório.

Autor: SENADOR - Arthur Virgílio

Ementa: Acrescenta o § 4º ao art. 146 do Código Penal e o § 4º ao art. 222 do Código Penal Militar, para tornar crime o trote vexatório.

Data de apresentação: 07/05/2009

07/04/2010 CE - Comissão de Educação

Situação: MATÉRIA COM A RELATORIA

Ação: Distribuído ao Senador Cícero Lucena, para relatar.

31/03/2010 CE - Comissão de Educação

Ação: Recebido nesta Comissão em 31/03/2010.
(Por força do Requerimento nº 248, de 2010, de autoria do Senador Romero Jucá, o presente projeto passa a tramitar em conjunto com os PLC 09 de 2009, PLS 404 de 2008 e PLS 104 de 2009).

31/03/2010 ATA-PLEN - SUBSECRETARIA DE ATA - PLENÁRIO

Ação: A Presidência comunica ao Plenário que foi deferido o Requerimento nº 248, de 2010, nos termos do Ato da Mesa nº 2, de 2009. O Projeto de Lei do Senado nº 176, de 2009, perde o caráter terminativo. Os Projetos de Lei do Senado nºs 404, de 2008, 104 e 176, de 2009; e o Projeto de Lei da Câmara nº 9, de 2009 passam a tramitar em conjunto e vão às Comissões de Educação, Cultura e Esporte e de Constituição, Justiça e Cidadania. Publicação em 01/04/2010 no DSF Página(s): 10810 ( Ver Diário )

17/03/2010 CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

Ação: Retirado de Pauta para atender a solicitação da Secretaria-Geral da Mesa, constante do Oficio nº 344/2010, da Presidência do Senado Federal, referente a requerimento de tramitação em conjunto (fls. nº 16).
À SSCLSF.

01/03/2010 CCJ - Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania

Situação: INCLUÍDA NA PAUTA DA REUNIÃO

Ação: Recebido Relatório reformulado pelo Senador Wellington Salgado de Oliveira, com voto pela aprovação do Projeto e três Emendas que apresenta. Matéria incluída na Pauta da Comissão.

Fonte: Senado Federal.

Toda a vida de Jesus foi um dom ao mundo - Jo 13,31-33a.34-35.

Jo 13,31-33a.34-35

Quando Judas saiu, Jesus disse:

- Agora a natureza divina do Filho do Homem é revelada, e por meio dele é revelada também a natureza gloriosa de Deus. E, se por meio dele a natureza gloriosa de Deus for revelada, então Deus revelará em si mesmo a natureza divina do Filho do Homem. E Deus fará isso agora mesmo. Meus filhos, não vou ficar com vocês por muito tempo. Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como eu os amei, amem também uns aos outros. Se tiverem amor uns pelos outros, todos saberão que vocês são meus discípulos.

COMENTÁRIO 1

Muitas pessoas hoje demonstram desânimo. As notícias são deprimentes. Guerras intermináveis,  sempre  sendo inflamadas por baixo das brasas. Populações africanas que são extintas pela fome, pelas epidemias. Cruéis guerras religiosas na Ásia, na Indonésia. Extermínio das crianças meninas na China. Violência em nossos bairros e cidades, corrupções em nossas instituições.

Existe alguém que pode dar um novo rumo a este mundo? A resposta é: você mesmo, mas não sozinho. Alguém faz aliança com você. Ou melhor: com vocês, como comunidade. E em sinal dessa aliança, deixou-lhes um exemplo e modo de proceder: um novo mandamento. “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”, isto é, até o fim, até o dom da própria vida, seja vivendo, seja morrendo. É o que nos recorda o Evangelho de hoje.

Não há governo ou poder que possa nos eximir deste mandamento. Só se o assumirmos como regra de nossa vida o mundo vai mudar. Não existe um mundo tão bom e tão bem governado que possamos deixar de nos amar mutuamente com ações e de verdade. Mas, por mais desgovernado que o mundo seja, se nos amarmos mutuamente como Jesus nos tem amado, o planeta vai mudar.

Por que então, depois de dois mil anos de Cristianismo, o mundo está tão ruim assim? A este respeito pode-se fazer diversas perguntas, por exemplo: Será que os homens se têm amado suficientemente com o amor que Jesus nos mostrou? E como seria a terra se não tivesse existido um pouco de amor cristão? Não seria bem pior ainda?

O Apocalipse, lido nas liturgias deste tempo pascal, muitas vezes é considerado um livro de terror e de medo. Mas, na realidade, ele termina numa visão radiante da nova criação, da nova Jerusalém, simbolizando a indizível felicidade, a ”paz” que Deus prepara para os que são fiéis ao novo mandamento do seu Filho (2ª leitura). A nova Jerusalém é o povo de Deus envolvido pelo esplendor, ainda escondido, do amor de Cristo, que o torna radiante, como o amor do noivo torna radiante a sua amada. Quem é amado e se entrega ao amor, torna-se amor.

É isso que deve acontecer entre nós. Jesus nos amou até o fim. Nossa comunidade eclesial deve transformar-se em amor, irradiando um mundo infeliz e desviado por interesses egoístas e mortíferos.  Em vez de ver somente o lado ruim da Igreja – talvez porque nosso olho é ruim -, vamos tratar de vê-la como uma moça um tanto desajeitada e acanhada, mas que aos poucos vai sentindo o quanto ela está sendo amada e, por isso, se torna cada dia mais amável e radiante. Ora, para isso, é preciso que deixemos penetrar em nós o amor de Deus e o façamos passar aos nossos irmãos, não em palavras, mas com ações e verdadeiramente.

Padre Pacheco - Comunidade Canção Nova

COMENTÁRIO 2

O que era um fim para os fariseus que programaram a morte de Jesus, na realidade era a glorificação de Jesus em Deus. Judas sai para entregá-lo. Se há um mal na traição de Judas, o mal maior está naqueles chefes religiosos de Israel que articularam a morte de Jesus. Jesus está prestes a terminar sua missão. Dá o maior testemunho: "Prova de amor maior não há, do que doar a vida pelo irmão" (15,13). Toda a vida de Jesus foi um dom ao mundo. Nas comunidades joaninas, às quais João dirige seu Evangelho, diante da ausência de Jesus, os discípulos oram e meditam sobre sua vida e, iluminados pelo Espírito, começam a entendê-lo, particularmente quanto à sua permanência, vivo, entre eles. É a glorificação de Jesus: sua missão cumprida e continuada por seus discípulos, ao longo do tempo e duradoura na eternidade. É a glorificação de Deus. "Filhinhos!" Este diminutivo carinhoso não aparece em nenhum outro Evangelho. Só é usado por João aqui e, com frequência, na sua primeira carta, dirigindo-se às comunidades.

Jesus dá um novo mandamento (entolê). Temos uma referência direta aos mandamentos dados a Moisés no Sinai, e muito decantados no Salmo 119. Jesus faz uma oposição à Lei antiga. Israel, dentre os demais povos, considerados gentios, orgulhava-se e escudava-se na originalidade de seu Deus "único", de sua Lei, de suas observâncias e

cultos. Possuía uma sólida ideologia e teologia do poder e, em nome de seu Deus, exterminava os que eram considerados inimigos. Agora o novo mandamento diferencia-se do antigo. Os sinóticos já anunciavam: a Lei se resume no mandamento de amar a Deus e no "amar o próximo como a si mesmo". Em João a medida do amor é o próprio Jesus. É o mandamento da união no amor com Jesus: amor universal, sem fronteiras, amor que não passa por instituições e é aberto a todos os povos, a todos os homens e mulheres. É o amor que gera a vida eterna. Aos discípulos, às comunidades, é confiado o testemunho deste amor, pelo qual se reconhece a presença de Jesus na história. Este amor concreto, vivido nas comunidades, é a esperança de vida diante dos desafios desumanizantes da sociedade de mercado, idólatra do dinheiro. O anúncio da Palavra e a exortação à perseverança na fé (primeira leitura) geram e orientam as comunidades para viverem, já, a dimensão apocalíptica de "um novo céu e uma nova terra" (segunda leitura).

Autor: José Raimundo Oliva

Fonte: Canção Nova e Paulinas.