Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

sábado, 4 de junho de 2011

‘É hora de refletir’, diz comandante da PM a bombeiros em quartel.

04/06/2011 – 04:28

Comandante disse que não usará a força para esvaziar quartel invadido.
Após discurso, clima voltou a ficar tenso na madrugada deste sábado.

Rodrigo Vianna Do G1 RJ e Globonews

Na tentativa de convencer os mais de 2 mil bombeiros a deixarem o Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio de Janeiro, o comandante-geral da Polícia Militar (PM), Mário Sérgio Duarte, afirmou na madrugada deste sábado (4), durante discurso aos manifestantes, que o momento é de reflexão. Mas após a fala do militar, o clima voltou a ficar tenso no complexo invadido.

Por volta das 2h50, Duarte subiu num carro e, diante dos manifestantes, pediu para que todos retornassem para casa. “É primeira vez que venho aqui numa situação inusitada. Sou apenas um homem diferente, mas eu tenho a força dos meus e quero ter a dos seus. Nós precisamos resolver esse dilema, embora isso não signifique rendição para ninguém. Tenho certeza que nenhum de nós vai usar a força. Gostaria que as senhoras e os senhores refletissem. A minha proposta é que retornem para suas casas”, disse o comandante.

Durante a fala que durou cerca de 20 minutos, o comandante foi interrompido por gritos e cantos dos manifestantes, que repetiam: “nem um passo daremos atrás”.

Diante da resistência, o comandante ressaltou que não pretende usar a força e afirmou estar diante do melhor Corpo de Bombeiros do Brasil. “Mais uma vez peço vocês sentem e conversem sobre isso. Nesse momento eu preciso ver o meu coronel ferido e enterrar um outro, vítima de ‘saidinha’ de banco. Tenho certeza que vocês aqui não tinham a intenção de quebrar a mão do meu coronel, que também teve o joelho lesionado. Eu não estou propondo derrotados nem vitoriosos”, completou Duarte.

Em seguida, o cabo Benevenuto Daciolo, porta-voz do movimento, elogiou a iniciativa do comandante da PM. Mas ele disse que quer a presença do governador Sérgio Cabral ou do vice Luiz Fernando Pezão.

O porta-voz reafirmou que a manifestação é pacífica, mas disse há 50 homens armados entre eles. “Nós temos essa casa (quartel) como nosso lar. E enxergamos o comandante-geral como nosso pai. Mas nós temos que pagar aluguel, compras, remédios. Estamos há mais de dois meses tentando falar com as autoridades. Aqui tem mulheres, homens de bem e famílias inteiras. Por favor, coronel, não permita que o mal aconteça”, pediu Daciolo.

Logo após o comandante-geral da PM deixar o local, o clima, que era calmo, voltou a ficar tenso. Os militares sentaram no meio do pátio, de frente para a saída e esticaram mangueiras de água. Além disso, os manifestantes usaram caminhões como barricada, bloqueando as entradas do quartel. Alguns chegaram as esvaziar os pneus dos veículos.

Segundo os manifestantes, a invasão ao quartel central não foi planejada. Pouco após a invasão e depois de uma breve chuva que caiu no fim da noite, os manifestantes se reuniram no meio do pátio do quartel central e fizeram uma oração.

O cabo Benevenuto Daciolo disse que a categoria foi às ruas para reivindicar aumento de salário líquido de R$ 950 para R$ 2 mil, melhores condições de trabalho, além de vale-transporte.

Pelo menos 29 carros da PM cercam o quartel central do Corpo de Bombeiros. A área foi isolada e ninguém pode entrar ou sair do quartel, já que os acessos ao local foram bloqueados.

Apesar da notícia de que todos os manifestantes seriam presos já ter chegado ao local, os policiais dizem que estão apenas controlando o protesto.

Os manifestantes estão com apitos e faixas no pátio do quartel central. Além de bombeiros da ativa, há funcionários aposentados, mulheres e até crianças. Há cerca de 150 policiais do Batalhão de Choque dentro e fora do quartel, além de policiais de outros batalhões e do Regimento de Polícia Montada (Rpmont).

Bombeiros invadem quartel central da corporação no Centro do Rio (Foto: André Teixeira/ Ag. O Globo)Bombeiros invadem quartel central da corporação no Centro do Rio (Foto: André Teixeira/ Ag. O Globo)

De acordo com Cláudio Lopes, procurador-geral de Justiça do Rio, o governo pode decretar a prisão dos manifestantes se considerar que houve insubordinação.  "A Polícia Militar está diretamente subordinada ao governo do estado, ao governador, hierarquicamente. E pelo regulamento militar, o governador pode, sim, decretar a prisão administrativa daquelas pessoas que ele venha a entender que violaram a legislação militar, sem prejuízo - dependendo exatamente do que aconteceu - de isso constituir algum tipo de crime militar", explicou.

Sobre o grande número de manifestantes, o procurador-geral acredita que nem todos serão presos. "Normalmente, nessas situações, deve ser feita uma apuração eventualmente daqueles que são os líderes, daqueles que estão instigando, se amotinando. Evidentemente é difícil caracterizar crime eventualmente ou falta funcional por parte de todos", disse.

"Mas dependendo da forma de manifestação, nós estamos vendo, com invasão, isso realmente pode ser caracterizado como descumprimento do regulamento militar e permitir ao governo a decretação da prisão das pessoas que estão se insurgindo, sem adentrar no mérito do que eles estão reivindicando", completou o procurador.

Mais cedo, a Secretaria estadual de Saúde e Defesa Civil afirmou que os manifestantes serão presos por invadir órgão público, agredir um coronel e desrespeitar o regulamento de conduta dos militares.

Mais de duas mil pessoas ocupam o pátio do quartel central dos bombeiros na noite desta sexta  (Foto: Rodrigo Vianna / G1)Mais de duas mil pessoas ocupam o pátio do quartel central dos bombeiros na noite desta sexta (Foto: Rodrigo Vianna / G1)

Segundo Daciolo, participam do protesto bombeiros de quartéis de todo o estado. Ele informou ainda que as praias devem amanhecer sem guarda-vidas neste sábado (4).

Daciolo usou o megafone para orientar os manifestantes a se deitarem no pátio, caso policiais do Batalhão de Choque entrem no local para retirá-los. Ele informou que é um protesto pacífico e que eles pretendem deixar o local somente após um acordo com algum representante do governo.

De acordo com a PM, os bombeiros forçaram e quebraram o portão do quartel central para entrar no local. Dois caminhões dos bombeiros que seguiam para ocorrências no momento da entrada dos manifestantes foram impedidos de sair.

O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que os manifestantes liberaram duas pistas da Praça da República, por volta das 19h35. Mais cedo, eles chegaram a bloquear toda a via. A Rua 1º de Março, uma das mais movimentadas do Centro, também chegou a ser fechada pelos manifestantes.

Bombeiros se espremem para entrar no quartel Central do Corpo de Bombeiros (Foto: André Teixeira/ Ag. O Globo)Bombeiros se espremem para entrar no quartel central da corporação (Foto: André Teixeira/ Ag. O Globo)

Mandados de prisão

Em maio, houve uma série de protestos da categoria por aumento de salário e melhores condições de trabalho. Cinco bombeiros chegaram a ter as prisões decretadas. No dia 17 de maio eles anunciaram o fim da greve. Na ocasião, segundo os manifestantes, durante uma reunião realizada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) com integrantes do governo do estado foram pedidos a revogação da prisão dos bombeiros, o cancelamento das punições, transferências e inquéritos administrativos e judiciais e o abono das faltas.

Fonte: G1.

domingo, 29 de maio de 2011

AC: histórico da paralização de 24h realizada por PMs; Governo acena conceder 15% escalonado.

20/04/2011 – 23:31

Sentimento geral

Pelo que se viu ontem dos PMs que foram à Aleac, o sentimento geral é de greve por melhores salários. Nem a promessa de abertura de negociações amainou os ânimos na categoria.

Fonte: Jornal Agazeta – Coluna Política local.

03/05/2011 – 01:12

Questão delicada

Pelos textos do informativo “Folha Militar” a greve da PM é quase certa. É uma questão delicada que deveria ser tratada com muito diálogo pelos negociadores do governo. Há que se sentar, mostrar os números, e vencer pelo poder do convencimento. Não pode se antecipar o “não”. E por parte dos PMs discutir em cima da realidade financeira do Estado, sem ser radical.

Fonte: Jornal Agazeta – Coluna Política local.

04/05/2011 – 23:14

Deputado sergipano participa das manifestações de PMs e Bombeiros

Um deputado sergipano esteve, ontem, na Aleac, acompanhado do major Rocha (PSDB), para apoiar o movimento dos policiais militares e bombeiros acreanos. O deputado estadual capitão Samuel (PSL) afirmou que está visitando vários estados brasileiros com o deputado federal Mendonça Prado (DEM-SE) para mostrar a importância da aprovação da PEC 300. A Lei estabelecerá o piso salarial dos PMs do Distrito Federal como base, o que significaria um salário inicial de R$ 4.500 para todas as polícias do país.

Depois de caminhar com os manifestantes, o capitão Samuel, avaliou: “o movimento foi sério e legal não deixando a sociedade sofrer o que é o mais importante. Só quem participou foi o pessoal que está de folga, da reserva e familiares. Então essa filosofia de proteger a sociedade é importante. No Sergipe nós tivemos uma grande vitória porque fizemos dessa forma. Aqui também estão seguindo o mesmo caminho”, ponderou.

Segundo o parlamentar sergipano, está na hora do Brasil reconhecer a importância do policial militar ao aparelho de segurança pública dos estados. “O juiz e o promotor têm salários dignos porque fazem parte desse aparelho. Mas os policiais militares e os agentes prisionais são os últimos a serem reconhecidos. Se não valorizarem todos quem é que vai manter o criminoso preso no presídio? Os delegados que ganham muito bem prendem e quem mantém o marginal é um cara que ganha R$ 1 mil. Isso não adianta. É o policial militar que dará voz às sentenças dos juízes que ganham tão bem. O aparelho de segurança pública é um instrumento estatal para conter as pessoas que se desviam da conduta social. Bombeiros e policiais militares é que garantem a segurança. Por isso, é preciso ter o reconhecimento salarial também”, apregoou.

Capitão Samuel utilizou as conquistas dos militares do seu estado como um exemplo para que sejam atendidas as reivindicações dos acreanos.  “O governador Marcelo Deda que é do PT reconheceu a nossa importância e elevou o piso salarial dos militares para R$ 3.600,00. Qualquer instituição pode fazer greve. Mas nós não podemos. Se formos parar ou fazer uma operação padrão a sociedade fica em pânico. Nós estamos presentes em todos os momentos. Esse homem precisa ser valorizado. No Rio de Janeiro um louco matou 13 crianças e se um policial militar não tivesse chegado quantas crianças mais se-riam mortas? Essas ações que fazemos todos os dias precisam ser reconhecidas pelos governantes. Mas acredito que o governador Tião Viana vá reconhecer”, destacou.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção de Política.

05/05/2011 – 01:23

Militares fazem manifestação; comando não aceita greve

Policiais bombeiros e militares realizaram ontem um protesto no Centro da cidade. Eles reivindicam 117% de reposição de perdas, ampliação do efetivo para redução da carga horária e reestruturação da tabela salarial. O Acre é o 7º pior salário no ranking entre os militares do país. O comandante da corporação, coronel José dos Reis Anastácio, deu um ultimato: “quem fizer greve sabe das consequências”, disse ele, lembrando que a Constituição Federal veda tal direito aos militares.

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Reunidos na Concha Acústica, eles criticaram o governo a quem acusam de não querer negociar. “Desde o dia 3 de janeiro que a gente protocola documentos junto à Secretaria de Segurança e de Articulação Política e nada de resposta”, disse o represtante da Associação de Subtenentes e Sargentos, João Jácome, considerando a negativa como uma demonstração de intransigência e desrespeito.

Os parlamentares sargento Vieira e major Rocha tentaram ‘abrir um canal de diálogo’, mas não foram recebidos pelo governo. Um assessor palaciano divulgou que uma equipe de negociação e econômica, a partir de segunda-feira (9), vai ‘sentar com as categorias’. Ainda de acordo com a mesma fonte, os militares serão recebidos dia 11. “Estamos a mais de oito anos esperando que o governo olhe para a questão salarial da categoria. Fomos tratados com desprezo e perseguidos pelos governos de Jorge Viana e Binho Marques”, disse o deputado major Rocha, assegurando que os militares estão organizados e todos ‘vão até o fim’.

O movimento contou com o apoio da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Sindicato dos Urbanitários, agentes penitenciários, policiais civis e delegados, trabalhadores em saúde, militares aposentados, familiares dos protestantes e até por um deputado estadual pelo estado de Sergipe. “Observem as manchetes dos jornais: Acre reduz em 52% o número de homicídios. Carnaval 2011 foi um dos mais tranquilos. PM registra redução em mais 50% no índice de violência em Rio Branco. Isso são provas do brilhante serviço prestado pela PM”, bradou o vereador e vice-presidente da CTB, Marcelo Jucá.

Portando faixas e cartazes, os manifestantes partiram da Concha Acústica para o gabinete do Governo. Cantaram o hino nacional e entoando palavras de ordem, seguiram para a Assembléia Legislativa (Aleac). Nenhum deputado veio hipotecar apoio. O movimento de ontem fez alusão ao dia 4 de maio de 2009, quando, depois de um protesto militares foram presos e amea-çados de expulsão. O então vice-presidente da Associação dos Militares do Acre, major Rocha, chegou a fazer greve de fome que duraram quatro dias.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Geral.

05/05/2011 – 14:43

Policiais militares, civis e bombeiros fazem movimento inédito no Juruá

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A união das três forças de segurança pública ganhou força com o apoio do Sindicato dos Jornalistas e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cruzeiro do Sul. Pela primeira vez na história do Vale do Juruá, a polícia foi pra rua pedir apoio da população para convencer o Governo do Estado a negociar melhorias salariais.

As Policiais Civil, Militar e Corpo de Bombeiros do Acre, recebem um dos piores salários do País, mesmo assim, o governo exige que o policial esteja satisfeito e que o índice de criminalidade seja reduzido.

Em um estado de fronteira com os dois maiores produtores de cocaína do mundo, Peru e Bolívia, onde o tráfico de drogas e de armas é praticamente imbatível pelas forças de seguranças pública, por falta de estrutura tanto do Governo do Estado quanto do Governo Federal, o policial é obrigado a trabalhar 6 anos como soldado para poder ter um aumento de R$91,00 no salário.

Os policiais reclamaram que o governo quer dedicação exclusiva da corporação, mais se recusa a investir na parte humana das policias. Com o movimento que aconteceu na manhã de quarta-feira (4) e contou inclusive com a participação de oficiais da reserva, os militares mostraram para o Governo que estão unidos em todo o Estado, em busca de melhores salários.

O protesto dos militares contra o Governo em Cruzeiro do Sul durou quase três horas. Durante os discursos no centro da cidade, o novo presidente da associação dos policiais civis do Juruá, José Gomes, disse que a população precisa saber por que muitas vezes, a polícia não consegue atender uma ocorrência, que segundo ele ocorre pela falta de pessoal e viaturas, e o governo não assume que a responsabilidade é dele.

Gomes protestou também contra o próprio sindicato da Polícia Civil no Estado, segundo o presidente a situação dos policiais civis não é diferente da PM e dos bombeiros, e o sindicato vem sendo omisso e se preocupando mais em defender o Governo do que a categoria.

Após o movimento, o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Moisés Diniz, afirmou que na próxima quarta-feira dia, 11 de maio, o governador Tião Viana vai sentar com os líderes do movimento e apresentar uma proposta. Os militares já adiantaram que se a proposta do Governo não contemplar toda a categoria, a greve já está decidida. (Tribuna do Jurá)

Fonte: Jornal Agaztea – Seção Geral.

13/05/2011 – 02:54

Policiais militares e bombeiros podem parar hoje

Policiais militares e bombeiros realizam hoje, em frente ao Comando da Polícia Militar, a partir das 9 horas, uma assembléia geral. O Governo do Estado ofereceu 1% de reajuste, o que revoltou a categoria. Eles podem deflagrar uma greve por tempo indeterminado. O comandante da corporação, coronel José dos Reis Anastácio, disse que a Constituição Federal veda a paralisação dos militares. 

“Para quem estar reivindicando 117% de reposição de perdas, ampliação do efetivo para redução da carga horária e reestruturação da tabela sala-rial, oferecer apenas 1% para a nossa categoria chega a ser um acinte, uma provocação”, disse o presidente da Associação dos Bombeiros e membro da comissão de negociação, Abrahão Púpio.

No último dia 4, reunidos na Concha Acústica, eles criticaram o governo a quem acusam de não querer negociar. “O governador não tem uma política de segurança e muito de valorização dos policiais”, disse um bombeiro que preferiu o anonimato.

“Estamos a mais de oito anos esperando que o governo olhe para a questão salarial da categoria. Fomos tratados com desprezo e perseguidos pelos governos de Jorge Viana e Binho Marques”, disse o deputado major Rocha, que apóia o movimento, juntamente com o vereador sargento Vieira. O Acre é 7º pior salário no ranking entre os militares do país.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Geral.

14/05/2011 – 09:34

Sem acordo, militares deflagram greve

Policiais militares e bombeiros decidiram, em assembléia geral deflagrar uma ‘greve de advertência’ por 24 horas. A equipe do governo pediu um prazo de 15 dias, depois de anun-ciar que só poderia conceder 1% de reajuste, o que revoltou a categoria.  O comandante da Polícia Militar, coronel José dos Reis Anastácio, disse que a Constituição Federal veda a paralisação dos militares. “Quem fizer greve sabe das consequências”, alertou ele.

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Os manifestantes acusam o comando da corporação de ‘tentar desmobilizar os militares’. Segundo eles, oficiais teriam se deslocado às unidades e intimidado ‘os praças’. “Não queremos conflito e muito menos insubordinação. Amamos a nossa instituição e vamos lutar até o fim pela nossa tropa”, disse um policial militar, que armou uma barraca em frente do comando da PM.

Os militares estão ameaçando, ainda, fazer uma operação conhecida como ‘polícia legal’, que consiste em aplicar multas em toda e qualquer pendência ou irregularidade do poder público. “Os bombeiros podem interditar vários prédio irregulares. Os colegas do trânsito podem apreender, por exemplo, os ônibus que, em sua maioria, circulam de forma irregular”, explicou o secretário da comissão de negociação, Abrahão Púpio.

“Para quem estar reivindicando 117% de reposição de perdas, ampliação do efetivo para redução da carga horária e reestruturação da tabela salarial, oferecer apenas 1% chega a ser um acinte, uma provocação”, disse o representante da Associação dos Subtenentes e Sargentos Bombeiros, João Jácome. “O governador não tem uma política de segurança e muito de valorização dos policiais”, acrescentou ele.

“Estamos há  oito anos esperando que o governo olhe para a questão salarial da categoria. Fomos tratados com desprezo e perseguidos pelos governos de Jorge Viana e Binho Marques”, disse o deputado major Rocha, que apóia o movimento, juntamente com o vereador sargento Vieira. O Acre, segundo os parlamentares, paga o 7º pior salário aos seus militares no país.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Geral.

14/05/2011 – 21:41

* Final de semana daqueles de arrepiar.

* Começando pela greve dos PMs e bombeiros, que fechou ontem de manhã o aeroporto de Rio Branco por algumas horas porque não havia bombeiros.

* E aeroporto sem bombeiros tem mesmo que parar.

* É aquela história: greve de militares não é uma grevezinha qualquer.

* Como de estudantes, por exemplo, que no máximo, podem parar o trânsito e cometer outras diatribes de pouca monta.

* Já greve de militares não pode ser subestimada, porque eles têm a força.

* São treinados em táticas e estratégias e lidam com o setor mais nevrálgico da administração, que é o da segurança pública.

* Tem uma coisa: exatamente porque têm esse poder, não podem extrapolar, abusar.

* Nem perder de vista o foco, que é a segurança da sociedade.

* Há que se reconhecer que várias de suas reivindicações são justas;

* que há bons soldados e oficiais no movimento, mas é preciso estarem abertos sempre para as negociações.

* Se radicalizarem, se perdem e perdem a razão.

* Como da parte do Comando da corporação e dos negociadores do Governo hão de ter essa mesma disposição para o diálogo.

* Combinado assim?

* Apesar da gravidade da si-tuação, a greve tem lá também seus aspectos curiosos, lúdicos.

* Por exemplo, a música que os PMs e bombeiros escolheram para manter a chama acesa foi “Caminhando e cantando e seguindo a canção...”

* Aquela mesmo do Geraldo Vandré.

* O que leva a concluir que, definitivamente, os tempos mudaram.

Fonte: Jornal Agazeta – Coluna Gazetinhas.

15/05/2011 – 01:46

Comando Geral da PM e Bombeiros ordena que militares voltem imediatamente ao trabalho

O comandante geral da Polícia Militar do Acre, coronel José dos Reis Anastácio e o comandante geral do Corpo de Bombeiros, Flávio Pereira Pires disseram ontem, 14, que a ordem é para que os policiais militares e bombeiros militares voltassem imediatamente ao trabalho. De acordo com o cel. Anastácio, apesar do protesto, nenhum município acreano ficou sem policiamento, todos os batalhões estão em atividade.

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Ainda segundo Anastácio, apenas em Sena Madureira foi registrado um número maior de policiais paralisados, mas o trabalho da polícia não foi afetado e o policiamento é feito com a ajuda do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar. A ordem era para que todos os militares voltem imediatamente ao trabalho, sob pena de serem submetidos a medidas administrativas e judiciais.

O comandante informou também que o radicalismo adotado por setores da Polícia Militar não faz sentido. “As negociações em nenhum momento foram interrompidas, o Governo do Estado desde o dia 25 de março propôs um diálogo franco e aberto com a categoria. Desde o início de sua administração, o governador Tião Viana tem se mostrado disposto a ouvir todas as reivindicações da Polícia Militar, acenou com a realização de concurso público, reforma de quartéis em todo o Estado além de atender, dentro das possibilidades orçamentá-rias, reajuste para a categoria. As negociações nunca foram encerradas. Essa ação é injusta”.

Força Nacional – Caso os militares decidissem pela manutenção da paralisação, o Governo do Estado já havia acionado o Governo Federal para que a Força Nacional fosse acionada havendo necessidade do reforço de policiamento nas ruas de Rio Branco. O governador Tião Viana conversou com a presidente Dilma Rousseff que garantiu apoio. O vice-governador César Messias esteve reunido na manhã de ontem, 14, com representantes da cúpula de segurança do governo e também de assessores, para tentar garantir que a população não fosse prejudicada com a paralisação dos militares.
Sobre a paralisação, os comandos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros emitiram nota de esclarecimento:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Comandante Geral da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Acre, no uso de suas atribuições legais, contando com o integral apoio do Governo do Estado do Acre, vêm a público prestar os seguintes esclarecimentos pertinentes às implicações decorrentes da participação de militares nas manifestações promovidas pelas associações dos militares estaduais, a saber:

a)  Estão sendo adotadas todas as medidas administrativas e judiciais para declaração de ilegalidade do movimento de greve promovido pelas Associações dos militares estaduais, com a conseqüente responsabilização das entidades associativas e das pessoas que deram causa ao movimento;
b)   Os militares estaduais que infringirem as normas disciplinares, os preceitos do Código de Ética da Corporação e as demais normas castrenses serão submetidos aos processos disciplinares competentes, não isentando-se das demais responsabilidades civil, penal e administrativa, na medida em que concorrem para lesão da disciplina, da hierarquia e do serviço militar;
c)   Os militares estaduais participantes da manifestação, em estágio probatório, que incidirem nas situações acima descritas ou que faltarem ao serviço para o qual foram regularmente escalados, serão submetidos a processo administrativo disciplinar para fins de avaliação, sumária, quanta à capacidade de permanência no serviço ativo das Corporações;
d)   Esclarecemos à população e a todo público interno que está assegurada a continuidade dos serviços essenciais, não havendo interrupção das atribuições desempenhadas pelas Corporações militares estaduais para a preservação da ordem pública;

Por fim, pedimos a compreensão a toda população acreana por eventuais transtornos causados pelos militares e familiares manifestantes, ao tempo em que informamos que continuamos trabalhando e envidando todos os esforços no sentido de bem prestar a nossa missão institucional de servir e proteger.

Rio Branco, Acre, 14 de maio de 2011.

José dos Reis Anastácio – Cel PM
Comandante Geral da PMAC

Flávio Ferreira Pires – Cel BM
Comandante Geral da CBMAC

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Geral.

15/05/2011 - 01:50

Paralisação dos militares provoca fechamento do aeroporto por horas

A greve dos policiais militares e bombeiros atingiu o aeroporto Plácido de Castro, devido a falta de bombeiros. Os oficiais das duas corporações assumiram os serviços, coincidindo com uma viagem que o governador Tião Viana fez ontem ao interior do Estado. “Tudo está normalizado”, assegurou o comandante do Corpo de Bombeiros, Flávio Pires Pereira. A direção da Empresa de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) não quis se manifestar sobre o ocorrido.

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Carros de som, barracas, redes, mesas de dominó e pingue-pongue, fogões, bebedouros e muita conversa regada a tereré. Este era o retrato da manifestação, que ganha novas adesões na Capital e interior. “O governador e os comandantes das duas corporações estão subestimando a nossa capacidade de mobilização e pressão”, disse um sargento, que pediu para não ser identificado. “A categoria é politizada e unida”, acrescentou o militar.

De acordo com o representante da Associação dos Subtentes e Sargentos dos Bombeiros, João Jácome, o ato, que virou acampamento, é ‘justo e pacífico’. “Estamos respeitando os 30% como assegura a lei. Não estamos fazendo piquete para impedir colegas de trabalhar”, disse ele, para quem atribui as adesões às ‘indignações dos praças’.

Os militares querem uma reposição de 117%, a reestruturação da tabela salarial e contratação de mais policiais, não obstante, agora, à anistia de todos os manifestantes. “Ninguém aceita punição para quem reivindica direitos. Existem os exemplos de Sergipe e Rondônia. Naquele estado, o salário de um policial recém-incorporado é R$ 3.200”, exemplificou o secretário da equipe de negociação, Abrahão Púpio. O Acre é o 7º pior salário no ranking entre os militares do país.

GREVE SUSPENSA - Ainda na tarde de ontem os militares suspenderam o movimento e retornaram às suas atividades. Segundo Abrahão Púpio, a categoria cumpriu apenas o prometido que era o de fazer uma paralisação de advertência por 24 horas. Ele disse ainda que um documento foi entregue no gabinete do governador e que a categoria não aceitará represálias a nenhum daqueles que aderiu ao movimento.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Geral.

17/05/2011 – 00:44

Questão de alternativa

O governador Tião Viana não tinha alternativa ante a eminência de uma greve da PM a não ser chamar a Força Nacional para garantir a segurança da população, caso ocorra. Mas, isso não resolve, é paliativo, o que resolve é negociar, até porque a dita Força está de passagem

Inoportuna e agressiva

Já a Nota Oficial do comando da PM teve a habilidade de um elefante numa casa de louças. Não se chama ninguém para negociar ameaçando arrebentar, prender e punir o outro lado.

Um desastre político

A nota pode até ser embasada nas normas militares, mas, se analisada politicamente, foi um desastre, porque só faz engrossar o caldo de cultura da revolta e o mel na sopa da oposição.

Elegeram deputado

Nesta mesma linha o comando passado da PM ajudou eleger um deputado da oposição.

Também não resolve

Outra ratada é atacar o deputado Wherles Rocha (PSDB). Quanto mais lhe baterem mais cresce o seu prestígio na tropa. Em política, é erro primário transformar os adversários em vítimas.

Colocar equilíbrio

O governador Tião Viana tem que colocar na mesa de negociação pelo governo pessoas de equilíbrio, que não cheguem afrontando. O deputado Moisés Diniz (PCdoB) é um bom nome.

Outros tempos

Até porque o problema não se resume à PM, mas também aos funcionários da Saúde, Educação. Foi o tempo que o PT, com o Carioca, podia chegar gritando e dando murro na mesa.

Realidade financeira

Nenhuma negociação salarial, entretanto, pode acontecer em cima de dados aleatórios, tem que ser com base na realidade financeira e que não comprometam outros investimentos.

Muito distante

Em qualquer governo sempre vai haver uma diferença abissal entre o que o servidor pede e o que o caixa do poder público pode bancar. Afinal, nenhum Estado imprime dinheiro.

Fonte: Jornal Agazeta – Coluna Política local.

17/05/2011 – 01:39

* Semana tensa.

* Ainda por conta do movimento dos PMs e Bombeiros e da presença da Força Nacional.

* Hoje, os professores também saem às ruas e podem decretar greve.

* E todas as categorias do funcionalismo acenam para uma manifestação conjunta.

* Só tem uma coisa: se todos decidirem mesmo parar, favor avisar que aí pára todo mundo e vamos pescar bodó.

* Sobre o movimento dos PMs e bombeiros, suas lideranças precisam agora avaliar melhor.

* Com a vinda da Força Nacional, o Governo tem uma boa margem de manobra para manter os serviços de segurança.

* Mesmo que os homens da Força Nacional não saibam onde fica o Caladinho e outras quebradas.

* Os recrutas, os recos, que ainda estão em estágio probatório, também precisam ficar espertos.

* A nota do Comando da corporação, publicada domingo, é clara:

* se cometerem qualquer ato de indisciplina ou faltarem à escala de serviço podem “ser submetidos a processo administrativo disciplinar para fins de avaliação, sumária...”

* Tradução: podem ser desligados da Corporação.

* E consta que muitos faltaram.

Fonte: Jornal Agazeta – Coluna Gazetinhas.

17/05/2011 – 02:05

Policiais da Força Nacional chegam ao Acre para garantir segurança

O Governo do Estado está trazendo guardas da Força Nacional para atuar em operações de Segurança Pública no Acre. A medida também visa prevenir que não faltem efetivos em caso da deflagração de greve por uma parte dos policiais militares acreanos. O pedido foi feito pelo governador Tião Viana, no último final de semana. Entre algumas das ações a serem executadas com o reforço destes agentes estão investidas em pontos focalizados de tráfico de drogas, amplo patrulhamentos nas cidades e nas estradas (pontos de acesso ao Estado).

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Os policiais da Força estão alocados num prédio do Ciesp, com algumas despesas bancadas pelo governo acreano. No geral, os custo para trazê-los partem do Governo Federal, e não do local (que só precisa oferecer condições para abrigá-los). Não foram divulgados dados oficiais sobre quantos homens já foram e ainda estão sendo direcionados pra cá. Porém, segundo dados extra-oficiais, cerca de 100 guardas já teriam sido trazidos e mais contingentes devem chegar nos próximos dias. Eles devem permanecer aqui por tempo indeterminado.

De acordo com o secretário estadual de Segurança Pública, Ildo Reni Graebner, a passagem dos guardas nacional pelo Acre será muito bem aproveitada para combater diversos tipos de crimes locais e esquemas ilícitos. Segundo ele, estes agentes agirão de modo integrado às polícias locais (forma que a Força Nacional é altamente treinada para seguir), reforçando os pontos onde o Acre sofre de maiores carências de efetivos para rea-lizar tais operações.

O planejamento sobre a definição exata das ações e dos locais aos quais os guardas da Força deverão integrar no Estado será finalizado nos próximos dias, pelos órgãos locais do setor.

“Tínhamos uma ameaça de paralisação de alguns policiais militares. Daí, o governador Tião Viana, numa iniciativa muito sábia e prudente, decidiu convocar a ajuda da Força Nacional. O propósito do chamado foi para prevenir o Estado de ficar com algum tipo de pendência no seu policiamento e na sua luta contra o crime. E agora, apesar do movimento grevista já estar mais controlado, vamos trabalhar bem com eles para oferecer uma maior segurança à população e até prevenir carências no nosso quadro que o amanhã pode trazer”, disse Reni.

Por sua vez, o comandante da Polícia Militar do Acre, Cel. José Anastácio, esclareceu que os agentes da Força Nacional não vieram para se sobrepor ou maltratar os policiais acreanos e muito menos foram chamados porque o governo local estaria indisposto a negociar com a categoria. Segundo ele, ao contrário, a gestão estadual segue dialogando com a classe, inclusive com uma nova reunião agendada no próximo dia 27, para mostrar dados concretos da Sefaz. O coronel também ressalta que o governador Tião Via-na tem planos para deixar o salário dos policiais acreanos entre um dos melhores a nível nacional até o fim da sua gestão.

“Vamos mostrar os planejamentos salariais para atender 2011 e já antecipar 2012, a fim de mostrar que o nosso é e será ainda mais um dos policiais mais valorizados no Brasil. E é justamente por isso que podemos garantir à sociedade que os nossos serviços essenciais, independente de haver ou não greve, sempre estarão sendo executados. Nunca irão parar. E esse apoio da Força Nacional vem para assegurar ainda mais este compromisso”, completa.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Geral.

18/05/2011 – 01:17

Moisés Diniz e major Rocha convergem para o diálogo

A sessão de ontem na Aleac poderia ter descambado para um confronto radical entre o líder do governo Moisés Diniz (PCdoB) e o deputado major Rocha (PSDB). Mas não foi isso que aconteceu. O parlamentar oposicionista ocupou a tribuna para fazer severas críticas ao Governo em relação à postura com o movimento de policiais militares e bombeiros. Chegou a fazer as acusações usuais da oposição. No entanto, depois de dois discursos de Diniz pregando o aprofundamento do diálogo entre as partes, major Rocha, reviu a sua posição e chegou admitir alguns exageros por parte do movimento militar.

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No final da sessão os dois parlamentares concederam várias entrevistas à imprensa admitindo que o único caminho viável para a solução do impasse é o diálogo.  “Nós temos que entrar numa fase de desmontar os pontos de tensão entre as partes e retirar os obstáculos para um diálogo que leve ao consenso. A tropa levantou esse debate sobre o risco de vida. Não tenho em detalhe o que a tropa pensa e o que o Governo tem para oferecer financeiramente. Mas acho uma bandeira atrativa que deveria ser colocada na mesa para os soldados que ganham menos poderem ter uma valorização”, apregoou Moisés.

A preocupação do líder do governo é que as discordân-cias se aprofundem. “A minha fala foi que depois da paralisação a gente viu opiniões de vários lados que tendem levar a um confronto. Entendo que a gente pode reduzir esses pontos de confronto e promover o diálogo para uma solução que contemple todas as partes”, argumentou.

Disciplina militar

Indagado sobre as possíveis punições que os militares e bombeiros possam sofrer por terem participado do movimento do último sábado, Moisés contemporizou: “sobre a disciplina do comandante não posso me posicionar contra porque é uma decisão interna da Polícia Militar. Mas eu prefiro um olhar humanista. Podemos olhar a indisciplina sobre vários pontos de vista. Se um soldado deixou de trabalhar porque passou o dia anterior enchendo a cara e não agüentou ou se envolveu numa briga na vizinhança foram feitas transgressões claras. Uma indisciplina por um melhor salário e qualidade de vida pode ser encarada de outra forma. Talvez de maneira política. Não estou dizendo que o comandante não deva exercer as ações internas que definem os códigos e os estatutos. Mas acho que é preciso ter um olhar humanista sobre as ações humanas”, salientou.

Mudança na forma de negociação

Moisés Diniz deixou claro que a maneira como estão sendo conduzidas as negociações não estão sendo eficientes. “As portas de negociações estão abertas. Mas o nosso Governo tem um modelo de negociação que está se esgotando. Um modelo que se esgota é o que provoca confronto e greve. Então é preciso construir novas formas de negociações do Governo e do movimento sindical. Tenho divergência com o deputado Rocha porque acho que a greve de 24 horas não ajudou. Mas nós precisamos avançar num novo modelo de nego-ciação”, afirmou.

Questionado se o modelo esgotou devido a participação do assessor especial Francisco Nepomuceno, o Carioca, Moisés negou. “O jogo não é de personalidade, mas da forma. Estou entrando nas negociações e acho que isso ajuda ainda que não esteja nomeado pelo Governo. Converso com o Rocha e posso influenciá-lo. Ontem conversei com vários soldados que também me influenciaram. A capacidade da gente conquistar vitórias para Polícia Militar virá de uma nova aprendizagem de negociação tanto por parte do Governo quanto do movimento social”, disse ele.

Para o líder é preciso que os representantes do Governo conheçam mais de perto a realidade social acreana. “Não só o Carioca, mas outros assessores deviam fazer como o Tião Viana (PT). Ele pega um avião e vai para um seringal lá no baixo Tarauacá chamado Socó para conversar com os agricultores. Quando um político leva a sua cabeça para onde estão os seus pés conhece mais os problemas. É preciso visitar mais as escolas, os quartéis, os bairros. Diálogo é o único remédio que não efeito colateral”, garantiu.

Major Rocha lembra história do PT

Depois de receber vários jovens soldados da PM preocupados com as conseqüên-cias do movimento, o deputado Rocha afirmou que as punições seriam um erro. “Acredito que o Governo tem que usar o bom senso. Um partido que foi criado em cima da defesa do trabalhador não pode se voltar contra quem reivindica melhorias salariais. Antes as categorias que reivindicavam melhores salários eram presas e perseguidas. Hoje estão querendo demitir policiais militares. Para mim é um erro político e uma contradição com a história do PT que foi criado em cima das lutas trabalhistas”, destacou.

Respeito à hierarquia militar

Lembrado de que os militares fazem parte de uma categoria considerada essen-cial e que vive sob uma disciplina diferenciada, Rocha alegou: “não foi quebrado o respeito à hierarquia militar porque os soldados simplesmente não foram trabalhar e faltaram ao serviço. Pelo regulamento disciplinar isso é uma falta administrativa. Os militares têm uma vedação constitucional. Mas a Saúde também é um serviço essencial. Acredito que a coisa pode ser resolvida com diálogo ou ficar mais acirrada. E não queremos isso. Os militares querem apenas um aceno de que o Governo está ciente dos problemas deles e está em busca de uma solução”, garantiu.

Solução pacífica

O parlamentar oposicionista garantiu que os militares respeitarão a data marcada para reiniciar as negociações. “Nós vamos esperar o dia 27 de maio. Os militares estão muito ansiosos, mas se cria um clima de instabilidade quando alguém vai às unidades para ameaçar. O momento é de serenidade e de buscar o consenso e não de acirrar mais os ânimos. Todas as categorias quando estão insatisfeitas se manifestam. Respeitamos a situação de não deixar a população desguarnecida. Alguns municípios ficaram com o policiamento bastante reduzido, mas não aconteceu nada diferente do que acontece em outros finais de semana”, explicou.

Outro ponto que o parlamentar fez questão de frisar: “a Guarda Nacional não é um fator de intimidação. São policiais militares que têm uma missão diferenciada da nossa e que entendem a nossa situação porque nos estados deles ganham salários parecidos com os nossos. Já mantivemos contato com eles e posso garantir que em momento algum a Força Na-cional veio para o confronto”, contemporizou.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Política.

18/05/2011 – 01:43

Militares que participaram de greve podem ser punidos

O comandante da Polícia Militar do Acre (PM/AC), José dos Reis Anastácio, afirmou na tarde de ontem (17) que ainda está sendo feito uma apuração mais detalhada sobre os casos dos militares que teriam participado de modo ‘irregular’ da paralisação no último final de semana. Sendo assim, ele pregou que abordar o assunto agora não se trataria de nada concreto, e sim mais boatos a serem criados (assim como tudo o que vem sendo dito até agora). Apesar de não dar méritos a nenhuma das especulações e tampouco tecer alguma afirmação precipitada sobre a questão, ele também não descartou nenhuma hipótese, inclusive, a da punição aos militares.

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Sem prestar maiores detalhes, o coronel afirmou que toda a corporação foi orientada a não falar sobre o tema, a fim de que não sejam cometidas injustiças contra ninguém. A única coisa que ele adiantou é que só após a investigação completa das ações dos militares naquela ocasião é que o comando da PM e o Governo do Estado irão tomar qualquer tipo de decisão.

“Disseram que vamos expulsar os PMs, que fizemos uma lista negra de policiais para sofrer represálias, entre uma série de outras coisas. Nada disso é verdade. Estamos apurando tal questão com muita responsabilidade e talvez na próxima semana tenhamos uma posição mais concreta sobre o que pode ou não vir a acontecer. Agora não há o que dizer, porque não há nada de concreto”, declarou o comandante, lembrando que na sexta da semana que vem, dia 27, está marcada uma reunião com a categoria com o objetivo de mostrar os dados sobre o salários dos militares de 2011 e 2012 e, assim, pôr fim de vez ao movimento grevista.          

Representante dos bombeiros acha que punições serão aplicadas

Por outro lado, o representante da classe dos bombeiros na Associação dos Militares do Acre (AME/AC), sargento Francisco ‘Jusciner’ de Araujo Silva, acredita que o governo infelizmente aplicará, sim, as punições aos militares que se fez presente no ato. Segundo ele, alguns dos policiais estavam de folga, portanto, não devem sofrer penas. Já aos guardas que deve-riam estar de serviço ao invés de participar do manifesto, ele crê que serão castigados de alguma forma. Sobre os bombeiros (classe que precisa estar de plantão 24h por dia), ele prega que, se vierem, as penas ‘provavelmente’ descontarão 8h de falta no serviço.

“Esta é uma situação muito incômoda pra nós. Não há nada que possamos fazer a não ser esperar pela posição do governo. Na minha opinião, eles vão cobrar as punições, até porque isso é uma afirmação que já teríamos ouvido do comando da PM. E não há nada que possa ser feito, uma vez que é de conhecimento de todos que a categoria votou, se mobilizou e foi mesmo às ruas pra defender as coisas que acreditamos ser nossas de direito. As penas mais brandas devem ser descontos salariais pelo tempo do protesto. Já a mais severas deve ser a prisão de regime interno de até 8 dias, por falta disciplinar”, prevê o sargento Jusciner.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Geral.

19/05/2011 – 00:55

Em protesto, militares prometem greve de fome

Os policiais militares lotados no 4º Batalhão da Polícia Militar, preocupados com as retaliações ao ato de reivindicação por melhorias salariais no último dia 13, prometem deflagrar uma nova greve, mas dessa vez de fome.

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A informação foi dada por um policial militar que não quis ser identificado por medo de represálias. “Caso as prometidas punições aos nossos homens venham a se concretizar, não vamos ficar de braços cruzados esperando nossos companheiros serem punidos injustamente”, declarou o policial, informando que o comando já começou com retaliações veladas.

Segundo o PM, a tropa está irmanada na mesma luta e não vai deixar que o comando passe por cima daqueles que ‘deram a cara a tapa’, numa luta que beneficia a todos, inclusive aos oficiais que estão prometendo as punições. “O fato foi passado pela maioria dos policiais dessa unidade, e a maioria declarou apoio”, informou o policial, ressaltando que o comandante da unidade apoia incondicionalmente as decisões do governo e do alto comando da PM.

Fonte: Jornal Agazeta – Seção Geral.

28/05/2011 – 21:25

* Apostava-se numa semana de confusões e muitas emoções, mas até que foi tranqüila.

* Inclusive a mega-manifestação de todas as categorias marcada para a sexta-feira foi abortada.

* Temia-se também um novo ‘quartelaço’ dos policiais militares, mas prevaleceu o bom senso.

* Com o aceno do Governo em conceder reajuste de 15% para todo o funcionalismo todo mundo baixou a bola.

* Contudo, é conveniente que se esclareça que esse reajuste não será concedido de uma vez.

* Como o próprio governador Tião Viana está explicando em entrevista a este matutino será escalonado.

* O pessoal vai chiar, mas tem que entender que o cobertor é curto;

* que o governo precisa manter a máquina administrativa funcionando, a qualidade dos serviços públicos essenciais e os investimentos.

* Nessas horas é preciso calma, muita calma. Se radicalizar, perdem todos.

Fonte: Jornal Agazeta – Coluna Gazetinhas.