Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

segunda-feira, 19 de abril de 2010

BP Choque passa por mudanças para atuar em grandes eventos como Copa e Olimpíada.

20/03/2010 – 08:01

O Batalhão de Polícia de Choque do Rio recebeu esta denominação nos tempos da ditadura militar. Já abrigou presos políticos e reprimiu manifestações de estudantes contra o regime da época. Mas, em tempos de democracia, o aparato para confronto direto do estado tem de se adaptar para não perder a sua utilidade. As prioridades, hoje, são outras. Sem frequência de protestos que justifique a existência do batalhão, até a escolta de celebridades entrou em pauta. Tropas recebem treinamento para uso de um leque cada vez maior de munições não letais, enquanto departamentos de planejamento e marketing estão sendo criados para uma modernização de olhos nos grandes eventos que acontecerão no país e no Rio. Em 2011, os Jogos Mundiais Militares; em 2013 , a Copa das Confederações; em 2014, a Copa do Mundo; e em 2016, a Olimpíada.

Ainda em 2010, o torcedor carioca deve sentir a primeira mudança. Em breve, o Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), braço do BP Choque, passará a atuar também nos arredores das praças esportivas. Hoje, faz a segurança interna. O comando do efetivo passará a ser feito do batalhão e não mais do Maracanã, como é atualmente, mas a sede no estádio será mantida. A ideia, daqui para frente, é intensificar o intercâmbio com outros países que já foram sede desses eventos.

"Vamos mandar equipes a outros países, tivemos recentemente um contato com a polícia francesa, eles vieram aqui, então vamos buscar semelhanças. Acho que a Olimpíada será o mais complicado, até porque será concentrada no Rio. E temos um histórico de situações que colocam uma outra variável, que é o terrorismo. O Brasil não é um país com essa característica, mas público receberemos de lugares onde isso é uma realidade", explica o comandante do BP Choque, Róbson Rodrigues, reconhecendo que a polícia carioca ainda não está devidamente preparada para este tipo de ocorrência.

O tenente Alexandre Lima Ramos, relações públicas do batalhão, diz  que, com a reorganização, o número de policiais foi reduzido, mas as tropas são melhor aproveitadas. Em 2007, o Grupamento Especial Tático Móvel (Getam), incorporado aos 400 homens do BP Choque, tinha dois mil policiais. Agora são, no total, 1.200 no batalhão. "Liberamos esses dois mil para a polícia utilizar onde precisasse, unimos todos os grupamentos do Choque e redistribuímos de acordo com a necessidade".

Segundo Lima Ramos, em todos os dias há equipes treinando. Pela manhã, são feitos treinos físicos, defesa pessoal e artes marciais (jiu-jitsu, luta livre, boxe tailandês, judô e tae-kwon-do), além de prática com munições não letais para uso progressivo da força. À tarde, os policiais exercitam tiro e operações em áreas de alto risco. Rodrigues, que é antropólogo formado, esclarece as mudanças.

"Estamos recolocando a munição não letal no seu devido lugar. O Choque sempre foi muito usado para confrontos na época da ditadura e no período de transição, quando as instituições democráticas ainda não estavam totalmente consolidadas. Então o que fizemos foi recuperar essa vocação do batalhão e levar essa filosofia da não letalidade e uso progressivo da força para a criminalidade comum. É a nossa marca, modernizamos esse entendimento para o contexto atual. Tentamos valorizar a vida ao máximo", completa Rodrigues.

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A regra para tiros de borracha ou de espuma, munição que está em testes pelo batalhão e produz lesões menores do que a primeira, é atingir as pernas do alvo. O Gepe usa atualmente nos estádios os bastões e spray de pimenta. Serão testadas inovações para cada tipo de evento, como uma torre de segurança com câmeras capazes de captar imagens em um raio de dois quilômetros. Outra possibilidade é a compra de um veículo aéreo não tripulado com câmeras para eventos ou escolta, no formado de aeromodelo ou balão. As fardas também poderão carregar microcâmeras e o capacete terá hidratação e comunicador acoplados.

"Os projetos existiam, mas com esses eventos chegam os recursos", conclui Lima Ramos.

Fonte: Último Segundo IG.

domingo, 18 de abril de 2010

MENSAGEM DA SEMANA: Cristo na Glória e na Igreja - Jo 21,1-19.

EVANGELHO – Jo 21,1-19

Depois disso, Jesus apareceu outra vez aos seus discípulos, na beira do lago da Galiléia. Foi assim que aconteceu:

Estavam juntos Simão Pedro e Tomé, chamado "o Gêmeo"; Natanael, que era de Caná da Galiléia; os filhos de Zebedeu e mais dois discípulos. Simão Pedro disse aos outros:

- Eu vou pescar.

- Nós também vamos pescar com você! - disseram eles.

Então foram todos e subiram no barco, mas naquela noite não pescaram nada. De manhã, quando começava a clarear, Jesus estava na praia. Porém eles não sabiam que era ele. Então Jesus perguntou:

- Moços, vocês pescaram alguma coisa?

- Nada! - responderam eles.

- Joguem a rede do lado direito do barco, que vocês acharão peixe! - disse Jesus.

Eles jogaram a rede e logo depois já não conseguiam puxá-la para dentro do barco, por causa da grande quantidade de peixes que havia nela. Aí o discípulo que Jesus amava disse a Pedro:

- É o Senhor Jesus!

Quando Simão Pedro ouviu dizer que era o Senhor, vestiu a capa, pois havia tirado a roupa, e se jogou na água. Os outros discípulos foram no barco, puxando a rede com os peixes, pois estavam somente a uns cem metros da praia. Quando saíram do barco, viram ali uma pequena fogueira, com alguns peixes em cima das brasas. E também havia pão. Então Jesus disse:

- Tragam alguns desses peixes que vocês acabaram de pescar.

Aí Simão Pedro subiu no barco e arrastou a rede para a terra. Ela estava cheia, com cento e cinqüenta e três peixes grandes, e mesmo assim não se rebentou. Jesus disse:

- Venham comer!

Nenhum deles tinha coragem de perguntar quem ele era, pois sabiam que era o Senhor. Então Jesus veio, pegou o pão e deu a eles. E fez a mesma coisa com os peixes.

Foi esta a terceira vez que Jesus, depois de ter sido ressuscitado, apareceu aos seus discípulos.

Quando eles acabaram de comer, Jesus perguntou a Simão Pedro:

- Simão, filho de João, você me ama mais do que estes outros me amam?

- Sim, o senhor sabe que eu o amo, Senhor! - respondeu ele.

Então Jesus lhe disse:

- Tome conta das minhas ovelhas!

E perguntou pela segunda vez:

- Simão, filho de João, você me ama?

Pedro respondeu:

- Sim, o senhor sabe que eu o amo, Senhor!

E Jesus lhe disse outra vez:

- Tome conta das minhas ovelhas!

E perguntou pela terceira vez:

- Simão, filho de João, você me ama?

Então Pedro ficou triste por Jesus ter perguntado três vezes: "Você me ama?" E respondeu:

- O senhor sabe tudo e sabe que eu o amo, Senhor!

E Jesus ordenou:

- Tome conta das minhas ovelhas. Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas eu afirmo a você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para onde você não vai querer ir.

Ao dizer isso, Jesus estava dando a entender de que modo Pedro ia morrer e assim fazer com que Deus fosse louvado.

Então Jesus disse a Pedro:

- Venha comigo!

COMENTÁRIO 1

Muitas pessoas dizem acreditar em Jesus, mas não querem se comprometer com a comunidade da Igreja. Talvez até entre numa igreja bonita e espaçosa para, ao voltar do serviço, descansar um pouco, mas Igreja como comunidade não as atrai. Pretendem acreditar em Cristo, mas não querem saber da sua comunidade. Às vezes, vira até caricatura: invocam a ajuda de Cristo e de todos os santos para resolver uns probleminhas pessoais, mas não ligam para Sua grande obra, a comunidade que Ele fundou. Será Jesus apenas um quebra-galho para uso pessoal?

Conforme a liturgia de hoje, Jesus ressuscitado está misteriosamente presente na Igreja. O Evangelho conta como Cristo ressuscitado aparece aos apóstolos enquanto estes estão pescando, sem êxito, no lago de Genesaré. Sua presença os faz pescar grande número de peixes grandes – cento e cinquenta e três, imagem na multidão que, logo nos primeiros anos, aderiu a Cristo na Igreja. Na primeira leitura ouvimos o atrevido dos apóstolos, apesar de proibidos de falar no nome de Jesus. É no testemunho da Igreja que o Ressuscitado vive para o mundo. Querer ter Jesus sem a Igreja é como querer transportar água sem balde. E este Jesus é o Senhor glorioso, adorado por todos os santos dos céus, como nos mostra o Apocalipse  (segunda leitura). Que Ele seja adorado assim na terra também.

Viver como cristão é viver da Palavra de Deus em Jesus Cristo. Esta Palavra é a instância suprema de nossa vida. Importa mais obedecer a Deus do que aos homens, diz Pedro às autoridades de Jerusalém que o querem proibir de anunciar o Cristo ressuscitado (cf. At 5,29).

Ora, a Igreja serve exatamente para guardar viva a Palavra de Jesus e a  Sua presença no meio de nós. A Igreja não serve para si mesma ou para satisfazer a ambição dos padres; ela tampouco serve para construir ricos templos. A Igreja existe para dar a todos os seres humanos a oportunidade de conhecer Jesus morto e ressuscitado, de tomar refeição com Ele – como os Seus primeiros discípulos -, de acolher e cumprir Sua Palavra, sempre de novo traduzida e explicada conforme as exigências de cada momento. Ela existe para constituir comunidade, necessária para que o mandamento e o exemplo de amor deixados por Jesus sejam transmitidos e postos em prática, pois é impossível amar sozinho. A Igreja serve para fazer acontecer, sempre, no mundo, a prática de Jesus – na justiça e no amor eficaz ao próximo. Se ela fizer isso, ela partilhará para sempre a glória que Deus deu ao “Cordeiro”, por ter-se sacrificado por nós. Pois Deus ama o amor que dá a vida pelos outros. E quem faz isso, como Cristo, já vive um pouco o céu. A Igreja serve para nos ajudar nisso.

Padre Pacheco - Comunidade Canção Nova

COMENTÁRIO 2

Existem opiniões de que este capítulo 21 do Evangelho de João seja um acréscimo tardio ao original. Contudo, não há pleno consenso sobre a questão. O capítulo daria continuidade ao Evangelho, agora com os discípulos retomando sua vida e sua missão, representada pela pescaria, na Galileia, com a presença do Ressuscitado. O retorno dos discípulos para a Galileia, após a ressurreição de Jesus, é testemunhado pelos Evangelhos de Marcos, Mateus e João. Apenas Lucas é que, tanto no fim de seu Evangelho (Lc 24,49) como em Atos dos Apóstolos (At 1,3-4), menciona a permanência dos discípulos em Jerusalém. Com isto Lucas, com a perspectiva paulina, pretende apresentar o movimento de Jesus como uma continuidade do Judaísmo, com o deslocamento de Jerusalém para Roma.

Esta narrativa de João aponta para algumas orientações das comunidades que começam a se estruturar em Igrejas. A presença do Ressuscitado fortalece a missão, tendo como fundamentos o serviço e a partilha eucarística (pão e peixe servidos pelo Ressuscitado). Fica também confirmada a primazia de Pedro, que é incumbido de pastorear as ovelhas de Jesus, bem como o testemunho de sua fé (primeira leitura) até o martírio.

Autor: José Raimundo Oliva

Fonte: Canção Nova e Paulinas.