Manzuá está suspensa por falta de apoio.

22/09/2009 – 07:39

Promotor revela que está impossível continuar as fiscalizações e operação será suspensa por falta de apoio do Governo do estado, da Prefeitura e demais órgãos

Dyego Rodrigues

O Imparcial

Até que policiamento do estado reingresse a intervenção, a Operação Manzuá está suspensa. De acordo com o promotor  Cláudio Cabral, sem o apoio do estado e de uma lei que “intimide a criminalidade”, sancionada pela prefeitura, fica impossível dar continuidade às fiscalizações. “Vai começar a baderna de novo. Não tem como nós ficarmos remando contra a maré, sem apoio da polícia e da prefeitura”, revelou o promotor.

Retrocesso

Além das reclamações contra os órgãos públicos, ele aponta ainda a decisão de juízes de direito que estão expedindo liminares, dando permissão para que os ambientes já apontados como irregulares continuem dando prosseguimento. “Além de voltar a funcionar em prazos mais elásticos, ainda aumenta a criminalidade, como aconteceu neste último final de semana em um dos bares já fechados durante a operação”, revelou Claudio Cabral.  De acordo com ele, a fiscalização somente deve retorna após a volta dos policias do estado, um posicionamento da prefeitura e a suspensão de liminares que beneficiem estabelecimentos comprometidos.

Enquanto as operações estão estagnadas, os casos de violência têm crescido na capital. No bar Gaiolão, ponto já fechado pela fiscalização, duas pessoas foram baleadas em uma confusão, estabelecimento próximo ao Terminal de integração do São Cristóvão. Após faltar energia no local, no madrugada de ontem - por volta de 1h40 -, um homem sacou uma arma e começou a atirar para todos os lados.

Dois homens saíram feridos: Agnaldo Paixão Correia (atingido na altura do rosto) e o outro identificada apenas como Guilherme (atingido nas costas). O estado de saúde de Adnaldo Correia é grave. O autor dos disparos fugiu.

Entretanto, o promotor alega que a situação é apenas um dos reflexos da paralisação da operação.  O estabelecimento voltou a funcionar após o Tribunal de Justiça manter a decisão de juízo do 1º grau da comarca de São Luís, que assegurou o direito de funcionamento deste local e de mais dois estabelecimentos notificados pela Operação Manzuá, cessando efeitos de atos que suspendiam suas atividades comerciais.

Liminar

Na sessão plenária jurisdicional, o TJ negou provimento aos agravos regimentais ajuizados pelo Estado do Maranhão contra decisão do juiz da 2ª Vara Cível da capital, Nemias Nunes Carvalho, que havia concedido liminar autorizando funcionamento a J. A. Cartagenes, Everaldo José de Sousa (Skina Show) e GS Leal (Ritmo da Ilha Choperia e Restaurante).

A maioria dos magistrados acompanhou o voto do relator, desembargador Raimundo Freire Cutrim (presidente do TJMA), que argumentou, entre outras possíveis conseqüências, sobre o risco de desemprego dos funcionários dos estabelecimentos, caso as atividades comerciais permanecessem suspensas.

Fonte: O Imparcial Online.