15/09/2009 – 18:10
Brasília, 15/09/09 (MJ) – Para o ministro da Justiça, Tarso Genro, o sistema de segurança pública no Brasil entrará em colapso se não houver a combinação de um policiamento de proximidade com fortes políticas preventivas e de inclusão social, educacional, artística, principalmente, com os jovens. A afirmação foi feita, nesta terça-feira (15), em Brasília, durante divulgação de pesquisa de campo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) nas sete regiões onde chegou o Território de Paz do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). A iniciativa reúne, em uma comunidade, até 30 ações de prevenção e enfrentamento à violência do Pronasci.
“O sucesso do programa deve-se às ações de prevenção e da relação comunitária com a população mais vulnerável e violenta de nossas cidades”, afirmou o prefeito de Recife, João da Costa. A cidade foi a primeira a implantar o primeiro Território de Paz do Programa no bairro Santo Amaro, em dois de dezembro de 2008.
A maioria dos entrevistados acredita que as ações realizadas pelo Pronasci em suas comunidades reduziram a violência. Foi o que responderam 76,79% dos moradores de Santo Amaro (Recife/PE); 72,34% de Itapoã (Brasília/DF); 63,89% do Complexo do Alemão/Nova Brasília (Rio de Janeiro/RJ); e 61,90% de ZAP-5/Santa Inês (Rio Branco/AC).
Nos bairros de São Pedro (Vitória/ES) e Vila Bom Jesus (Porto Alegre/RS), 56,73% e 52,23% dos participantes, respectivamente, disseram perceber melhoria na segurança pública. A exceção se deu em Benedito Bentes (Maceió/AL), onde 35,42% dos moradores percebem redução na violência, enquanto 50% afirmam ainda não verificar essa mudança.
O prefeito de Recife também citou a participação dos municípios na questão de segurança pública, antes, prerrogativa constitucional do Estado. “Éramos cobrados sistematicamente pela população em relação às políticas de segurança”, explica João da Costa. “A partir desta ação federada proposta pelo Pronasci, o município participa de ações especificas no combate a violência”, completa.
A pesquisa da FGV também mostrou que mais de 90% dos policiais de todas as unidades da Federação estão satisfeitos com o projeto Bolsa Formação. “Aqueles policiais que recebem a bolsa mostram que aquele valor agregado ao seu salário, que às vezes chega a 40%, 50% de seus salários, é extremamente valioso para que eles possam realizar um trabalho melhor”, explicou o ministro da Justiça.
O projeto Bolsa Formação é destinado à capacitação profissional de policiais civis, militares, bombeiros, peritos, agentes penitenciários e guardas municipais. Àqueles que recebem até R$ 1,7 mil podem participar do projeto. Hoje, no Brasil, recebem a bolsa de R$ 400 mais de 140 mil profissionais.
Confira aqui a pesquisa divulgada pela FGV
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