04/09/2009 – 08:40
Marcela Mendes
O Imparcial
Com a greve dos agentes penitenciários da polícia civil e a proximidade do final de semana, a própria categoria e a sociedade começam a se preocupar com as visitas aos detentos. A preocupação existe por parte das pessoas que visitam os presos – temendo rebeliões – dos agentes penitenciários que estão inclusos nos 30% que são obrigados por lei a continuarem trabalhando no período de greve e da população de São Luís, já que para cobrir a deficiência de policiais civis, policiais militares da capital são deslocados para os complexos penitenciários.
Entre os policias, o clima é de desconfiança. Nenhum dos agentes penitenciários querem estar inclusos nos 30% de efetivo que é obrigado por lei a continuar trabalhando nos períodos de greve. “Nenhum dos agentes que se ariscar trabalhando durante o tempo de visitas e com greve. Durante as visitas a penitenciária fica com os seus três mil presos e mais os dois mil visitantes. Se a polícia militar não fosse remanejada nós ficaríamos com apenas três agentes para administrar tudo isso”, relata o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindspen), Cézar Bombeiro.
Segurança
Em ocasiões anteriores, cerca de 500 policiais militares foram deslocados de São Luís para o complexo penitenciário nos dias de visita durante greve de policiais civis. Essa prática acaba gerando uma outra problemática: a falta de proteção da capital, já que os policiais civis de São Luís também estão em greve. “A tendência é a criminalidade aumentar, porque o a capital vai deixar de contar com o seu efetivo de polícia civil e menos 500 policiais militares”, analisa o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) Arnaldo Coloço.
Além da preocupação entre os policiais, essa situação também assusta as pessoas que visitam detentos. Muitos deixam de fazer a visita enquanto a polícia civil está em greve. Esse é o caso da empregada doméstica Cleudinete de Jesus, que visita o seu marido na penitenciária de Pedrinhas todos os finais de semana. “Quando a polícia tá em greve eu nunca faço a visita, avisei o meu marido desde a semana passada, quando a greve já estava agendada. Tenho medo de ter alguma rebelião enquanto eu estou lá dentro”, destaca.
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