02/09/2009 - 16h34
Lenno Edroaldo
Líder da bancada de oposição o deputado Edivaldo Holanda (PTC) dividiu seu pronunciamento em duas partes na sessão desta quarta-feira (2). Na primeira fez um apelo aos demais colegas para que não apreciem a Medida Provisória (MP) 052 enquanto a Casa não ouça o secretário estadual de Administração e Previdência Social, Luciano Moreira. Na segunda parte, assim como vários outros parlamentares fizeram na sessão ordinária, Edivaldo Holanda contestou a gestão do secretário de Segurança e deputado estadual licenciado pelo Democratas, Raimundo Cutrim. Para ele, Cutrim estaria “irreconhecível” à frente da pasta. “Quantas vezes nós ouvimos discursos contundentes seus contra a então de secretária Segurança Eurídice Vidigal?”.
O deputado foi mais além em seu pronunciamento, acusando Raimundo Cutrim de implantar um sistema que perseguiria seus adversários. “O deputado Cutrim, com o governo Roseana, instalou uma comissão nazista, um arremedo de Gestapo para perseguir pessoas, e se esqueceu de guardar os cidadãos, se esqueceu de cuidar da segurança. A primeira coisa que fez foi acabar com os serviços de patrulha dos bairros”, lamentou.
“A capital está imersa em um verdadeiro banho de sangue e quem constata isso é o próprio jornal da governadora. É ele que faz a denúncia de área da violência que está se abatendo sobre os cidadãos em todos os municípios deste Estado: assaltos a ônibus, mortes de motoristas”.
Para ratificar seus argumentos, Holanda contou que no último final de semana presenciou um episódio de violência acontecido no município de Luís Domingues. “Um carro de um cidadão foi tomado pelos bandidos no meio da estrada um pouco antes de eu passar com o meu. Tive que atender os policiais, voltar e ficar mais de uma hora aguardando o momento mais propício para passar pela MA que eu estava percorrendo.”
Edivaldo Holanda finalizou ao lamentar uma suposta perseguição política ao também deputado Alberto Franco (PSDB). “Nós vemos aqui a palavra dramática do deputado Alberto Franco, colega nosso nesta Casa, que está sendo perseguido pelo secretário. Cutrim tem que perseguir bandidos, tem que procurar proteger a sociedade, tem que colocar mais policiamento nas ruas, tem que cuidar da greve dos policiais que está aí, uma greve instalada por tempo indeterminado.”
MEDIDA PROVISÓRIA
Sobre a MP 052, ele disse achar necessária a explicação de vários pontos tratados no texto. “Sugiro e até faço um apelo para que a matéria seja retirada de pauta enquanto não se ouça o secretário Luciano Moreira, porque ele tem muito a esclarecer”, afirmou.
Segundo Holanda, o texto da medida provisória apresenta alguns equívocos que podem prejudicar os servidores públicos do Estado. “Nove emendas foram reprovadas pela relatoria com o argumento de que seriam intempestivas e no meu entender não são”, afirmou.
Para exemplificar a situação, ele utilizou o caso vivido pela categoria policial. “Um que tinha um soldo de R$ 1.800, com o aumento que a governadora deu seus rendimentos caíram para R$ 1.700. Como é que pode um aumento para baixo? Um aumento que retira ganhos crescendo para baixo? Que aumento é esse que arrasa uma das categorias mais importantes, que são aqueles que estão cuidando da segurança, que estão cuidando das pessoas nas ruas, nas cidades?”, indagou.
“Por isso é importante que se retire a Medida Provisória 52, da ordem do dia, até que se possa ouvir neste Plenário o senhor secretário Luciano Moreira”, reforçou.
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