Um dos desdobramentos da proposta de Lei Orgânica da Polícia Federal é o debate em torno das tabelas de vencimentos dos policiais. Há meses, os policiais debatem a tabela que será adotada pelo DPF nos próximos anos. A Federação Nacional dos Policiais Federais participa, junto com outras entidades, dos debates e levou para a mesa a proposta aprovada por unanimidade por TODOS os sindicatos presentes na última Assembléia Geral Extraordinária da entidade.
Pela proposta aprovada pelos sindicatos os policiais da 3ª Classe teriam vencimento referente a 50% do salário de um delegado especial. No topo da carreira os agentes, escrivães e papiloscopistas receberiam salário referente ao vencimento dos DPFs/PCFs da 2ª classe.
HISTÓRIA - Antes da lei 9266/96, pela tabela vigente, o final de APF/EPF/PPF chegava ao inicial do DPF/PCF de 1ª. Até a lei 9266 havia as classes e dentro das classes os padrões.
No debate em torno da Lei 9.266 o reajuste dos policiais foi diferenciado. A segunda classe, na época, teve um reajuste que variou entre 202 e 289%. Já os policiais da classe especial tiveram reajuste entre 148 e 182%.
A reconstrução da tabela em curso busca valorizar os policiais do início ao topo da carreira. A proposta defendida pela Federação, por sinal, sofreu uma severa oposição da entidade representativa dos delegados, que sequer aceitava que os agentes, escrivães e papiloscopistas chegassem ao valor do vencimento do delegado de 3ª.
O mais estranho é que a mesma entidade apresentou uma tabela que aumenta o vencimento final dos delegados da Classe Especial, reduzia o final dos APF/EPF/PPF e aumentava o inicial desses cargos, numa clara tentativa de desvalorizar a carreira e provocar um racha entre os policiais.
Só que na hora de encaminhar a proposta para o ministro Tarso Genro essa e outras entidades, contrariando a posição da Fenapef, sugeriram um salário em torno de 40% do último padrão do delegado especial para os policiais da 3ª Classe. A proposta da Federação e dos Sindicatos da Categoria era um salário inicial de 50% do vencimento do delegado especial.
Falando em propostas mirabolantes é preciso lembrar que a mesma entidade que agora propõe essa tabela compactuou com a criação da 3ª Classe, justamente para não aumentar o impacto futuro da folha de pagamento.
ENTIDADES - Quanto à negociação entre as entidades de classe da PF e PC/DF, a informação que vem sendo disseminada de que a Fenapef "jogou por água abaixo" a proposta que tinha o apoio das demais entidades também não corresponde à verdade. A Fenapef não poderia aceitar uma proposta diferente daquela que tem aval do Conselho de Representantes.
É preciso lembrar que o entendimento e reuniões em torno da tabela continua e a Fenapef seguirá a orientação determinada pelos sindicatos de todo o país.
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