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sábado, 17 de outubro de 2009

Controle de armas de fogo nos estados é precário, diz pesquisa.

OGlobo 15/10/2009 – 13:28

Jailton de Carvalho - O Globo; Agência Brasil

BRASÍLIA - O sistema de controle de armas nos estados é precário ou até calamitoso, segundo levantamento da ONG Viva Rio em parceria com a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

O ranking leva em conta a apreensão de armas ilegais, as armas recolhidas em campanhas de desarmamento, as armas recadastradas e a qualidade das informações que os estados têm sobre as armas que circulam em seu território. (Confira o ranking)

Armas_Controle_Ranking Segundo o estudo, estão em piores condições os sistemas de controle do Amapá, Sergipe, Rondônia, Amazonas e Santa Catarina.

Nos estados mais populosos, o quadro mais dramático, de acordo com o estudo, é o de Minas Gerais. (Você acha que o controle de armas diminui a violência?)

Entre as unidades da federação, a situação é considerada melhor, mas longe do ideal, no Distrito Federal, usado como ponto de referência (100%), Rio de Janeiro (95,5%), São Paulo (93,4%), Pernambuco (91,6%), Tocantins (88%) e Espírito Santo (83,3%).

- Os governadores não dão prioridade à questão (controle de armas). Não tem consciência que a falta de controle de armas está associada à violência urbana - disse Antônio Rangel, um dos coordenadores da pesquisa.

Segundo ele, ainda predomina no país a visão antiga de que arma é um instrumento importante para defender a família. Mas o levantamento indica que a arma é um instrumento mais utilizado no crime organizado do que para a defesa do cidadão comum.

Nos estados onde a situação é considerada melhor, os governadores criaram sistemas de recolhimento e informações de armas de fogo. No Rio de Janeiro, segundo Rangel, está sendo implantado um sistema pioneiro, por meio digital, para o controle de saída de armas e munições dos quartéis da Polícia Militar.

- Essa pesquisa está sendo divulgada agora para pressionar os governadores a mandar informações - afirmou o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), que preside a Subcomissão de Armas e Munições da Comissão de Segurança da Câmara.

Na pesquisa, foram analisadas 238.311 armas recolhidas em alguns estados desde o início da década de 90. O ranking leva em conta a apreensão de armas ilegais, as armas recolhidas em campanhas de desarmamento, as armas recadastradas e a qualidade das informações dos estados sobre armas de fogo. A pesquisa também contou com apoio da Secretaria Nacional de Segurança do Ministério da Justiça.

Fonte: O Globo.

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