29/09/2009
A Superintendência Regional da Polícia Federal no Rio Grande do Sul nomeou o agente de Polícia Federal, Anselmo Amorim Porto, novo chefe da Delegacia de Segurança Privada no Estado. Ao nomear o agente federal para a função, o superintendente regional, Ildo Gasparetto, agiu como um administrador moderno: escolheu para chefiar uma delegacia um quadro que julgou competente e com condições para executar a tarefa. Mas, os delegados não pensam da mesma maneira.
Em nota publicada em seu site, a Associação dos Delegados da Polícia Federal faz uma ode ao retrocesso. Segundo a entidade, a nomeação de um agente federal para chefiar a DELESP “é um precedente negativo para os Delegados de Polícia Federal oriundo da Superintendência Regional da PF no Rio Grande do Sul”. Traduzindo: não importa a competência. O que interessa é ser autoridade.
Mais do que fazer uma defesa de um modelo administrativo moldado na carteirada, o texto constrói um muro que divide os que devem chefiar e aqueles que devem obedecer como acontecia no mundo da idade média.
Não haverá um Departamento de Polícia Federal moderno, como quer o diretor-geral, se continuar imperando no interior do órgão visões obtusas que dividem policiais por castas e não por competências. Crer, como crê a ADPF, que uma das prerrogativas do Delegado de Polícia Federal é chefiar é mais do que corporativismo: é falta de inteligência.
Por fim deixamos aqui nossa homenagem ao agente federal, Anselmo Amorim Porto, que assume a chefia da DELESP/RS. Da mesma forma, queremos saudar o Superintendente Ildo Gasparetto que dá uma demonstração que é possível, dentro do DPF, escolher para postos chaves pessoas com as qualidades que a função requer, independente do cargo que ocupam.
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