Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PE está em primeiro lugar em lista de assassinatos por homofobia, diz ONG.

07/10/2011 - 09:44 - Atualizado em 07/10/2011 - 09:59

Segundo Grupo Gay da Bahia, o estado somou 18 mortes em 2011.
Paraíba, Bahia e São Paulo estão empatados em 2º lugar, com 17 casos.

Luna Markman G1 PE

Manoela Alves  (Foto: Luna Markman)Presidente do Leões do Norte, Manoela Alves recebe notícia com tristeza (Foto: Luna Markman)

A morte de um homossexual de 28 anos na localidade de Lagoa do Barro, Zona Rural de Araripina, Sertão de Pernambuco, no dia 3 de outubro, foi a última registrada pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), organização que contabiliza crimes com motivação homofóbica em todo o País através de notícias publicadas na imprensa. Com esse homicídio, o estado passou a encabeçar a lista de mais violento contra homossexuais do País, com 18 assassinatos em 2011.

O Movimento Leões do Norte, ONG pernambucana que busca a proteção e promoção dos direitos dos gays, não se surpreende com o resultado. “O Governo é que precisa entender que este é um problema de segurança pública, e a gente, como movimento social, continua pressionando as autoridades para criar políticas públicas de sensibilização, para erradicar qualquer tipo de preconceito na população, pois os pernambucanos ainda não estão amadurecidos neste sentido. De concreto, nada foi feito nos últimos anos. Estamos apostando no avanço dos diálogos”, disse a presidenta do grupo, Manoela Alves.

Paraíba, Bahia e São Paulo estão empatados no segundo lugar do ranking, com 17 mortes – isso sem levar em consideração a diferença populacional dos estados. Até o início de outubro, o GGB notificou 171 homicídios contra homossexuais no País em 2011.

Ano passado, foram documentados 260 assassinatos, 62 a mais que em 2009. Ao todo, houve um aumento de 113% nos últimos cinco anos. E os números confirmam que o Nordeste continua sendo a região mais homofóbica: abriga 30% da população brasileira e registrou 43% dos homicídios contra LGBT (gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).

Para o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, a criminalização da homofobia, assim como aconteceu com o racismo, pode ajudar a diminuir a violência. “Há um projeto de lei tramitando em Brasília, mas sem sinal de aprovação. Enquanto isso, muitos continuam morrendo, principalmente no Nordeste, que sofre por conta da antiga formação cultural machista, da pouca educação sexual, da vulnerabilidade econômica e da impunidade da Justiça”, enumera.

O Projeto de Lei a que ele se refere é o de n° 122/206, que criminaliza a prática homofóbica e estabelece o investimento na educação. Atualmente, ele tramita na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal.
Para Cerqueira, a forma como muitos homossexuais perdem a vida revela o ódio, a crueldade e a intolerância dos criminosos. Ano passado, por exemplo, 43% foram mortos a tiros, 27% com facadas, 18% espancados ou apedrejados e 17% sufocados ou enforcados.

Caso de polícia

No caso de Pernambuco, 2011 ainda nem terminou e já superou 2010 em número de mortes, quando se contabilizaram 17. E a quantidade de vítimas pode ser ainda maior, pois não há dados oficiais. De acordo com a Secretaria de Defesa Social, as estatísticas são baseadas em boletins de ocorrência e esse documento apenas aponta os gêneros masculino e feminino.

Diferente do estado vizinho, a Paraíba, Pernambuco não conta com uma delegacia especializada em atender vítimas de crimes homofóbicos. Nem projeto existe, de acordo com a delegada Lenise Valentim, que coordena o GT Racismo da Polícia Civil, criado há pouco mais de um mês. “O nosso grupo está ainda no início dos trabalhos, articulando propostas”, pontua.

Preconceito

De acordo com Lenise Valentim, além da criminalização da homofobia, outra reclamação constante é sobre o tratamento preconceituoso da polícia. Muitos gays dizem que não são bem recebidos na hora de prestar uma queixa na delegacia. “O GT planeja realizar um trabalho junto aos policiais, para que eles adotem uma postura mais humanizada diante de qualquer grupo vulnerável. Também pensamos em ações preventivas e de acompanhamento de inquéritos”, aponta.

Foi por achar que se sentiria constrangido em uma delegacia que o cabeleireiro Júlio Rocha, 27 anos, não registrou na polícia uma agressão sofrida há dois meses. Ele levou um tapa no rosto de um desconhecido quando caminhava para a parada de ônibus, acompanhado de três amigos, depois de sair de uma casa noturna LGBT, no centro do Recife. “Fui agredido sem motivo algum, não fiz nada. Acredito que foi preconceito. A agressão física não machucou tanto quanto a moral, mas sei que falta de informação gera a não-aceitação. Não quero a aceitação de todos, apenas respeito e liberdade”, disse.

Fonte: G1.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Brasil tem 3ª maior taxa de homicídios da América do Sul, diz ONU.

06/10/2011 – 01:05 - Atualizado em 06/10/2011 - 03:46

Órgão fez 1º estudo global; em números absolutos, Brasil lidera no mundo.
São Paulo é citada como bom exemplo na diminuição de homicídios.

Do G1, em São Paulo

Capa do estudo divulgado pelo órgão da ONU (Foto: Reprodução)Capa do estudo divulgado pelo órgão da ONU (Foto: Reprodução)

O Brasil possui a terceira maior taxa de homicídios da América do Sul, atrás apenas da Venezuela e da Colômbia, segundo um estudo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes divulgado nesta quinta-feira (6).

O primeiro "Estudo Global sobre Homicídio" reúne dados oficiais de diversos países do mundo no ano de 2010 ou no último ano antes disso em que os dados estivessem disponíveis à época da coleta.

A taxa brasileira está em 22,7 homicídios por 100 mil habitantes. Os dados são de 2009, e foram fornecidos pelo Ministério da Justiça brasileiro, segundo o estudo. Na Colômbia o índice (também referente a 2009) fica em 49, enquanto na Colômbia ele chega a 33,4 (em dados de 2010).

A metodologia usada por órgãos de saúde pública consultados em alguns casos, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), exclui as mortes por intervenções legais (penas de morte e intervenções policiais autorizadas) e as ocorridas em situações de guerra e insurreições civis. O Iraque, por exemplo, aparece com apenas 608 mortes em 2008 e índice de apenas 2 mortes por 100 mil habitantes, segundo dados da OMS.

Números absolutos

Em números absolutos, no entanto, o Brasil, com a maior população do continente, amarga o primeiro lugar no ranking não só da América do Sul, mas do mundo inteiro. Foram 43.909 pessoas mortas intencionalmente em um ano, enquanto na Colômbia foram 15.459, e, na Venezuela, 13.985.

O Brasil é o país quinto país mais populoso do mundo, atrás de China, Índia, EUA e Indonésia. O segundo com mais homicídios em um ano, de acordo com o estudo, foi a Índia, com 40.752 mortes em 2009. A população indiana, no entanto, é mais de cinco vezes maior que a do Brasil.

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Índices no resto do mundo

No ranking de todos os países pesquisados, quando levada em conta a taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes, o Brasil aparece em 24º lugar. O país com o índice mais alto é Honduras, com taxa de 82,1 mortos intencionalmente a cada 100 mil hondurenhos. Em seguida, aparecem El Salvador (com taxa de 66) e Costa do Marfim (56,9).

São Paulo

O estudo também faz um comparativo da evolução das taxas nos últimos anos nas maiores cidades de alguns países pesquisados, e destaca o caso de São Paulo como um bom exemplo.

Entre 2001 e 2009, o índice na cidade de mais de 11 milhões de habitantes saiu de cerca de 120 para pouco mais de 40 homicídios por 100 mil habitantes.

"A recente experiência de São Paulo demonstra as significantes possibilidades de prevenção de crimes e redução no contexto urbano. Na primeira década deste século, novas políticas foram implementadas no Brasil para reduzir os níveis criminais e os homicídios em particular. (...) A nível nacional, as medidas provavelmente contribuíram para a pequena queda nos homicídios a partir de 2004, mas o impacto foi notadamente maior em São Paulo", diz o texto do estudo.

Fonte: G1.

Estudo do UNODC mostra que partes das Américas e da África registram os maiores índices de homicídios.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) lançou hoje o seu primeiro Estudo Global sobre Homicídios. O Estudo mostra que jovens do sexo masculino, principalmente nas Américas Central e do Sul, Caribe, e África central e do sul, estão mais expostos aos riscos de serem vítimas de homicídio intencional. Já as mulheres correm mais riscos de serem assassinadas por violência doméstica. Existem evidências de aumento dos índices de homicídios na América Central e Caribe, que estão "próximos a um ponto de crise", de acordo com o Estudo.

Nas duas regiões, as armas de fogo são as responsáveis pelas crescentes taxas de homicídios, onde quase três quartos de todos os homicídios são cometidos com armas de fogo, em comparação com índice de 21 por cento na Europa. Os homens enfrentam riscos muito mais altos de sofrer uma morte violenta (11.9 por cento por 100.000 habitantes) do que as mulheres (2.6 por cento por 100.000 habitantes), apesar de algumas variações entre países e regiões. Em países com elevados índices de homicídios, especialmente envolvendo armas de fogo, como os da América Central, 1 em cada 50 homens com mais de 20 anos de idade será morto antes de chegar aos 31 - estimativa centenas de vezes maior do que em algumas partes da Ásia.

Em 2010, no mundo inteiro, foram cometidos 468.000 homicídios. Cerca de 36 por cento de todos os homicídios ocorrem na África, 31 por cento nas Américas, 27 por cento na Ásia, 5 por cento na Europa, e 1 por cento na Oceania.

Clara relação entre crime e desenvolvimento

O Estudo também estabelece uma relação clara entre crime e desenvolvimento. Os países com grandes disparidades nos níveis de renda estão 4 vezes mais sujeitos a serem atingidos por crimes violentos do que em sociedades mais equitativas. Por outro lado, o crescimento econômico contribui para evitar crimes violentos, como mostram os dados dos últimos 15 anos na América do Sul.

A criminalidade crônica é ao mesmo tempo causa e conseqüência da pobreza, da insegurança e do sub-desenvolvimento. A criminalidade diminui as possibilidades de negócios, deteriora o capital humano e desestabiliza a sociedade. São necessárias ações específicas. "Para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, as políticas de prevenção ao crime devem ser combinadas com o desenvolvimento econômico e social, e a governabilidade democrática, baseada no Estado de Direito", disse Yury Fedotov, diretor executivo do UNODC.

De acordo com o Estudo, as quedas repentinas na economia podem elevar as taxas de homicídios. Em alguns países, houve mais homicídios durante a crise financeira de 2008/09, coincidindo com uma diminuição do Produto Interno Bruto (PIB), índices de preços mais altos para o consumidor e maior desemprego.

Armas de fogo, criminalidade juvenil e crime organizado

Em 2010, 42 por cento dos homicídios foram cometidos por armas de fogo (Américas: 74 por cento. Europa: 21 por cento). Os crimes a mão armada estão aumentando os crimes violentos na América Central e no Caribe - a única região onde as evidências apontam taxas de homicídios ascendentes. "É crucial que as medidas para a prevenção ao crime incluam políticas para a ratificação e a aplicação do Protocolo de Armas de Fogo", disse Fedotov. O diretor executivo ressaltou que apesar de contar com 89 países signatários do Protocolo, que complementa a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional, muitos mais países podem ter acesso a este instrumento jurídico e que o UNODC está disposto a ajudá-los com essa finalidade.

"As políticas nacionais para a promoção do cumprimento do Protocolo podem ajudar a evitar a proliferação de armas, que alimentam a violência e os homicídios", disse Fedotov.

O crime organizado, especialmente o tráfico de drogas, é responsável por um quarto das mortes causadas por armas de fogo nas Américas, enquanto que na Ásia e na Europa é responsável por apenas 5 por cento dos homicídios (de acordo com os dados disponíveis). No entanto, isto não significa não existam grupos ativos do crime organizado nesses dois últimos continentes, mas apenas que estes podem estar operando sem utilizar a violência letal na mesma medida.

O crime a violência estão fortemente associados à existência de um grande número de população juvenil, especialmente nos países em desenvolvimento. Enquanto 6.9 por grupo de 100.000 pessoas são assassinadas em nível mundial, a taxa de homens jovens vítimas é três vezes maior (21.1 por 100.000). Os homens jovens têm mais probabilidades de possuir armas e participar de crime de rua, de guerras de gangues e cometer crimes relacionados com as drogas. Nas cidades são cometidos 3 vezes mais homicídios do que em zonas menos povoadas.

Dimensões de gênero dos crimes violentos

Em nível mundial, 80 por cento das vítimas e dos autores de homicídios são homens. Mas enquanto os homens têm mais probabilidades de morrer em lugares púbicos, as mulheres são assassinadas principalmente dentro de casa, como na Europa, onde a metade das vítimas foi assassinada por um integrante da família. A maioria das vítimas de violência por parte do companheiro ou familiares são mulheres. Na Europa, por exemplo, em 2008, as mulheres representavam quase 80 por cento de todas as pessoas assassinadas pelo companheiro atual ou anterior.

Um quadro mais abrangente

Atualmente, os dados de homicídios intencionais são dos sistemas de justiça criminal ou da saúde pública. No entanto, nem todos os países têm a mesma capacidade para compilar estatísticas consistentes e confiáveis sobre criminalidade.

Portanto, as instituições internacionais e regionais têm uma visão parcial da situação mundial da violência. Conhecer os padrões e as causas dos crimes violentos é crucial para a elaboração de estratégias preventivas.

O UNODC apoia os Estados nas áreas de prevenção ao crime e justiça criminal, especialmente no que se refere ao tráfico de drogas e ao crime organizado. O UNODC tem desenvolvido instrumentos de assistência técnica para ajudar os Estados a transformar as políticas em realidade, e apóia o desenvolvimento de estratégias modelo e medidas práticas.

CORREÇÃO:

07 de outubro de 2011 - O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime informa que houve um erro na montagem do gráfico 6.4 da página 74, do Estudo Global sobre Homicídios 2011, que trata da queda dos índices de homicídios das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. O UNODC alerta, no entanto, que a análise sobre a queda dos homicídios nas duas cidades está correta.

Veja a ERRATA

Acesse o Estudo Global sobre Homicídios 2011 (corrigido)

Fonte: Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Reajuste de salários da PM, de delegados e de agentes penitenciários é aprovado.

04/10/2011 - 23:41

Aumento dos vencimentos retroage a 1º de julho de 2011

Blanca Camargo

O Plenário da Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade, nesta terça-feira, 4/10, os projetos de Lei Complementar 50, 48 e 51, todos de 2011 e do Executivo. O PLC 50 reajusta os salários de agentes de segurança penitenciária e de escolta e vigilância. O 48 reestrutura a carreira de delegados de polícia, e o 51 trata do aumento dos salários da Polícia Militar.


As bancadas do PT, PCdoB e PSOL, mais os deputados Olimpio Gomes (PDT), Campos Machado (PTB) e Fernando Capez (PSDB), registraram votos favoráveis a emendas rejeitadas na votação final dos projetos.


Representantes de servidores da Secretaria da Administração Penitenciária também acompanharam das galerias do Plenário Juscelino Kubistchek os debates sobre o reajuste de seus salários.


Críticas e justificativas

Os deputados da oposição (bancadas do PT e do PSOL, mais o deputado Olimpio Gomes - PDT) revezaram-se na tribuna para apontar suas divergências com alguns pontos dos três projetos, apesar de votarem favoravelmente às iniciativas. As principais críticas colocadas por eles foram o desrespeito à data-base do funcionalismo (1º de março), o não acolhimento de emendas apresentas por eles para aperfeiçoar os textos originais, e a não recuperação das perdas salariais acumuladas pelas categorias.


Segundo o deputado Enio Tatto, o excedente da arrecadação estadual (em torno de 7% a cada ano), daria para oferecer um reajuste melhor para todas as categorias do funcionalismo.


Vinícius Camarinha (PSB), vice-líder do Governo na Casa, rebateu as críticas dos oposicionistas, dizendo que emendas, acolhidas anteriormente em projetos do Executivo para o funcionalismo, neste ano, receberam a sanção do governador Geraldo Alckmim. Camarinha disse ainda que o governador também demonstra seu empenho na recuperação salarial dos servidores das diferentes esferas do Estado, tendo enviado à Casa, já em seu primeiro ano de governo, inúmeros projetos reajustando salários e readequando carreiras.


De acordo com mensagens dos secretários de Administração Penitenciária, Lourival Gomes, e da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, o objetivo dos PLCs 50 e 48 é valorizar e recompor as perdas salariais sofridas pelos integrantes das carreiras, bem como modernizar a gestão administrativa e funcional da Polícia Civil.


O texto do PLC 50/11, além do reajuste, propõe a unificação e aumento do valor do Adicional de Local de Exercício (ALE) para agentes de segurança penitenciária, em dois níveis (Local I - R$ 740 e II - R$ 815), e para agentes de escolta e vigilância penitenciária o aumento do valor da Gratificação por Atividade de Escolta e Vigilância (GAEV - R$ 800).

Reajustes e reestruturação

Os valores dos salários reajustados são de R$ 626,98, para agentes de segurança penitenciária classe I, e de R$ 1.172,62 para agentes de segurança penitenciária classe VIII, valores retroativos a 1º de julho de 2011. O projeto também prevê novo reajuste a partir de 1º de agosto de 2012, para agentes de segurança classe I será de R$ 695,95, e para os da classe VIII, R$ 1.301,61.

Para agentes de escolta e vigilância os valores são R$ 396,30, para os de nível I, e de 1.072,72, para os de nível VI, também retroativos a 1º de julho deste ano. E em agosto de 2012, serão de R$ 439,89, para os de nível I, e de R$ 1.190,72, para os de nível VI.

O governador Geraldo Alckmim informa em sua mensagem ao PLC 51/2011, que o projeto adequa os salários da PM, reclassificando-os em duas etapas, a primeira retroativa a 1º de julho de 2011 (índice de 15%), e a segunda, a partir de 1º de agosto de 2012, (índice de 11%). Os reajustes são aplicáveis também a inativos e pensionistas.

A restruturação das carreiras de delegados, constante do PLC 48/11, estabelece quatro classes de delegados (3ª, 2ª, 1ª e especial) e extingue a atual 4ª classe, implantando promoção por tempo de carreira e por mérito, além de modificar concursos para seu ingresso. Haverá ainda promoção automática por tempo de serviço, quando da vacância de cargos, da 3ª para a 2ª classe, após 15 anos de permanência na 3ª. A exigência de curso de aperfeiçoamento será feita apenas em relação à habilitação para a classe especial, e não mais para o acesso à 2ª classe, como atualmente.

Os salários dos delegados ficam reajustados, a partir de 1º de julho deste ano, para R$ 2.454,65 (delegados de 3ª classe), e para R$ 3.311,90 (classe especial). A partir de 1º de agosto de 2012, passam respectivamente a R$ 2.724,66 e R$ 3.676,21. Pensionistas e inativos também têm direito aos aumentos.

Íntegra do PLC 51/2011 – Aumento PMSP.

Fonte: Assembeia Legislativa do Estado de São Paulo.

Leia também:

G1 - Assembleia de SP aprova pacote que reajusta salários de policiais

PF encontra cocaína escondida em chinelos em Cumbica.

05/10/2011 - 13:20 - Atualizado em 05/10/2011 - 13:30

Angolano de 39 anos seguia para o Congo com 9,5 kg da droga.
Romenos tentavam embarcar com cocaína escondida em roupas de cama.

Do G1 SP

Cocaína foi encontrada escondida em fundos falsos das sandálias (Foto: Divulgação/Polícia Federal)Cocaína foi encontrada em fundos falsos das sandálias (Foto: Divulgação/Polícia Federal)

Um angolano de 39 anos foi detido por tráfico internacional de drogas no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana, nesta terça-feira (4). De acordo com a Polícia Federal, a cocaína estava escondida em fundos falsos de chinelos de borracha.

Ainda segundo a PF, o homem tentava embarcar para o Congo com a carga de cerca de 9,5 kg de cocaína. A droga foi encontrada na bagagem dele, que já havia sido despachada, acondicionada em plásticos com fitas adesivas nas sandálias.

Outras apreensões

Em outra apreensão, duas pessoas foram detidas com 7,3 kg de cocaína no aeroporto. De acordo com a polícia, um casal romeno tentava embarcar para Camarões com a droga escondida em pacotes de plástico dentro de embalagens de roupas de cama.

Os três detidos vão responder pelo crime de tráfico internacionale de drogas, cuja pena varia de 5 a 15 anos.

Fonte: G1.

Campanha de proteção a pedestre em SP reduz atropelamentos em 7,5%.

05/10/2011 - 13:28 - Atualizado em 05/10/2011 - 13:43

Índice compara período de 11 de maio a 30 de junho de 2010 e 2011.
Na região central, mortes por atropelamento caíram de sete para dois.

Juliana Cardilli Do G1 SP

Personagem vestido de faixa faz parte de campanha a favor dos pedestres (Foto: Juliana Cardilli/G1)Personagem vestido de faixa faz parte de campanha a favor dos pedestres (Foto: Juliana
Cardilli/G1)

O número de atropelamentos registrados na cidade de São Paulo entre os dias 11 de maio e 30 de junho, a partir da implantação do Programa de Proteção ao Pedestre, caiu 7,5% em relação ao mesmo período de 2010, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (5) pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Foram 981 atropelamentos no período de 51 dias em 2011, contra 1061 em 2010. O número, entretanto, ainda é maior que o registrado no mesmo intervalo em 2009 – 945 atropelamentos.

“Na zona de proteção houve uma redução muito significativa, mas como em toda a cidade estava havendo um aumento significativo dos atropelamentos essa diminuição central não foi suficiente para reduzir o número de atropelamentos como um todo [em relação a 2009]”, afirmou o secretário municipal de Transportes e presidente da CET, Marcelo Cardinale Branco. “Mas uma área pequena, onde nós iniciamos a campanha em maio, já refletiu em números positivos na cidade como um todo.”

No mesmo período, dentro da Zona Máxima de Proteção ao Pedestre – região central e Avenida Paulista – houve uma queda de 36,4% nos atropelamentos (61 este ano contra 96 em 2010) e de 71% nas mortes decorrentes deles (duas em 2011 contra sete no ano passado). A companhia ainda não tem o número de mortes por atropelamento em toda a cidade no período.

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Segundo a Prefeitura, o programa reverteu uma tendência de alta no número de acidentes envolvendo pedestres e mortes na cidade. Mesmo com a campanha, os números de atropelamentos e mortes decorrentes deles tiveram um pequeno crescimento considerando todo o primeiro semestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado. Enquanto em 2010 foram 3.422 atropelamentos e 313 mortes em toda a cidade, em 2011 a CET registrou 3.479 atropelamentos e 325 mortes – alta de 1,5% e 4%, respectivamente.

“Em períodos onde não havia a campanha, as mortes e os atropelamentos aumentaram. Mostra que a tendência era de alta, como já se mostrava nos anos anteriores. Essa curva foi revertida quando iniciamos o programa, isso mostrou uma tendência muito forte de queda na região central e o reflexo na cidade já foi positivo”, afirmou Branco.

Segundo o secretário, entre 8 de agosto e 30 de setembro foram aplicadas cerca de 30 mil multas em toda a cidade relacionadas ao desrespeito aos pedestres – a área central foi a com o maior número de autuações.

Segundo o secretário, entre o segundo semestre de 2010 e agosto deste ano foram pintadas e revitalizadas 12,9 mil faixas de pedestres na cidade. O próximo passo no programa será investir em campanhas de conscientização dos pedestres. “Nós já vimos que o conhecimento das regras pelos motoristas foi muito mais assimilado nesse período. Vamos concentrar agora nos pedestres.”

Fonte: G1.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Ocorrência de acidente sem vítima pode ser feita pela internet em SP.

03/10/2011 - 06:37

Medida passa a valer a partir desta segunda-feira (3).
Unidades da PM manterão atendimento a motoristas.

Do G1 SP

Os motoristas que se envolverem em acidentes de trânsito sem vítimas em São Paulo podem registrar a ocorrência pela internet a partir desta segunda-feira (3). Com a mudança, o motorista fica dispensado de comparecer a uma unidade da Polícia Militar para fazer o boletim de ocorrência. O registro pode ser feito a partir de qualquer computador por meio da Delegacia Eletrônica da Polícia Civil no site da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

Segundo SSP, o objetivo é trazer maior conforto aos motoristas e reduzir a demanda nas unidades da PM. Só no ano passado, o Comando de Policiamento de Trânsito (Cptran) registrou 143.788 ocorrências de acidente de trânsito sem vítimas. As unidades da Polícia Militar manterão o atendimento aos motoristas que tenham se envolvido em acidentes e não tenham acesso à internet.

Além dos acidentes sem vítimas, a Delegacia Eletrônica registra ocorrências de furto de veículos, desaparecimento de pessoa, furto e perda de documentos, furto e perda de celulares, furto e perda de placas de veículos e encontro de pessoas desaparecidas. Também é possível complementar e acompanhar os boletins de ocorrência.

Fonte: G1.

Bandidos invadem empresa de segurança em São Paulo.

04/10/2011 - 21:17

Grupo se disfarçou de Policias Federais e roubou armas, munição e coletes à prova de balas.

Três homens se passaram por Policiais Federais para invadir uma empresa de segurança, em São Paulo e roubar 108 armas, munição e coletes à prova de balas. Câmeras de um prédio vizinho registraram a movimentação dos criminosos, que chegaram em um carro preto. Eles renderam funcionários, abriram o cofre e roubaram pistolas, espingardas e revólveres.
O bando também levou o computador que armazena as imagens de câmeras de vigilância.

Fonte: G1/Jornal Nacional

domingo, 2 de outubro de 2011

Desafio da nova cúpula da PM do Rio é combater a corrupção policial.

01/10/2011 – 16:21

Carolina Gonçalves

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O combate à corrupção policial é o principal desafio da Polícia Militar do Rio de Janeiro, na opinião da antropóloga Jaqueline Muniz. Para a professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista em segurança pública, a formação da nova cúpula da corporação, anunciada no primeiro dia de trabalho do novo comandante-geral da corporação, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, sinaliza que a questão está sendo tratada como prioridade.

“Há uma atenção especial por parte do novo comando. Mas isso vai exigir esforços não só dentro da PM, mas na estrutura correcional da segurança publica como um todo”, ponderou a antropóloga. Segundo ela, além da indicação de um novo nome para assumir a Corregedoria da PM fluminense (coronel Waldir Soares), a corporação precisa investir nos mecanismos de controle interno e externo. “[Esses mecanismos] são a polícia da polícia. São o fiel da balança que fazem a certificação da qualidade e da confiabilidade do trabalho policial, separando o joio do trigo”, acrescentou.

O combate às milícias, para ela, é hoje o "calcanhar de Aquiles" da polícia fluminense, porque as milícias atuam dentro do estado. "Elas [milícias] sabotam os esforços do governo e da polícia. Esse, sim, é o tiro amigo!”

A troca da corregedoria da PM do Rio foi uma das dez mudanças anunciadas pelo novo comando-geral. Para a antropóloga, as mudanças foram coerentes. Ela conhece boa parte dos nomes anunciados porque foi professora do curso de pós-graduação em segurança pública da UFF que teve, entre os alunos, alguns dos novos comandantes.

“É previsível, natural e desejável que o novo comando estruture seu Estado-Maior para que as prioridades e metas traçadas pelo novo comando possam ter consequências nas unidades operacionais. Conheço os indicados, tanto no comando-geral quanto no Estado-Maior, e diria que as qualificações dos quadros apontam para uma elevada competência técnica, elevado grau de profissionalismo, conhecimento sobre atividades policiais e postura extremamente ética e responsiva”, disse Muniz.

A professora ainda acrescentou que a criação do Comando de Policiamento Especializado, que vai integrar Batalhão de Operações Especiais (Bope), o Batalhão de Choque, o Batalhão Florestal, a Polícia Montada, a Polícia Rodoviária e a Polícia de Turismo pode significar “racionalização de recursos, padronização de procedimentos e uma unidade de doutrina policial”.

Edição: Vinicius Doria

Fonte: Agência Brasil.

Vídeo mostra policiais perto da casa de juíza do RJ na tarde da morte.

02/10/2011 - 22:19 - Atualizado em 02/10/2011 - 22:25

Imagens exibidas no Fantástico indicam preparativos para emboscada.
Juíza Patrícia Acioli foi assassinada em Niterói em 11 de agosto.

Do Fantástico

Imagens exclusivas obtidas pelo Fantástico mostram que policiais suspeitos de participar do assassinato da juíza Patrícia Acioli passaram pelo condomínio onde ela morava e estudaram as rotas de entrada e saída que usariam poucas horas depois.

A juíza foi assassinada 11 de agosto, ao chegar a sua casa em Niterói, Região Metropolitana do Rio.

As imagens inéditas, gravadas às 15h45 do dia em que Patrícia foi morta, mostram um homem caminhando na ponte de acesso ao condomínio onde a juíza será assassinada à noite. É o tenente Daniel Benitez, do Batalhão da Polícia Militar de São Gonçalo. Ele entra no condomínio, atravessa a rua principal e se dirige à Rua dos Corais, onde Patrícia morava. Benitez tem a cobertura do cabo Sérgio Costa Júnior, também do 7º batalhão.

Às 16h10, a motocicleta pilotada por Sérgio faz o mesmo caminho. Cinco minutos depois, os dois deixam juntos o lugar. Benitez ainda está a pé. Sérgio, na moto, segue na frente. Sete horas depois, os dois dispararam 21 tiros contra a juíza, segundo investigações.

Benitez usa calça jeans clara, casaco escuro e tênis branco. À noite, está vestido igual, como o Fantástico mostrou há duas semanas.

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Ao todo, os dois policiais passam meia hora estudando pela última vez o local onde planejam executar o crime.

Delação premiada

A polícia chegou a essas imagens depois que o cabo da PM que estava na garupa da moto e foi um dos autores dos disparos que mataram a juíza fez um acordo de delação premiada. Ele contou detalhes do crime em troca da redução da pena.

Pouco depois das 23h, a juíza deixou sua sala no Fórum de São Gonçalo e dirigiu 29 km sem perceber que estava sendo seguida pela moto de Benitez e Sérgio. Agora, sabe-se que o esquema era ainda maior. Um carro também estava no fórum, vigiando a saída da juíza.

A moto demorou a pegar, e é o carro que começou a seguir a juíza. No carro, estava o cabo Jovanis Falcão Júnior. O carro saiu da perseguição quando é alcançado pela moto onde estavam Benitez e Sérgio, o cabo que fez a delação premiada.

Em entrevista exclusiva ao Fantástico, o policial Sérgio revelou que todos os detalhes foram checados naquele dia porque, sem saber do perigo que corria, a juíza já havia escapado de duas emboscadas naquela semana. "Porque ela tinha cancelado uma reconstituição", contou o cabo. "(A outra tentativa) eu não me recordo, mas ela tinha saído mais cedo, dentro da mesma semana."

Cabo teme por família

Apesar de já ter tido sua imagem divulgada, o policial pediu para seu rosto não ser mostrado durante a entrevista. Ele contou que a mulher dele não sabia da sua participação no crime. “Só ficou sabendo no fórum, quando eu fui fazer o acordo (da delação premiada). Temo (pela segurança dela e da minha filha), porque saiu nos jornais que foi por causa do meu depoimento que o coronel foi preso. Na verdade eu não citei o nome do coronel. Quem falou o nome do coronel foi o tenente Benitez.” O tenente Benitez é o condutor da moto.

O coronel Cláudio Oliveira era o comandante do 7º batalhão. Ele foi preso no dia 27 de setembro, acusado de ser o mentor do crime.

Outro cabo, Jeferson Miranda, que também fez acordo de delação premiada disse, em depoimento, que ouviu do tenente que o coronel sabia do desejo dele de matar a juíza. E ainda teria dito ao tenente: “você me faria um grande favor”.

Perguntado quando foi a primeira vez que ouviu falar sobre assassinar a juíza Patrícia Acioli, o cabo conta: “Em abril ou maio ele (o tenente) trouxe a ideia para dentro da equipe do GAT”.

Grupamento de Ações Táticas é preso

GAT é o Grupamento de Ações Táticas, uma espécie de tropa de elite em cada batalhão da PM no Rio. Todos os nove homens do GAT de São Gonçalo estão presos. O cabo Sérgio confessou ser o homem que atirou com duas pistolas - calibres 40 e 45. E apontou o tenente como autor dos tiros de revolver calibre 38.

“Muito arrependido, muito arrpendido. Alguns minutos depois já estava arrependido”, disse o cabo, contando sobre como se sentiu após o crime.

Logo depois do assassinato da juíza, o tenente, os dois cabos e cinco policiais foram presos pela morte de um jovem em São Gonçalo. A prisão tinha sido determinada pela própria Patrícia Acioli minutos antes de morrer.

De dentro da prisão militar, o tenente fazia ligações, que a polícia estava gravando com autorização da Justiça.

Em uma das ligações, o tenente perguntava: “Sabe se alguém do batalhão vem me visitar aqui nesse final de semana, para eu organizar aqui as visitas?"

“O ‘01’ falou que vai aí, cara, amanhã ou depois. E pediu pra que os oficiais fossem também para poder dar um apoio moral a vocês, entendeu?”, diz a pessoa na linha.

"Sempre bom receber os amigos. Tranquilo”, diz o tenente. ‘01’ era o coronel Cláudio.

O cabo confirmou a visita do coronel à prisão. “Ele fez uma reunião com todos, dando a palavra de conforto e que isso ia passar. Depois que todos saíram, só ficou o tenente conversando com eles, não sei quanto tempo”, contou.

'Mais umas feriazinhas', diz tenente sobre prisão

No Batalhão Especial Prisional, a cadeia da PM, o tenente não se sentia preso, como mostra uma conversa com a mãe.

“Corre o risco de vocês fugirem daí? Como é que você sai daí, meu filho?” - pergunta a mãe do tenente ao telefone.

“Pô, mãe, isso aqui é a coisa mais fácil de fugir que tem no mundo, é que ninguém quer. Daqui a pouco eu devo estar saindo. Mais umas feriazinhas”, respondeu.

Férias com festa, cerveja: "Arruma uma bolsa de viagem aí, vê se consegue trazer umas seis ou oito caixas. Pode ser latão, tanto faz, qualquer coisa", pede o tenente a uma pessoa no telefone.

"Você quer seis a oito caixas? Como é que eu vou botar isso numa bolsa de viagem, filho?", pergunta.

"Ah, bota o que der, bota o que der. Bota duas garrafas de vodca também", responde o tenente.

'Espólio de guerra'

Chefiando o GAT, o tenente estava acostumado a pegar o que queria. Os cabos confessaram que o grupo tinha um esquema de corrupção. Eles tomavam armas, drogas e dinheiro dos traficantes, e chamavam isso de espólio de guerra.

O cabo contou: “Uma vez o tenente reservou uma parte do espólio para o coronel. Se entregou ou não, não tenho como te afirmar.”

O outro cabo disse que o movimento semanal era de entre R$10 e 12 mil. O que passava disso, ia para o coronel.

"A Patrícia tinha um objetivo, que era pegar o comandante do batalhão por todo o comando de corrupção que ele fazia na comarca de São Gonçalo. Ele era o alvo da Patrícia. Por isso ela foi morta, porque ela colocou em risco o faturamento do batalhão”, explicou o desembargador Antônio Siqueira, presidente da Associação de Magistrados do Rio de Janeiro.

Naquela noite a juíza saiu sozinha do fórum. Sozinha fez todo o percurso, e sozinha estava quando caiu na emboscada em frente à casa dela. Como uma mulher que tinha mandado mais de 60 policiais para a cadeia e estava ameaçada de morte, estava sem escolta? Depoimentos e documentos reunidos pela polícia começam a esclarecer também essa questão.

Comandante-geral pediu demissão

Em janeiro, o coronel Cláudio transferiu os últimos dois policiais que faziam a escolta da juíza. Um deles, o cabo Poubel, namorado de Patrícia Acioli. No boletim interno da Polícia Militar, uma observação: os dois só poderiam sair dos novos postos com autorização do comandante-geral da PM.

O coronel Mário Sergio Duarte pediu demissão depois que o coronel Cláudio foi preso.

O coronel Mário Sérgio, que está se recuperando de uma cirurgia, disse por telefone que a responsabilidade pela segurança de magistrados é do Tribunal de Justiça. E que é o tribunal que escala PMs, cedidos por convênio. No caso dos dois seguranças da juíza, o coronel disse que eles foram transferidos de volta para a rua junto com outros PMs que estavam fazendo segurança de autoridades sem estarem formalizados por convênio.

Sobre o fato de que a transferência desses dois praças só poderia ser feita com autorizaçõ experessa dele, o coronel disse que isso era uma forma de protegê-los, para eles não serem transferidos para o interior do estado.

Fonte: G1/Fantástico.

Criminosos assaltam delegacia e roubam armas no Norte do ES.

01/10/2011 – 21:39 - Atualizado em 01/10/2011 - 21:48

Inaugurado há três meses, esta é a terceira vez que o local é arrombado.

Crime aconteceu no município de Conceição da Barra.

Gustavo Pereira Da TV Gazeta Norte

Nem os departamentos policiais escapam da ousadia dos criminosos em Conceição da Barra, Norte do Estado. Desta vez, a nova sede da Delegacia de Polícia (DP) da cidade, inaugurada a menos de três meses, foi arrombada e teve armas roubadas na madrugada deste sábado (1).

Este é o terceiro roubo à DP em menos de um ano. 

De acordo com o delegado plantonista, Janderson Lube, os agentes perceberam que o departamento havia sido invadido, por volta das 8h30 deste sábado, quando chegaram para trabalhar.

A porta dos fundos da delegacia foi arrombada para que os criminosos entrarem. Após constatarem a invasão, os funcionários acionaram a perícia da Polícia Civil para fazer o levantamento das pistas.

Segundo Lube, existem informações sobre os suspeitos do crime, mas ninguém foi preso ainda. "Os bandidos não veem limites. A necessidade de se armarem levou à invasão até da delegacia. Mas agora nosso objetivo é prender os autores e recuperar as armas roubadas", conclui.

Reforma

A nova sede da DP de Conceição da Barra foi inaugurada há menos de três meses, após ficar em reforma por mais de dois anos. Antes, o departamento funcionava em uma casa sem estrutura para abrigar a delegacia. O local foi assaltado duas vezes.

Mais assaltos

Após o feriadão da Semana Santa deste ano, os funcionários chegaram ao departamento para trabalhar em 25 de abril e perceberam que a delegacia havia sido invadida. Os criminosos reviraram todos os cômodos, arrombaram a porta da sala do delegado, vasculharam armários e espalharam documentos.

Em outubro do ano passado, os assaltantes entraram por uma janela e roubaram drogas e armas de fogo que estavam no local.

Os dois assaltos aconteceram enquanto a delegacia funcionava na sede provisória.

Fonte: G1.

Situação prisional exige muita atenção, diz ministra dos Direitos Humanos.

30/09/2011 – 18:55

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasill

Rio de Janeiro – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse hoje (30) que uma das principais preocupações em sua área é a situação dos presídios no país. Ela participou da instalação do Conselho Estadual dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro.

“Hoje a situação prisional no Brasil exige muita atenção. O Ministério da Justiça e a Secretaria dos Direitos Humanos estão trabalhando de forma dedicada para oferecer ao país um plano específico sobre a situação dos presídios. E para contribuirmos com os estados ainda mais, no sentido do enfrentamento da superlotação e da violência.”

Maria do Rosário disse que os estados serão chamados a ajudarem. “É necessário que os governos estaduais façam sua parte, sobretudo na formação de pessoal especializado dentro dos presídios, enfrentando o tema das contratações precárias e emergenciais, que acabam prejudicando a existência de um corpo técnico mais adequado à condição de recuperação dos apenados.”

Mais cedo, a ministra anunciou em Brasília - durante encontro com o Subcomitê de Prevenção e Combate à Tortura das Nações Unidas - que o governo vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei estabelecendo o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. A iniciativa inclui uma comissão encarregada de inspecionar, sem aviso prévio, presídios, unidades de internações de jovens e instituições psiquiátricas.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil.

Cristo precisa ser a base de tudo na vida do autêntico cristão - Mt 21,33-43.

Preparação para a Leitura Orante

Preparo-me para a Oração da Palavra, com todos os internautas, com as palavras de Santo Agostinho:

Movei-me, Espírito Santo, para que eu ame santamente!

Fortificai-me, Espírito Santo, para que eu proteja o que é santo!

Guardai-me, Espírito Santo, para que jamais perca o que é santo!

Leitura Orante

Mt 21,33-43

Jesus disse:

- Escutem outra parábola: certo agricultor fez uma plantação de uvas e pôs uma cerca em volta dela.

Construiu um tanque para pisar as uvas e fazer vinho e construiu uma torre para o vigia. Em seguida, arrendou a plantação para alguns lavradores e foi viajar. Quando chegou o tempo da colheita, o dono mandou alguns empregados a fim de receber a parte dele. Mas os lavradores agarraram os empregados, bateram num, assassinaram outro e mataram ainda outro a pedradas. Aí o dono mandou mais empregados do que da primeira vez. E os lavradores fizeram a mesma coisa. Depois de tudo isso, ele mandou o seu próprio filho, pensando: "O meu filho eles vão respeitar." Mas, quando os lavradores viram o filho, disseram uns aos outros: "Este é o filho do dono; ele vai herdar a plantação. Vamos matá-lo, e a plantação será nossa."

- Então agarraram o filho, e o jogaram para fora da plantação, e o mataram.

Aí Jesus perguntou:

- E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores?

Eles responderam:

- Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo.

Jesus então perguntou:

- Vocês não leram o que as Escrituras Sagradas dizem?

"A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas.

Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa!"

E Jesus terminou:

- Eu afirmo a vocês que o Reino de Deus será tirado de vocês e será dado para as pessoas que produzem os frutos do Reino.

O que a Palavra diz?

COMENTÁRIO 1

Mais uma parábola de Jesus, em que os lavradores lembram os profetas que pregavam a justiça e foram eliminados. Por fim, Deus enviou seu próprio Filho, Jesus Cristo, que também foi rejeitado e morto. Mas, ressuscitou. O resultado disso: "o Reino será tirado de vocês e dado para pessoas que produzem frutos". O último versículo faz entender que em torno de Jesus estão aqueles que não vêm para tomar posse, mas para servir.

COMENTÁRIO 2

Esta parábola, desenvolvida no estilo narrativo, como algumas outras semelhantes de Mateus, parte de uma imagem que implica em uma relação de poder comum nas sociedades. Aqui temos o conflito entre o proprietário e os arrendatários. Desta relação de poder emergem detalhes de violência envolvendo ambas as partes. A sua interpretação deve ser cuidadosa, evitando-se uma imagem final de um deus violento e vingativo, a qual é muito característica do Primeiro Testamento. O Deus de Jesus é o Deus acolhedor que transforma os corações pelo amor.

Conforme a narrativa de Mateus, no dia seguinte ao da denúncia do Templo de Jerusalém como tendo se tornado um covil de ladrões, Jesus volta aí, enfrentando a hostilidade dos chefes dos sacerdotes e anciãos do povo que questionavam sua autoridade. Lhes apresenta, então, a parábola dos dois filhos, um faz a vontade do pai e outro não, seguida desta parábola envolvendo a vinha arrendada, que é uma denúncia do governo teocrático do Templo de Jerusalém, que, em nome de Deus discriminava e oprimia o povo, em vez de promover-lhe a vida, e planejava a morte do próprio Jesus. A vinha, na tradição profética de Israel, representa o povo. Na primeira leitura o profeta Isaías fala da vinha, que é a casa de Israel. Quem cuida da vinha é o próprio Deus. A vinha, embora bem cuidada, não deu frutos. Esperava-se que frutificasse o direito e a justiça, mas só se viu a tirania e o clamor do oprimido. Nesta parábola de Mateus, Deus é o proprietário da vinha, que representa o povo, a qual é entregue aos cuidados de agricultores arrendatários, como uma alusão aos dirigentes religiosos de Jerusalém. A estes cabia conduzir o povo de Deus fazendo frutificar a justiça e o direito. Mas tal não aconteceu. Quando o Filho de Deus vem para colher estes frutos, não só não os encontra como será morto por estes dirigentes. A sentença final significa uma reviravolta: o Reino de Deus será tirado destes dirigentes e entregue a um povo que produza frutos. Jesus lançou as sementes de uma nova vinha. É um povo entre o qual vigora "tudo que é verdadeiro, digno de respeito ou justo, puro, amável ou honroso, com tudo o que é virtude ou louvável" (segunda leitura). O amor e a justiça unem a todos na paz e seus frutos permanecem para sempre.

José Raimundo Oliva

COMENTÁRIO 3

No Evangelho de hoje, Jesus conta a parábola dos trabalhadores maus. Esta história contada por Jesus retrata a incredulidade do povo de Israel – numa primeira fase – e, na segunda, de cada um de nós quando, deixando-nos orientar pelo orgulho e pela ganância, nos apoderamos dos bens que pertencem a Deus e nos rebelamos ante o convite à partilha.

Os enviados por Deus são os profetas que exortaram a Israel. Mas esses não só não foram ouvidos como também foram mortos. Um exemplo disso é o profeta Isaías, que foi serrado vivo. Não olhando pela grande perda do profeta, Deus misericordiosamente envia o Seu próprio Filho, Jesus. Porém, Ele barbaramente também foi crucificado e morto, assim como o foram os profetas que o antecederam.

Continuando com a parábola, Jesus pergunta: “E agora, quando o dono da plantação voltar, o que é que ele vai fazer com aqueles lavradores?” O povo responde, dizendo: “Com certeza ele vai matar aqueles lavradores maus e vai arrendar a plantação a outros. E estes lhe darão a parte da colheita no tempo certo”.

Jesus então conclui a parábola, dizendo: “Vocês não leram o que as Sagradas Escrituras dizem? A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante de todas. Isso foi feito pelo Senhor e é uma coisa maravilhosa!”

Falando da “pedra” Jesus quer que os judeus se recordem do grande acontecimento – quando da construção do Templo de Jerusalém. Assim, segundo se conta que na construção do famoso Templo de Jerusalém, os pedreiros haviam rejeitado uma enorme pedra julgando que não servia para nada por causa do seu tamanho, peso e forma. Então, os pedreiros colocaram uma pedra aqui, outra ali, até chegar à esquina. Ao chegar ao canto, notaram que faltava uma pedra adequada para amarrar a fundação, para dar sustentação à obra. Depois de muito procurar em vão, resolveram experimentar aquela pedra que havia sido rejeitada. E, para a surpresa de todos, essa pedra não só se encaixou perfeitamente naquele lugar, como ainda passou a ser a principal pedra de toda aquela construção, dando sustentação à toda obra.

Essa pedra – mais tarde numa visão profética, – passou a simbolizar a obra redentora de Cristo. Jesus, como aquela pedra, foi rejeitado pelos homens, morto e sepultado. Mas, depois da ressurreição, Ele se tornou o principal instrumento de Deus para salvar a humanidade. Era, pois, a Jesus que o salmista se referia ao dizer: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra angular”. (Salmo 118,22)

Qual foi a razão última pela qual os dirigentes de Israel não entraram no novo Reino como povo escolhido? Diríamos que a razão imediata era o seu interesse material na religião que a transformava numa fonte de rendas e, portanto, numa visão espúria da espiritualidade religiosa.

Em segundo lugar, o orgulho dos dirigentes de Israel não permitia a alguém interpretar a Lei de modo diferente do deles. Segundo sua interpretação os pobres estavam longe de Deus, considerando a pobreza como uma espécie de rejeição e castigo divinos, como também era interpretada a doença. “Quem pecou, este ou os pais para nascer cego?”, perguntarão os discípulos (Jo 9,2). Do mesmo modo a pobreza era considerada como o pior dos castigos divinos e a riqueza como o melhor dos benefícios.

Nós vemos no Evangelho uma clara alusão a esta cosmovisão, quando, após Jesus declarar que um rico dificilmente entraria no Reino dos Céus, a pergunta dos discípulos demonstrava um desânimo total: “Então quem poderá se salvar?” (Mt 19,25). A doutrina de Jesus devia escandalizar os legistas e peritos da Lei quando, em suas Bem-aventuranças, declara o Reino como a herança dos pobres.

Com respeito à razão última, é Paulo que o explica na sua Epístola aos Romanos: “Tanto judeus como gentios se tornaram pecadores”. Na frase de Paulo todos se encontram sob o império do pecado (Rom 9,13). Mas Deus – gratuitamente pela fé em Cristo – salva ao homem porque, se a Lei veio para que proliferasse a falta, porém, “onde proliferou o pecado superabundou a Graça” (Rom 5,21). E, logicamente, a Graça foi maior ao admitir os pagãos ao Reino.

Podemos perguntar: “E nós? Qual é a razão para que o Reino não seja o valor principal – o tesouro, a pérola – em nossas vidas?” Cada um de nós poderá dar uma resposta particular. Mas existe uma geral e comum nos tempos modernos: o estado de bem-estar – confundido com a felicidade final – que nos transforma em verdadeiros ricos num mundo de quase absoluta pobreza espiritual. E no lugar das Bem-aventuranças dirigidas aos pobres, aos que sofrem, aos que choram, aos que são perseguidos, encontramos as censuras de Jesus que atingem aos ricos, aos fartos, aos que aparentemente são felizes.

Com que pedras temos construído nossa casa? Quero lembrar de que Cristo é a base de tudo: da nossa vida, da nossa família, do nosso trabalho e da nossa felicidade eterna. Quem não tem Cristo como o fundamento de sua vida afundará quando vierem as dificuldades da vida. Quem, porém, tem Cristo como o fundamento de sua vida se manterá firme, mesmo quando a tempestade começar a soprar.

Muitos homens fazem “castelos sobre a areia” quando de Cristo não se lembram e nem buscam auxílio. Estes seus castelos não subsistem, pois só Cristo é o fundamento da vida verdadeira. Cristo é a pedra, a pedra angular. Mas muitos homens não O querem aceitar. Creia neste Cristo, caminho verdadeiro. É Ele quem nos guia à salvação eterna.

Caso contrário – como disse Jesus – o Reino de Deus nos será tirado e dado às pessoas que produzam os frutos do Reino.

Padre Bantu Mendonça

O que a Palavra diz para mim?

O texto para mim é um apelo de Jesus para pertencer ao grupo que vem para servir. Em Aparecida, na V Conferência, os bispos lembraram o apelo do papa: "O Santo Padre nos recorda que a Igreja está convocada a ser "advogada da justiça e defensora dos pobres" diante das "intoleráveis desigualdades sociais e econômicas", que "clamam ao céu". Temos muito que oferecer, visto que "não há dúvida de que a Doutrina Social da Igreja é capaz de despertar esperança em meio às situações mais difíceis, porque se não há esperança para os pobres, não haverá para ninguém, nem sequer para os chamados ricos". A opção preferencial pelos pobres exige que prestemos especial atenção àqueles profissionais católicos que são responsáveis pelas finanças das nações, naqueles que fomentam o emprego, nos políticos que devem criar as condições para o desenvolvimento econômico dos países, a fim de lhes dar orientações éticas coerentes com sua fé." (DAp 395).

O que a Palavra me leva a dizer a Deus?

Rezamos com toda Igreja:

Ó Deus criador, do qual tudo nos vem,

Nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida.

Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.

Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injustiças que causam exclusão social e miséria.

Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida.

Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?

Meu novo olhar é para cuidar a fim de que a vida de Deus e seu Reino tenham espaço de expressão no mundo em que vivo.

Bênção

O Senhor o abençoe e guarde!

O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante e tenha piedade de você!

O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!' (Nm 6,24-27).

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Fonte: Paulinas e Canção Nova.

Rodrigo Pimentel: 'Ocupação policial em Salvador não pode fracassar'.

27/09/2011 09:07

A polícia vai ocupar três dos bairros mais violentos de Salvador, na Bahia. O número de policiais na operação será abaixo da média dugerida pela ONU.

A polícia vai ocupar três dos bairros mais violentos de Salvador, na Bahia. É o mesmo princípio da ocupação territorial do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

O que o morador deve esperar não é o fim do tráfico. Ele deve esperar a redução dos homicídios, da violência, da criminalidade e da bala perdida.O tráfico continua existindo, desarmado e meio escondido, mais contido.

O número de policiais da operação é bem abaixo da média recomendada pela ONU, que sugere um policial para cada 250 habitantes. No Rio de Janeiro, as UPPs estão trabalhando com um policial para cada 50 habitantes.

Na Bahia, o projeto tem em torno de um policial para cada 335 habitantes. Não é o razoável. Talvez não funcione em função disso, mas é um primeiro passo, que já funcionou em outra favela, que já foi ocupada e ficou um mês sem nenhum homicídio. Isso é um indicador de sucesso. É um projeto perigoso, que tem que dar certo, não pode fracassar, até mesmo para não desacretidar a polícia.

Fonte: G1.

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Polícia da Bahia vai ocupar os três bairros mais violentos de Salvador

Polícia da Bahia vai ocupar os três bairros mais violentos de Salvador.

27/09/2011 – 08:38

A exemplo da UPP no Rio de Janeiro, 360 policiais foram treinados para combater o tráfico e proteger os moradores nos três bairros da cidade.

Mais de 300 policias estão na manhã desta terça-feira (27) nas ruas de Salvador. A polícia vai ocupar três dos bairros mais violentos da cidade. Essa região tem índices de criminalidade muito preocupantes e que chamam a atenção. Foram 57 homicídios no ano passado e 25 até agosto deste ano.

As três bases comunitárias de segurança começam a trabalhar hoje. O modelo é parecido com o da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro. A região também tem a maior densidade demográfica da Bahia: 53 mil habitantes por quilômetro quadrado, cinco vezes mais do que a média do município de Salvador.

Os bairros de Nordeste do Amaralina, Chapada do Rio Vermelho e Alto da Santa Cruz estão entre os mais pobres de Salvador. Eles formam uma ilha em meio a bairros ricos da cidade. Os três bairros reúnem cerca de 120 mil moradores. A região é considerada uma das mais inseguras da cidade. É como se fosse o “Complexo do Alemão de Salvador”.

As bases comunitárias foram instaladas em pontos estratégicos, de onde o movimento das ruas pode ser observado. Ao todo, 360 policiais foram treinados para combater o tráfico e proteger os moradores. “Nossa determinação é para que eles façam uma polícia muito mais próxima dessa comunidade”, afirmou o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa.

Das grandes capitais brasileiras, Salvador é a mais violenta. De acordo com dados do Observatório da Segurança Pública baseados em estatísticas oficiais, a capital baiana registra 62 homicídios em cada grupo de 100 mil habitantes. Essa média é seis vezes maior do que a de São Paulo, por exemplo, que tem em torno de dez homicídios.

O objetivo das bases de segurança é reverter esse quadro. A primeira experiência funciona há quase seis meses no bairro do Calabar. Táxi não entrava a qualquer momento, nem o carro do gás. O bairro era dominado por duas facções criminosas.

A guerra entre os traficantes matou seis pessoas no Calabar em 2010. Em 2011, até agora nenhum homicídio foi registrado. “O tráfico de drogas diminuiu em 80% a ocorrência”, contou um policial.

Oito câmeras de vídeo fazem o monitoramento. As ruas e os moradores foram cadastrados e os policiais passaram a fazer visitas rotineiras nas casas. “Estamos dormindo em paz”, disse a diarista Tereza Santos.

Mas nem tudo está resolvido. Metade dos jovens do bairro está na mesma situação de Paulo Emílio dos Santos: além de atrasado no currículo escolar, ainda enfrenta o preconceito do mercado formal de trabalho.
“Só porque eu disse que morava no Calabar, fizeram aquela má vontade em aceitar e me pediram para retornar depois. Eles nem me ligaram”, contou Paulo Emílio dos Santos, que está desempregado.

O Calabar tem 22 mil habitantes, e a base comunitária funciona com 120 policiais. O que precisa ser aperfeiçoado nessa base do Calabar? “É a integração entre o trabalho da base comunitária com a inteligência policial para realmente acabar com a criminalidade. Se não fizer isso, a base vai acabar servindo de segurança para os criminosos. Com certeza, este não é o objetivo da base”, afirmou Carlos Costa, especialista em segurança pública.

Fonte: G1.

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