Brasília, 08/04/09 (MJ) – Num encontro simbólico, porém de extrema importância na área de cooperação jurídica internacional, autoridades dos ministérios da Justiça do Brasil e da Bélgica se reuniram, em Brasília, para firmar um pacto contra crimes transnacionais.
A visita dos Belgas tinha temas bem específicos, como o combate ao tráfico de pessoas, de drogas e à lavagem de dinheiro. E havia um interesse especial pelo Sistema Integrado de Informação Penitenciária – Infopen, que eles conheceram de perto.
O secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, externou algumas preocupações do governo brasileiro sobre a atuação de organizações criminosas. Ressaltou a importância de fronteiras serem rompidas, a fim de facilitar acordos para o bloqueio de recursos e, conseqüentemente, a "asfixia" do fluxo financeiro desses grupos.
A posição do secretário foi, de imediato, bem recebida pelo comitê Belga, a partir de uma declaração sucinta do diretor-geral do Ministério da Justiça, Jean-Yves Mine, de que o país quer evitar ser a porta de entrada de condutas ilegais para a Europa. O destaque foi para o tráfico de seres humanos e o uso de trabalho escravo.
"O mundo precisa conjugar da idéia de que pior do que gente vendendo gente, é gente comprando gente", ressaltou Tuma júnior. "O crime é como uma empresa, que substitui facilmente os funcionários. Portanto, não basta prender. Tem que cortar o dinheiro que eles utilizam com a lavagem para circular livremente"
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