O promotor de Justiça Cláudio Guimarães (foto 1) declarou, nesta quinta-feira, “guerra” ao secretário estadual de Segurança Pública, Raimundo Cutrim. Em entrevista à Rádio Mirante AM, Cláudio Guimarães disse que não existe apoio do secretário de Segurança para a deflagração da Operação Manzuá.
A declaração do promotor se baseia em um ofício encaminhado pelo secretário Raimundo Cutrim à promotora-geral de Justiça, Fátima Travassos, onde Cutrim comunica que a polícia não irá mais dar apoio à operação realizada pelo Ministério Público Estadual.
Cláudio Guimarães foi enfático ao afirmar que a retirada do apoio policial de Raimundo Cutrim tem cunho pessoal e caracterizou a situação como um confronto entre o Ministério Público e o secretário. Para o promotor, o secretário de Segurança está “confundindo” a figura de parlamentar com a de secretário e esta falta, em diferenciar funções, causa problemas para a Operação Manzuá e, principalmente, para a sociedade.
“O secretário resolveu retirar oficialmente o apoio da Secretaria de Segurança da Operação Manzuá. O secretário tomou esta decisão por razões de ordem pessoal, haja vista que ele já foi investigado pela minha pessoa, por estar liberando veículos no Detran de forma irregular. Ele tentou trancar essa investigação e não conseguiu. Tentou liberar bares que nós havíamos interditado e nós fomos lá e interditamos de novo. Cutrim está confundindo a atividade parlamentar com a de secretário de Segurança e isso tem causado problema. Houve um confronto entre o MP e o secretário a ponto dele mandar um ofício à procuradora-geral de Justiça, como se ele tivesse esse poder, dizendo que não vai mais autorizar as polícias Civil e Militar a acompanhar a Operação Manzuá. Hoje, a Operação Manzuá é um problema interno de conflito entre o MP e o secretário, pois a população tem apoio da população”, declarou o promotor.
Ele revelou, ainda, que esta não foi a primeira vez que o secretário de Segurança interfere em operações cujo objetivo é organizar o espaço público. De acordo com Guimarães, Raimundo Cutrim não sabe trabalhar em equipe e, por isso, os problemas acontecem.
“Em 2005, desencadeamos a Operação Sossego, com os mesmos objetivos da Manzuá. Pelos mesmos motivos de interferência do secretário de Segurança, a Operação Sossego acabou. O secretário Cutrim não tem essa flexibilidade para trabalhar de maneira dividida. Ele quer absorver e resolver tudo da maneira deles. Aí fica difícil trabalhar desta maneira”, criticou Cláudio Guimarães.
Cutrim rebate críticas
Ao tomar conhecimento das declarações do promotor de Investigação Criminal, Cláudio Guimarães, o secretário de Segurança, Raimundo Cutrim (foto 2), entrou em contato com a Rádio Mirante AM e rebateu as críticas feitas contra ele.
De acordo com o secretário, os motivos, que o levaram a tomar a decisão de proibir o apoio da polícia à Operação Manzuá, não estão relacionados a problemas pessoais com o promotor. Segundo Cutrim, a operação é ilegal e Cláudio Guimarães está realizando um trabalho que não diz respeito ao cargo que ocupa.
“Ele está enganado. Não tenho nenhum problema pessoal com ele. Eu nem bem conheço ele. Só não posso usar a polícia, como estava sendo feito, de maneira irresponsável para atender interesses pessoais dele. Todo o Maranhão sabe disso. Eu encaminhei um ofício à procuradora-geral do Estado dizendo que, a partir desta data, a polícia não iria dar suporte a esta operação irregular, pedindo uma consulta ao presidente do Tribunal de Justiça sobre a legalidade da operação. Com relação à operação, o MP tem suas atribuições previstas na lei, dentro da área de jurisdição e, pelo que eu sei, ele [Cláudio Guimarães] nunca foi promotor do Meio Ambiente. Ele está fazendo um trabalho que não o diz respeito”, afirmou o secretário.
Raimundo Cutrim desmentiu Cláudio Guimarães com relação a uma suposta investigação realizada pelo promotor contra ele. Segundo o secretário, os veículos do Detran só foram liberados dentro da legalidade.
“Ele [Cláudio Guimarães] nunca me investigou e nem tem porque ele vai me investigar. Foram liberados alguns carros dentro dos procedimentos legais”, finalizou o secretário de Segurança Pública.
Paulo de Tarso Jr./Imirante
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operaçao munzuar e abusiva esse promotor tinha que se preocupar com bandidagem nao coisa pequena e ele dis que 90% e mintira quero ver si e homem e agora prende cidadao bem vomos entrar com representaçao contra ele ele nao promotor do meio ambiete cutrim discobriu
ResponderExcluirEnquanto a população continuar limitando sua capacidade cognitiva ao que as autoridades corruptas querem o Maranhão continuará sob o cajado dos poderosos. Uma operação que visa protejer a população e envolve profissionais de destaque no Ministério Público por seu alto grau de honestidade e comprometimento com a lei, não pode ser diminuida por um secrétário que sempre visou interesses próprios e políticos em todas as suas gestões. Já chega! Já passou da hora da população abrir os olhos e procurar entender realmente quem dá as cartas nesse jogo sujo!
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