12/06/2009
SÃO LUÍS - O secretário de Estado de Segurança Pública, Raimundo Cutrim, afirmou, nesta sexta-feira (12), que vai reequipar a polícia do Maranhão. Em entrevista à rádio Mirante AM, ele garantiu que a governadora Roseana Sarney autorizou a compra imediata de 200 viaturas de grande porte que serão distribuídas em todo o Estado. Comentou ainda que a compra já está sendo viabilizada e que os investimentos serão estendidos ao setor de informatização e na modernização do Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança).
Raimundo Cutrim acredita que, até o segundo semestre deste ano, o serviço de segurança pública estará recuperado para num curto espaço de tempo começar o trabalho de combate à criminalidade.
O secretário voltou a criticar o tratamento do governo passado com o sistema de segurança pública. Há dois meses ocupando a pasta, Raimundo Cutrim declarou que foi montada uma quadrilha para assaltar os cofres públicos, principalmente, na segurança, onde a situação encontrada por ele é de calamidade.
O secretário disse que o orçamento anual repassado para a Secretaria de Segurança Pública (Polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e Detran) foi de R$ 65 milhões e foram gastos R$ 61 milhões somente nos três primeiros meses do ano. A situação preocupa as secretarias de Planejamento e Administração. Segundo Cutrim, as duas pastas buscam como alternativa um novo orçamento para superar o problema na área da segurança pública.
- Nos primeiros três meses deste ano, foram retirados R$ 39 milhões. Os R$ 26 milhões restantes já estão comprometidos. Foram gastos somente de telefone a importância de R$ 1,3 milhões, além de R$ 15 milhões de alimentação. A situação é gravíssima tendo em vista a forma como agiram dentro da secretaria. As secretarias de Planejamento e Administração já estudam a possibilidade de um novo orçamento para que possamos superar a crise instituída na segurança -declarou.
Raimundo Cutrim criticou o sucateamento de equipamentos, viaturas, o número insignificante do efetivo policial para cobrir a Capital e o interior do Estado, além da terceirização no setor de Segurança Pública no Estado. "Em segurança não se pode terceirizar informações", explicou.
Sobre a extinção da Patrulha do Bairro, criado no governo anterior, Raimundo Cutrim disse que o projeto é uma cópia da Polícia Comunitária, implantada em 2002, em São Luís. E deixou bem claro que a Patrulha no Bairro continua em atividade, mas em um outro contexto. "Não importa se o programa é denominado como "Polícia no Bairro", ou "Polícia Comunitária". O importante é criar mecanismos eficazes no combate à violência na Capital", questionou.
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