MENSAGEM DA SEMANA – de 26 de abril a 02 de maio de 2009
3º DOMINGO DA PÁSCOA – Comer e beber juntos
Lucas 24,35-48
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 35os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!” 37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. 40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na lei de Moisés, nos profetas e nos salmos”. 45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: ‘O Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 47e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações começando por Jerusalém’. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”. – Palavra da salvação.
Pe. Nilo Luza, ssp
Jesus é reconhecido quando parte o pão. A comunhão eucarística se realiza quando o presidente da celebração parte a hóstia consagrada e a distribui aos participantes reunidos em assembleia. O Ressuscitado tem fome e quer partilhar o alimento com os seus. Comida é sinal de vida e comunhão. Jesus compara o reino de Deus a um banquete...
Desde os povos antigos – e nas mais diversas culturas –, a família reunida para comer e beber reveste-se de um simbolismo bastante significativo, muito além do sustento da vida biológica. Ao redor da mesa, estabelecem-se as relações familiares. A mesa é forte símbolo de integração e convivência, de comunhão e fraternidade. Ao seu redor partilha-se comida, diálogo, amenidades, alegria, descontração...
Em razão da correria e da diversidade de funções que os membros da família assumem, comer e beber juntos tornou-se, no mundo moderno, uma prática muito difícil. Enquanto o pai volta do trabalho, o filho está indo para a escola. Quando o pai e a mãe têm um espaço de folga para o descanso em casa, o filho sai para namorar, para praticar algum esporte com os amigos, para frequentar algum curso...
A mesa da comida é, hoje, substituída por outras: a dos negócios, planejamentos, jogos, debates... O diálogo familiar cedeu lugar à conversa ao celular, ao programa de TV, à música do rádio, à leitura do jornal, à internet... Há famílias que lutam para ver se conseguem, pelo menos uma vez por semana, reunir-se para partilhar a refeição: atitude louvável num tempo de tanta correria e de tantos atrativos oferecidos pela sociedade.
Pior é a situação das famílias que não se reúnem em volta da mesa por não terem o que pôr sobre ela. Se as políticas de combate à fome estão reduzindo o número de famintos no Brasil, devemos reconhecer que ainda há muito por fazer, também quanto aos países submersos na miséria e na fome. Enquanto houver um faminto no mundo, não podemos nos acomodar. A eucaristia nos leva a ser fraternos com todos, a começar pelos mais necessitados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário