Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Estudantes decidem desocupar USP, mas dissidentes invadiram a reitoria.

Um grupo de estudantes descontentes com a decisão decidiu invadir a reitoria da universidade. Segundo a PM, cerca de 20 ainda estão dentro do prédio.

Estudantes da Universidade de São Paulo decidiram desocupar nesta quarta-feira (2) o prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, mas nem todos os alunos concordaram com a decisão.

Um grupo de 150 estudantes descontentes com a decisão da assembleia, decidiu invadir a reitoria da universidade. Segundo a PM, cerca de 20 ainda estão dentro do prédio. A discussão, que divide o movimento estudantil da maior universidade do país, é se a Polícia Militar deve ou não fazer o patrulhamento dentro do campus.

Mais de cinco horas de assembléia e muita discussão. Até que os mil alunos da USP reunidos decidiram: vão desocupar a administração da faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.

O lugar foi tomado por eles na última quinta-feira, depois de um confronto com policiais militares. Os PMs tinham abordado três alunos que estariam fumando maconha dentro da universidade. Vários estudantes reagiram. O episódio provocou uma divisão entre os alunos da USP.

“Eu sou contra a PM no campus porque a PM não é um solucionador de conflitos”, opina estudante de ciências sociais Mariana Varela.

“Não faz sentido pedir a retirada da PM. A PM traz segurança, não tem como dizer que não”, discorda estudante de letras Marina Grilli.

Nesta terça-feira (2), enquanto parte dos estudantes discutia a ocupação do prédio, outro grupo defendia o policiamento em uma manifestação que começou quase no mesmo horário.

“Sem dúvida, a PM pode garantir mais segurança. É lógico que só a PM não vai dar toda a segurança que a gente precisa. Mas a PM garante, sim, mais segurança”, afirma estudante de engenharia Lucas Sorrillo.

Os contrários à permanência da polícia afirmam que a segurança poderia melhorar com a solução de alguns problemas no campus.

“Os ônibus demoram muito para passar, as pessoas passam muito tempo no ponto. A iluminação, além de ser muito ruim, tem o problema da sombra das árvores e tudo o mais. A calçada fica no escuro porque os postes são postes de luz que apontam pro meia da rua. As pessoas ficam no escuro mesmo”, conta estudante de ciências sociais Henrique Cunha.

Em uma noite de maio deste ano, o estudante Felipe Ramos de Paiva foi assassinado dentro da cidade universitária. Ele saía da aula e foi morto a tiros no estacionamento. O crime levou a reitoria da USP a assinar o convênio com a PM para reforçar a segurança. A escuridão e a solidão preocupam quem sai da aula no fim da noite.

“Conheço várias pessoas, colegas que passaram por todo tipo de susto, de apuros. Seria necessária, sim, uma iluminação melhor, um reforço policial mais adequado. Acho necessária a presença da Polícia Militar”, afirma estudante de física Valdir Geovanoni.

O prédio da administração da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas deve ser desocupado ainda na manhã desta quarta-feira (2) e os estudantes da USP marcaram um novo ato contra a presença da PM dentro da universidade para a próxima segunda-feira. Em nota, a Polícia Militar disse que o convênio firmado com a USP prevê o policiamento da universidade e o apoio à guarda universitária, mas, como nós vimos nas imagens, é preciso melhorar bastante a iluminação.

Fonte: G1/Bom Dia Brasil.

Veja abaixo o comentário de Alexandre Garcia sobre a invasão da USP:

'PM foi chamada à USP para impedir ilegalidades', lembra Alexandre Garcia

 

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01/11/2011 - 05h40

Estudantes da USP organizam protesto a favor da PM

Ato estava sendo marcado, em página de rede social, para a tarde de terça-feira

Estudantes da USP (Universidade de São Paulo) estavam organizando, por meio do Facebook, um protesto a favor da presença da PM (Polícia Militar) no campus. O evento na rede social foi criado por uma estudante de Letras e deve acontecer nesta terça-feira (1º), a partir das 17h, na praça do Relógio, no campus Butantã, zona oeste de São Paulo.

A manifestação será feita em repúdio aos acontecimentos da semana passada, quando alunos da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) foram detidos com maconha, entraram em conflito com a PM e decidiram ocupar a administração do prédio em oposição à presença dos policiais no campus.

Na página do evento no Facebook, lê-se na descrição "Somos estudantes, somos trabalhadores, somos a maioria. E EXIGIMOS SEGURANÇA! A minoria contra tudo e todos não pode nos impedir de querer o que é nosso de direito! A Cidade Universitária é parte da cidade de São Paulo, e deve ser tratada como tal. Aqui a lei se cumpre, e os fora-da-lei são devidamente punidos!".

Os estudantes que ocupam a FFLCH, por outro lado, organizaram um protesto na tarde de segunda-feira (31) em frente à reitoria.

Conflito

O impasse entre os alunos e a Polícia Militar começou na noite de quinta-feira (27). Centenas de universitários teriam se reunido na frente das viaturas em que estavam os três estudantes supostamente flagrados com maconha para evitar que eles fossem detidos.

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De acordo com os estudantes, “a polícia continuou irredutível e chamou reforços”, o que teria provocado o confronto que terminou com uso de gás lacrimogênio, spray de pimenta, bala de borracha e uso de cassetetes, por parte da PM.

Polícia Militar informou que, por conta do confronto, três policiais militares ficaram feridos e cinco viaturas foram danificadas pelos estudantes da USP. Os jovens presos foram levados para o 91º Distrito Policial (Ceagesp), onde iriam assinar um termo circunstanciado antes de serem liberados.
Em nota divulgada na sexta-feira (28), os alunos afirmam que a decisão de ocupar o prédio foi tomada por cerca de 500 alunos.

Assista ao vídeo clicando aqui.

Fonte: R7.

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