Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

domingo, 30 de outubro de 2011

MENSAGEM DA SEMANA: O remédio contra a vaidade - Mt 23,1-12.

Preparação para a Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, cumprimentando, com todos os internautas, a Jesus, como Mestre:

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.

Jesus Mestre, santificai minha mente e aumentai minha fé.

Jesus, Mestre vivo na Igreja, atraí todos à vossa escola.

Jesus Mestre, libertai-me do erro, dos pensamentos inúteis e das trevas eternas.

Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.

Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.

Jesus caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.

Jesus vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.

Jesus vida, não permitais que eu me separe de vós.

Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.

Jesus verdade, que eu seja luz para o mundo.

Jesus caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante dos homens.

Jesus vida, fazei que minha presença contagie a todos com o vosso amor e a vossa alegria.

Bem-aventurado Tiago Alberione

Leitura Orante
Mt 23,1-12

Então Jesus falou à multidão e aos seus discípulos. Ele disse:

- Os mestres da Lei e os fariseus têm autoridade para explicar a Lei de Moisés. Por isso vocês devem obedecer e seguir tudo o que eles dizem. Porém não imitem as suas ações, pois eles não fazem o que ensinam. Amarram fardos pesados e os põem nas costas dos outros, mas eles mesmos não os ajudam, nem ao menos com um dedo, a carregar esses fardos. Tudo o que eles fazem é para serem vistos pelos outros. Vejam como são grandes os trechos das Escrituras Sagradas que eles copiam e amarram na testa e nos braços! E olhem os pingentes grandes das suas capas! Eles preferem os melhores lugares nos banquetes e os lugares de honra nas sinagogas. Gostam de ser cumprimentados com respeito nas praças e de ser chamados de "mestre". Porém vocês não devem ser chamados de "mestre", pois todos vocês são membros de uma mesma família e têm somente um Mestre. E aqui na terra não chamem ninguém de pai porque vocês têm somente um Pai, que está no céu. Vocês não devem também ser chamados de "líderes" porque vocês têm um líder, o Messias. Entre vocês, o mais importante é aquele que serve os outros. Quem se engrandece será humilhado, mas quem se humilha será engrandecido.

O que diz o texto do dia?

COMENTÁRIO 1

Leio com atenção, na Bíblia, o texto de hoje em Mt 23,1-12.

Jesus se apresenta como um Mestre diferente. A maior preocupação do bem-aventurado Tiago Alberione sempre foi levar todos a Cristo: "A Família Paulina tem uma só espiritualidade: viver integralmente o Evangelho, seguir o Divino Mestre Caminho, Verdade e Vida. Esta espiritualidade ele assim definiu: "viver 'em Cristo', santificando: a mente, porque ele é a Verdade; a vontade, porque ele é o Caminho; o coração, porque ele é a Vida".

COMENTÁRIO 2

No capítulo 23 do evangelho de Mateus encontramos um conjunto de contundentes denúncias às práticas farisaicas, originadas de pronunciamentos de Jesus e aí agrupadas pelo evangelista. Nos outros dois evangelistas sinóticos, Marcos e Lucas, estas denúncias estão dispersas ao longo de seus textos. A leitura de hoje é a primeira parte deste conjunto. A ela, segue-se uma série de sete "ai de vós" extremamente desmistificadores sobre a hipocrisia dos fariseus, fechando com uma terrível imprecação (13, 13-36). A última parte é uma lamentação sobre "Jerusalém que matas os profetas" (13,37-39). Mateus adapta para suas comunidades, na década de oitenta, sentenças proferidas por Jesus em seu ministério denunciando o sistema opressor das sinagogas e do Templo. Naquela década o conflito com os fariseus é mais abrangente e Mateus quer persuadir suas comunidades a se diferenciarem da prática deles. Esta ênfase de Mateus reforçando a denúncia de Jesus aos fariseus tem dois sentidos, no contexto em que vivia. Os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo, a princípio continuaram freqüentando o Templo e as sinagogas (At 2,46; 17,1-2; 21,26). Em torno do ano 80, após a destruição do Templo de Jerusalém, os fariseus que formavam a cúpula do judaísmo, enrijecendo suas observâncias decidiram expulsar das sinagogas os judeus convertidos ao cristianismo. Certamente muitos deles devem ter abandonado o cristianismo para permanecer sob o abrigo da sinagoga que contava com a proteção do império romano. Mateus, com seu evangelho, quer demonstrar que em Jesus se realizam as promessas do Primeiro Testamento, procurando convencer os convertidos a não retornarem à sinagoga. Alem disso, Mateus tem e intenção de remover da mente dos discípulos originárias do judaísmo os resquícios da incoerente e ambígua prática farisaica (23,8-12). Nos profetas já se encontravam denúncias à prática dos líderes religiosos (primeira leitura). Estes líderes usavam da autoridade como meio de prestígio, bem como para privilégios pessoais, oprimindo o povo. Contudo, no texto de Mateus, chama a atenção a contraditória recomendação de "fazer tudo o que eles vos disserem", o que implicaria em suportar os "fardos pesados e insuportáveis" amarrados por estes fariseus. Pode-se pensar que tal recomendação seja um reflexo da mentalidade de discípulos convertidos do judaísmo, ainda apegados às tradições judaicas. Percebe-se, com evidência, que tanto a ostensiva prática dos escribas e fariseus como suas exigências doutrinais e legais ferem a proposta de Jesus, anteriormente anunciada, de viver humildemente, no "segredo do Pai". Nas comunidades deve predominar a humildade, a igualdade em dignidade e o amor, embora na diversidade dos dons e carismas. Paulo apóstolo é uma testemunha desta humildade e de carinho.

José Raimundo Oliva

COMENTÁRIO 3

Jesus, neste Evangelho, continua a sua polêmica com os fariseus conforme vimos há dois domingos.

Agora, Jesus se torna verdadeiramente mais incisivo. Ele torna-se até mesmo “acusador”. Até aqui, Cristo parecia estar na “defensiva”; agora Ele “parte para o ataque”. E o que Ele está realmente atacando aqui?

Poderíamos dizer que estamos diante de um grande confronto entre a comunidade cristã e os judeus (fariseus). Mas, se fizéssemos isso, estaríamos escapando do Evangelho de hoje, ou seja, aplicando-o para outras pessoas ao afirmarmos: “Ah! São os judeus culpados disso aqui; não temos nada a ver com isso!”

Na verdade, neste Evangelho, Jesus está pondo o dedo na ferida de todos nós. Também nós estamos dentro desta realidade da hipocrisia e da vaidade que Cristo quer denunciar. E em que consiste a hipocrisia?

A hipocrisia consiste em querer mostrar aquilo que eu não sou. É o pecado da simulação, ou seja, tenho dentro de mim um vazio, um nada, mas quero demostrar o que eu não sou. Pois bem, aqui nesta passagem, Jesus quer que saiamos desta atitude.

Qual é o caminho para sair desta simulação, desta hipocrisia vaidosa, na qual eu gosto de ser saudado, ocupar os primeiros lugares e ser sempre respeitado? O caminho é o da humilhação diante de Deus.

A virtude da humildade é muito difícil de ser vivida. Por quê? Porque se quisermos nos humilhar diante das outras pessoas, ela irá se converter em vaidade. Não é verdade?

Por exemplo: uma pessoa que se veste bem, que é vaidosa, mas que de repente diz: “Vou me livrar da vaidade” e começa a se cobrir de andrajos, de vestes cheias de remendos etc. Então, aquilo que antes era um ato de humildade passa a ser vaidade, porque a pessoa começa a se envaidecer da sua pobreza.

Uma pessoa que fala bem, que faz grandes discursos, pode se envaidecer por ser um orador. No entanto, se esta pessoa resolvesse ficar silenciosa, aquele mesmo silêncio que ela fez, porque procurava a humildade, pode se transformar agora em objeto de vaidade. “Vejam como eu sou silencioso e humilde!”

É assim que constatamos que a humildade é uma virtude muito difícil de ser vivida, pois tudo aquilo que fazemos para matar a vaidade acaba por alimentá-la, porque, quanto mais santos vamos ficando, mais vaidosos nos tornamos. Então, é algo quase desesperador!

Como fazer para sair desta armadilha? O único caminho é humilhar-se diante de Deus. Não adianta ficar se humilhando diante das pessoas, porque tudo se transformará em vaidade.

Humilhar-se diante de Deus é o seguinte: por exemplo, você tem uma certa santidade, tem uma conversão de vida, tem uma vida de oração. Faz jejuns, reza o Terço, comunga todos os dias… E aí? Você é santo?

Bom, se você comparar-se com outras pessoas, vai até encontrar pessoas menos santas do que você e vai se envaidecer. Se você olhar para os pagãos, para aqueles que não querem nada com Deus, para os ateus, você pode até envaidecer-se e achar-se “muito grande, bom e cheio de luz”.

Mas, se você se colocar diante do Senhor e fizer a “comparação” entre sua pequena santidade e a imensa santidade de Deus, então, de repente, você será humilhado. Humilhado completamente, porque a sua santidade não é nada.

Para fugirmos da vaidade, para não cairmos no “farisaísmo” de quem quer se apresentar como santo diante dos outros, só existe um caminho: humilhar-se diante de Deus.

Diante d’Ele nós nada somos. Pare de se comparar com as outras pessoas e comece a se “comparar” com o Senhor. Você verá o resultado!

É assim que entenderemos a razão de ser do Evangelho de hoje. Quem realmente é santo? Deus. Quem realmente é Mestre e Pai? Deus. Nós nada somos!

Quando realmente nos comparamos com Aquele que é imenso e eterno, aprendemos o caminho da humildade. Somente assim podemos fugir da vaidade, desta armadilha que está sempre pronta para nos “abocanhar”.

Por mais que queiramos ser santos, se continuarmos nos comparando com as outras pessoas, seremos vaidosos. Mas se nos “compararmos” com Deus, seremos humilhados. E o melhor remédio para a vaidade é a humilhação. Isso nos dará como fruto a virtude da humildade.

Padre Paulo Ricardo

O que o texto diz para mim hoje?

Considero, como refletem os bispos na Conferência de Aparecida, Jesus como único Mestre que tem palavras de vida eterna: "O chamado que Jesus, o Mestre faz, implica numa grande novidade. Na antiguidade, os mestres convidavam seus discípulos a se vincular com algo transcendente e os mestres da Lei propunham a adesão à Lei de Moisés. Jesus convida a nos encontrar com Ele e a que nos vinculemos estreitamente a Ele porque é a fonte da vida (cf. Jo 15,1-5) e só Ele tem palavra de vida eterna (cf. Jo 6,68). Na convivência cotidiana com Jesus e na confrontação com os seguidores de outros mestres, os discípulos logo descobrem duas coisas originais no relacionamento com Jesus. Por um lado, não foram eles que escolheram seu mestre foi Cristo quem os escolheu. E por outro lado, eles não foram convocados para algo (purificar-se, aprender a Lei...), mas para Alguém, escolhidos para se vincular intimamente a sua pessoa (cf. Mc 1,17; 2,14). Jesus os escolheu para "que estivessem com Ele e para enviá-los a pregar" (Mc 3,14), para que o seguissem com a finalidade de "ser d'Ele" e fazer parte "dos seus" e participar de sua missão. O discípulo experimenta que a vinculação íntima com Jesus no grupo dos seus é participação da Vida saída das entranhas do Pai, é se formar para assumir seu estilo de vida e suas motivações (cf. Lc 6,40b), viver seu destino e assumir sua missão de fazer novas todas as coisas." (DAp 131).

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo:

Jesus Mestre,

que eu pense com a tua inteligência e com a tua sabedoria.

Que eu ame com o teu Coração.

Que eu veja sempre com os teus olhos.

Que eu fale com a tua língua.

Que eu ouça somente com teus ouvidos.

Que eu saboreie aquilo que tu gostas.

Que as minhas mãos sejam as tuas.

Que os meus pés sigam os teus passos.

Que eu reze com as tuas orações.

Que meu tratamento seja o teu.

Que eu celebre como tu te imolaste.

Que eu esteja em ti e tu em mim.

Bem-aventurado Tiago Alberione

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Vou vivenciar o meu ser discípulo de Jesus Mestre vivendo a fraternidade. E colocarei no cume de todas as minhas «referências» Jesus Mestre.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.

- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Fonte: Paulinas e Canção Nova.

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