Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

domingo, 9 de outubro de 2011

Venha logo para o banquete de Jesus! - Mt 22,1-14.

Preparação para a Leitura Orante

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos que buscam encontrar-se com Deus na web:

Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Jesus, Mestre, que eu pense com a tua inteligência, com a tua sabedoria.

Que eu ame com o teu coração

Que eu veja com os teus olhos.

Que eu fale com a tua língua.

Que eu ouça com os teus ouvidos.

Que as minhas mãos sejam as tuas.

Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.

Que eu reze com as tuas orações.

Que eu celebre como tu te imolaste.

Que eu esteja em ti e tu em mim.

Amém.

Leitura Orante
Mt 22,1-14

De novo Jesus usou parábolas para falar ao povo. Ele disse:

- O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então mandou outros empregados com o seguinte recado: "Digam aos convidados que tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto. Que venham à festa!"

- Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois chamou os seus empregados e disse: "A minha festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas que vocês encontrarem."

- Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente. Quando o rei entrou para ver os convidados, notou um homem que não estava usando roupas de festa e perguntou: "Amigo, como é que você entrou aqui sem roupas de festa?"

- Mas o homem não respondeu nada. Então o rei disse aos empregados: "Amarrem os pés e as mãos deste homem e o joguem fora, na escuridão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero."

E Jesus terminou, dizendo:

- Pois muitos são convidados, mas poucos são escolhidos.

O que diz o texto do dia?

COMENTÁRIO 1

Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 22,1-14, e observo a parábola contada por Jesus sobre a festa de casamento.

Esta parábola contada por Jesus me ensina diversas coisas.

1º É um privilégio ser convidado para a festa do Reino, para a Aliança com Deus.

2º Os empregados são os apóstolos, os profetas, os discípulos e missionários.

3º Os que rejeitam o convite são os que preferem o ter, os bens materiais.

4º Os que estão pelas estradas e ruas, e são convidados, são os mendigos, pobres, os que estão à margem, fora do convívio, "tanto bons como maus".

5º A roupa de festa exigida simboliza a conduta de acordo com o chamado, ou seja, fé e abertura de coração para a justiça. Cabe recordar que justiça é amor de Deus para todos.

6º A exclusão, expressa nas palavras "joguem fora, na escuridão. Ali ele vai chorar..." fala da conseqüência de quem renuncia à intimidade com Deus.

COMENTÁRIO 2

Jesus encontra-se em Jerusalém, para onde se dirigiu, após exercer seu ministério na Galiléia. Seu objetivo é levar o seu anúncio do Reino dos Céus aos peregrinos que para aí acorriam para participar da tradicional festa judaica da Páscoa, libertando-os do pesado fardo da opressão religiosa que carregavam. Na hierarquia religiosa havia a primazia do Sumo Sacerdote e demais sacerdotes do Templo de Jerusalém e, distribuídos nas áreas de dispersão dos fieis judeus, fora de Jerusalém, os escribas e fariseus que dirigiam as sinagogas locais. Durante o ministério de Jesus na Galiléia, aqueles que se posicionavam como seus adversários eram os chefes locais, fariseus e escribas, e, agora, em Jerusalém os adversários são os sacerdotes e os anciãos, que compunham o Sinédrio, órgão máximo de direção do judaísmo, sediado no Templo de Jerusalém. Jesus já havia dirigido a estes sacerdotes e anciãos a parábola da vinha arrendada a uns agricultores, os quais acabaram matando o filho do proprietário. Os chefes religiosos do Templo, sentindo-se denunciados nesta parábola, decidiram prender Jesus. Em seguida Jesus dirige-lhes esta nova parábola. A imagem do rei simbolizando Deus já apareceu na parábola do rei que perdoou o devedor (cf. 11ago), e a imagem do filho como representando Jesus aparece na parábola dos vinhateiros que se rebelaram contra o proprietário (cf. 2 out). Agora temos a parábola do rei que prepara a festa de casamento de seu filho. No evangelho de Lucas a encontramos com uma narrativa mais simples, sem as violências que aparecem aqui em Mateus e mais próxima fiel a Jesus. A parábola, em Mateus, como cena de referência, fica um pouco estranha pela sua violência: o assassínio dos servos e o extermínio da cidade pelas tropas do rei. O seu sentido é histórico e escatológico. Os servos assassinados podem se referir aos profetas, e ao próprio Jesus, rejeitados pelos líderes religiosos da Judéia. A cidade incendiada pelas tropas do rei parece se referir a Jerusalém incendiada pelos romanos no ano setenta. A imagem do farto banquete (cf. primeira leitura) é própria para exprimir a abundância com que Javé cumularia o povo eleito. Os primeiros convidados o rejeitaram, então o convite estendeu-se a todos. A resposta foi positiva e a sala ficou cheia de convidados. Com esta parábola Jesus anuncia aos chefes religiosos do Templo que o Reino rejeitado por eles encontra ampla acolhida entre os gentios. Em conclusão, Mateus introduz ainda uma breve parábola, também temperada com crueldade, no gênero escatológico: um convidado sem os trajes de festa é amarrado e lançado fora, nas trevas. É uma advertência àqueles que responderam ao chamado de Jesus, na comunidade, para que ajam coerentemente com a sua vocação. Os discípulos podem estar convictos que "tudo podem naquele que lhes dá força" (segunda leitura).

José Raimundo Oliva

COMENTÁRIO 3

Jesus aqui nos conta uma parábola um pouco enigmática: um rei tem uma festa de casamento preparada para as núpcias do seu filho. Então, envia seus servos para convidar as pessoas para o casamento. No entanto, aqueles que foram convidados não aceitam o convite e matam os servos do rei. Acontece, assim, uma grande chacina, pois o rei – vingativo – ordena que aqueles ingratos sejam executados.

Finalmente, abre-se esta visão das pessoas que são trazidas das encruzilhadas para encher a sala do banquete.

Como interpretar esta parábola tão enigmática? Em primeiro lugar, devemos compreender que este noivo é Jesus. E quem é a noiva? O Evangelho não nos diz, mas sabemos que somos nós. A noiva é a Igreja. A noiva, na verdade, são esses que foram convidados.

Neste sentido, a parábola não “fecha” perfeitamente em termos de comparação. Por quê? Porque, na realidade, temos ali um banquete nupcial no qual todos nós ocupamos o lugar da noiva. Mas isso permanece no silêncio, no “não dito” daquilo que está no Evangelho. Este seria o sentido profundo e teológico da Palavra de hoje.

Algumas coisas que podemos observar a respeito deste Evangelho:

Em primeiro lugar, a urgência escatológica. Interessante que o rei já tem tudo preparado para a festa de casamento. E de forma bastante inverossímil, ele ordena – quando a mesa já está posta – que os convidados sejam chamados. Estes mesmos convidados que antes não sabiam de nada!

Mas, aqui, o fato da mesa “estar posta” é simplesmente uma forma simbólica de falarmos da urgência escatológica. Deus quer que nós venhamos para o banquete de Seu Filho. E venhamos logo! Ele tem pressa. A mesa já está posta e a comida está “esfriando”.

Claro que o desenvolver da parábola é um pouco inverossímil, ou seja, acontece o chamado feito aos convidados, depois uma guerra e, após tudo isso acontecer, a mesa ainda está posta.

Na verdade, temos aqui uma alusão a todo o conflito que houve com o povo de Israel e a queda de Jerusalém no ano 70. Ou seja, aquela cidade cujos habitantes são mortos e o lugar depois destruído é a cidade de Jerusalém.

O evangelista Mateus está “relendo” o fato histórico da destruição de Jerusalém e dizendo para os fiéis – que ouvem a esta parábola – que, embora Jerusalém tenha sido destruída, o convite para o banquete nupcial, para esta união entre Deus e a humanidade, continua em pé.

Com essa parábola das núpcias do Filho de Deus, o que podemos extrair de ensinamento para nossas vidas?

Veja: Deus nos chama para uma íntima união com Ele. Precisamos nos preparar para isto. Simbolizando esta preparação, vemos a veste nupcial que cada um de nós precisamos ter. Precisamos nos revestir desta veste, precisamos mudar de atitude. Mudar de vida para nos prepararmos ante esta união íntima com o Esposo, que é Cristo.

A Igreja inteira, todos nós – membros do Corpo de Cristo – iremos nos unir a Jesus. E será neste momento que acontecerá a festa. Acontecerá a realidade prometida por Deus desde toda a eternidade.

Somos chamados a esta união. Em Jesus, a união entre Deus e a humanidade já aconteceu de forma perfeita, porque Cristo é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Em Jesus acontece este matrimônio.

Mas é necessário que recebamos o Espírito Santo e sejamos unidos ao Corpo de Cristo. Como membros deste Corpo, que é a Igreja, então estaremos também neste matrimônio, nesta realidade de união com o Cristo cabeça.

Este é o nosso desejo e o desejo de Deus para nós. A urgência escatológica, a respeito da qual nos fala esta parábola – essa urgência de Deus – deveria dizer um pouco daquela urgência que deve habitar também no nosso coração.

Também nós deveríamos ter pressa em estar prontos para essa união com Deus. Também deveríamos ter pressa em convidar tantas e tantas pessoas para que venham participar deste banquete aberto a todos. É preciso convidar a todos. E descobrir, ali – nesta união – a grande alegria de ser católico, ser filho de Deus. Descobrir esta missionariedade de quem sabe: “Estou unido ao Esposo Jesus. Quero que outros também se unam a Ele.”

Isto é o que podemos extrair de ensinamento para a nossa vida no Evangelho de hoje.

Padre Paulo Ricardo

O que o texto me diz?

Os bispos em, Aparecida, disseram: "Por assim dizer, Deus Pai sai de si, para nos chamar a participar de sua vida e de sua glória. Mediante Israel, povo que fez seu, Deus nos revela seu projeto de vida. Cada vez que Israel procurou e necessitou de seu Deus, sobretudo nas desgraças nacionais, teve uma singular experiência de comunhão com Ele, que o fazia partícipe de sua verdade, sua vida e sua santidade. Por isso, não demorou em testemunhar que seu Deus - diferentemente dos ídolos - é o "Deus vivo" (Dt 5,26) que o liberta dos opressores (cf. Ex 3,7-10), que perdoa incansavelmente (cf. Ecl 34,6; Eclo 2,11) e que restitui a salvação perdida quando o povo, envolvido "nas redes da morte" (Sl 116,3), dirige-se a Ele suplicante (Cf. Is 38,16)." (DAp 129).

Deus continua nos fazendo convite para minha participação na sua vida. Como respondo?

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e ouço ou canto a canção do padre Zezinho:

Vocação

Se ouvires a voz do vento

Chamando sem cessar

Se ouvires a voz do tempo

Mandando esperar.

A decisão é tua

São muitos os convidados

Quase ninguém tem tempo

Se ouvires a voz de Deus

Chamando sem cessar

Se ouvires a voz do mundo

Querendo te enganar

O trigo já se perdeu

Cresceu, ninguém colheu

E o mundo passando fome

De paz, de pão e de Deus.

CD Vocação - http://www.paulinas.org.br/loja/DetalheProduto.aspx?IDProduto=8839

Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo com a Oração Missionária 2011

Deus Pai,

Criador do céu e da terra,

Enviai, por meio do vosso Filho,

O Espírito que renova todas as coisas,

Para que, no respeito e cuidado com a natureza,

Possamos recriar novos céus e nova terra,

E a Boa-Nova, que brilhou na Criação,

Seja conhecida até os confins do universo.

Amém.

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Meu novo olhar é para perceber os convites de Deus e responder com a minha adesão.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.

- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp

Fonte: Paulinas e Canção Nova.

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