Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

domingo, 8 de agosto de 2010

O nosso tesouro deve ser o Reino de Deus! Fiquemos preparados.– Lc 12,32-48.

PREPARAÇÃO PARA A LEITURA ORANTE

Saudação

-A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.

- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre, que dissestes:

"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet), para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.

Sois o Mestre e a Verdade:

iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.

Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.

Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.

(Bv. Alberione)

LEITURA ORANTE

Jesus continuou:

- Meu pequeno rebanho, não tenha medo! Pois o Pai tem prazer em dar o Reino a vocês. Vendam tudo o que vocês têm e dêem o dinheiro aos pobres. Arranjem bolsas que não se estragam e guardem as suas riquezas no céu, onde elas nunca se acabarão; porque lá os ladrões não podem roubá-las, e as traças não podem destruí-las. Pois onde estiverem as suas riquezas, aí estará o coração de vocês.

E Jesus disse ainda:

- Fiquem preparados para tudo: estejam com a roupa bem presa com o cinto e conservem as lamparinas acesas. Sejam como os empregados que esperam pelo patrão, que vai voltar da festa de casamento. Logo que ele bate na porta, os empregados vão abrir. Felizes aqueles empregados que o patrão encontra acordados e preparados! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o próprio patrão se preparará para servi-los, mandará que se sentem à mesa e ele mesmo os servirá. Eles serão felizes se o patrão os encontrar alertas, mesmo que chegue à meia-noite ou até mais tarde. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse a que hora o ladrão viria, não o deixaria arrombar a sua casa. Vocês, também, fiquem alertas, porque o Filho do Homem vai chegar quando não estiverem esperando.

Então Pedro perguntou:

- Senhor, essa parábola é só para nós ou é para todos?

O Senhor respondeu:

- Quem é, então, o empregado fiel e inteligente? É aquele que o patrão encarrega de tomar conta da casa e de dar comida na hora certa aos outros empregados. Feliz aquele empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que, de fato, o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas imaginem o que acontecerá se aquele empregado pensar que o seu patrão está demorando muito para voltar. E imaginem que esse empregado comece a bater nos outros empregados e empregadas e a comer e a beber até ficar bêbado. Então o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os desobedientes vão.

- O empregado que sabe qual é a vontade do patrão, mas não se prepara e não faz o que ele quer, será castigado com muitas chicotadas. Mas o empregado que não sabe o que o patrão quer e faz alguma coisa que merece castigo, esse empregado será castigado com poucas chicotadas. Assim será pedido muito de quem recebe muito; e, daquele a quem muito é dado, muito mais será pedido.

O que diz o texto do dia?

Leio atentamente o texto: Lc 12,35-38, e observo o ensinamento de Jesus nesta parábola.

O que o texto diz para mim, hoje?

Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo. O que o texto me diz no momento?

O bem-aventurado Alberione dizia que se sentiu "obrigado a se preparar para fazer alguma coisa por Deus e pelas pessoas do novo século". Sou uma pessoa que sempre tem algo a aprender, uma pessoa que se prepara, atenta, vigilante, no sentido de estar sempre aguardando as manifestações de Deus, suas "chegadas", sua "presença", o "banquete" que me serve através de tantas formas: a Palavra, a Eucaristia, uma palavra amiga, um momento de oração e até, de provação?

Os bispos nos lembram: "O encontro com Cristo, graças à ação invisível do Espírito Santo, realiza-se na fé recebida e vivida na Igreja. Com as palavras do papa Bento XVI repetimos com certeza: "A Igreja é nossa casa! Esta é nossa casa" Na Igreja católica temos tudo o que é bom, tudo o que é motivo de segurança e de consolo! Quem aceita a Cristo: Caminho, Verdade e Vida, em sua totalidade, tem garantida a paz e a felicidade, nesta e na outra vida!" (DAp 146).

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo com o bem-aventurado Alberione: Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste conhecer a ti e ao Pai. Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo! Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, porque és o único caminho para o Pai. Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo testemunhas vivas do teu Evangelho. Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração. Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou assumir uma atitude de prontidão e atenção às manifestações de Deus.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.

- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.

-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.

- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

COMENTÁRIO 1

Este Evangelho de Lucas desenvolve-se em torno de três temas: a primazia dos valores do Reino de Deus sobre os bens terrenos, a vigilância e o julgamento final com os castigos a serem infligidos. A primazia dos valores do Reino é o núcleo da revelação. É o seguimento de Jesus no cumprimento da vontade do Pai amoroso, para que todos tenham vida e a tenham plenamente. O tema da vigilância no aguardo da volta do Senhor e o tema do julgamento final, temas escatológicos, são tradicionais do Primeiro Testamento (cf. primeira leitura) e culminam com a expectativa da pátria celeste (cf. segunda leitura). De certo modo, estes enfoques, atrelados à apocalíptica do Primeiro Testamento, que, por sua vez, sofre a influência do zoroastrismo persa, reduzem a novidade de Jesus a uma tradição que ele próprio

superou. Percebe-se como a descrição, feita pelo evangelista, de um cruel e discriminatório julgamento final destoa da mensagem de amor e misericórdia de Jesus. Deus é amor misericordioso, e em Jesus temos a revelação deste amor que a todos cativa e transforma.

Autor: José Raimundo Oliva

COMENTÁRIO 2

“Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino.” Estas palavras de Jesus tocam profundamente o nosso coração, pois manifesta a mais profunda misericórdia e o amor de Deus por cada um de nós.

Mas, para que possamos mergulhar no Evangelho deste final de semana é cabível respondermos a uma pergunta que é fundamental para nós. Na verdade, o que é este Reino, que é do agrado do Pai dar a cada um de nós? O Reino é um lugar? O Reino dos céus nada mais é que: adesão a Jesus Cristo e solidariedade e fraternidade para com os nossos irmãos.

O Senhor manda que vendamos os nossos bens; na perspectiva do Reino, como devemos entender isso? Da seguinte forma: Quem adere ao senhorio de Jesus Cristo em sua vida passa a ter como sua única propriedade e riqueza o próprio Senhor; isso não quer dizer ausência de bens materiais; pelo contrário, pois dependemos deles para viver e devemos viver bem, com a maior dignidade possível. Entretanto, estes bens não podem ser senhores da nossa vida, pois nossa principal propriedade e riqueza devem ser o Senhor e a Sua vontade em nossa vida.

Adesão a Jesus Cristo significa voltar toda a nossa alma e coração para Deus, vivendo uma profunda experiência de amor com o Amado; enquanto Igreja somos esta esposa que aguarda o Esposo chegar; para isso, precisamos estar atentos, preparados, com as lâmpadas acesas. Que lâmpadas são estas? São as lâmpadas da virtude e dos valores. Não existe esposa, noiva, sem o seu amado. O Amado é Cristo e a Esposa é a Igreja.

O Reino também é solidariedade e fraternidade com os nossos irmãos, ou seja, para dizer que o amor não é sentimento – passa, ou não, pelos sentimentos – mas, acima de tudo, é decisão. Não amo por sentir vontade, mas por decisão livre. As lâmpadas acesas esperando o Noivo significam que o nosso amor precisa estar abrasado, aceso, atento para receber o Amado que chega a qualquer momento desfigurado na pessoa de cada necessitado, e aí, somos chamados a viver as obras de misericórdia, ou seja, solidariedade e fraternidade com os nossos irmãos.

Onde está o nosso tesouro aí está o nosso coração. Onde se encontra o nosso coração? O nosso tesouro é o Reino, ou seja, aderimos o senhorio de Jesus na nossa vida vivendo uma profunda intimidade com Ele, vivendo na Sua vontade? Ou o senhor da minha continua sendo eu e minha vontade? E quanto às obras de misericórdia – vivendo uma solidariedade e fraternidade com os nossos irmãos, como fruto do amor e não de uma simples filantropia – como se encontra esta realidade em minha vida? A fé sem obras é morta!

Que o Senhor converta o nosso coração e que o nosso tesouro seja o Reino de Deus, pois a qualquer momento o Esposo chegará. Para que eu não tenha surpresas, preciso viver a vocação principal na qual fui chamado: ser Esposa, ou seja, ser Igreja.

Padre Pacheco - Comunidade Canção Nova.

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