26/04/2010 – 20:45
Da Redação
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Em entrevista ao grupo Bandeirantes de Comunicação, nesta segunda-feira, o pré-candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) disse que pretende criar o Ministério da Segurança Pública, caso seja eleito.
O papel deste novo ministério seria o de repressão e enfrentamento direto do crime, mas o órgão não seria conflitante com o Ministério da Justiça, garante o pré-candidato. Serra prometeu mais rigor no combate à violência com a criação de uma espécie de guarda nacional, que na prática seria o trabalho integrado das polícias e Forças Armadas. Além disso, ele criticou algumas medidas judiciais e pretende rever a lei de progressão de pena.
Sobre infraestrutura, o pré-candidato deixou claro que não vai interromper nenhuma obra do PAC (Projeto de Aceleração do Crescimento) e que governo federal e Estados vão trabalhar juntos para avaliar e tocar os projetos. O tucano evitou críticas diretas ao PAC, mas ressaltou que a maior parte das metas anunciadas não foi alcançada.
Ainda na questão de infraestrutura , Serra defendeu a criação de linhas de metrô e trem em todas as grandes e médias cidades do país. Segundo ele, o governo federal deve incentivar e financiar a construção de metrôs antes que os municípios se tornem grandes metrópoles. Só assim, seria possível planejar o trânsito e evitar custos com desapropriações e construções de túneis e viadutos.
O candidato do PSDB foi bastante incisivo nos projetos de saúde. Serra criticou o governo Lula por ter estagnado os projetos na área da saúde o que para ele representa um retrocesso. “Falta remédio gratuito para a população. O governo precisa dar remédio de graça, além de dinamizar s saúde no Brasil”.
No que se refere aos aposentados, Serra foi cauteloso. “A aposentadoria precisa de melhorias gradativas, com responsabilidade. Não podemos gastar mais do que temos”.
Entre os projetos do governo Lula que Serra promete manter está o Bolsa Família. “ Vou manter e ampliar o projeto, que será reforçado com a questão da saúde e emprego”. Serra pretende criar um mecanismo de fomento ao emprego para os jovens atendidos pelo Bolsa Família.
Em relação à política internacional, Serra disse que teria uma postura diferente com o Irã. Para o pré-candidato tucano, Lula não deveria ter uma relação tão próxima do país. “Temos que manter as relações comerciais, mas o Brasil não deve dar suporte político ao Irã, que é uma ditadura”.
Na reforma tributária, Serra culpou a sonegação pela alta carga tributária e disse que vai incentivar os Estados a adotarem projetos como a Nota Fiscal Paulista. Em São Paulo, os consumidores podem reaver até 30% dos impostos pagos ao exigir a nota fiscal e vinculá-la ao próprio CPF (Cadastro de Pessoa Física).
Fofocas de palanque
Serra não quis comentar nada sobre o apoio ou a candidatura de Ciro Gomes (PSB). “É uma negociação entre o PT e o PSB. Sapo de fora não chia”.
Sobre as afirmações de Aloizio Mercadante, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Serra foi enfático: “Responder ao Mercadante é um atraso de vida. Não dou importância ao que ele diz. Não sou candidato ao governo de São Paulo“. Na manhã desta segunda-feira, em entrevista à Rádio Bandeirantes, Mercadante criticou a lentidão nas obras do Rodoanel e do metrô.
Redação: Gisiela Klein
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