Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

domingo, 24 de janeiro de 2010

RJ: organização da polícia e do crime explica redução das chacinas e dos assassinatos.

18/01/2010

Marcelo Godoy, Bruno Paes Manso

Prisão de assassinos reincidentes, organização do comércio de entorpecentes e fortalecimento das comunidades são alguns dos motivos apresentados por moradores e autoridades para a redução das chacinas e dos assassinatos na zona sul.

O promotor Arual Martins, do 3º Tribunal do Júri da zona sul, lembra do trabalho de inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), iniciado em 2000, que levou à prisão de assassinos como Roberto José do Nascimento, o Chucky, e Luciano Capeta, que agiam no Jardim São Bento e eram suspeitos de ter matado dez pessoas cada.

Se aumentou a eficiência da polícia, traficantes de drogas da região não deixaram por menos. Martins afirma que, na década de 1990, boa parte das chacinas acontecia por causa da guerra entre bocas. "Houve um loteamento do território e hoje os traficantes entraram em acordo. Além disso, os homicidas que matavam muito foram sendo presos ou morreram."

O delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, da delegacia que investiga chacina, afirma que o alto índice de esclarecimento levou os assassinos a evitar a prática do crime. "Algumas pessoas dizem no meio da bandidagem que hoje as chacinas são evitadas porque aumentam o risco de prisão", diz.

Morador do Jardim São Francisco desde os anos 1980, Manoel Ramos Carvalho, de 53 anos, aponta o fortalecimento das organizações sociais que atuam no bairro e o amadurecimento da relação das comunidades com o Estado como fator de redução. No ano 2000, Carvalho montou uma creche que hoje atende a 90 crianças. Participou das caminhadas pela paz, aproximou-se dos policiais e diz se sentir seguro. "Nos anos 1980, a situação era difícil e imprevisível. Nessa época, cheguei em casa uma vez e me surpreendi com um morto na garagem. A organização da comunidade ajudou a reverter esse quadro e hoje a situação está bem melhor", diz.

Fonte: Jornal O Estado de São Paulo.

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