'A prisão dele é muito representativa nesse processo de pacificação. Das 27 favelas que já estão pacificadas, só quatro chefes foram presos', explica.
Ele estava no Complexo do Alemão durante a invasão da polícia do dia 28 de novembro do ano passado. Se nós tivéssemos de elencar os quatro mais importantes traficantes do Rio de Janeiro hoje, o Polegar estaria nesse grupo.
Ele era chefe de uma facção na Mangueira, que é uma favela importantíssima. A prisão dele é muito representativa nesse processo de pacificação. Das 27 favelas que já estão pacificadas, só quatro chefes foram presos. Existem 24 chefes soltos.
Isso não compromete a pacificação. Ela funciona com chefes soltos. No entanto, eles continuam operando a compra de maconha e armas do Paraguai. Dos 23 chefes que estão soltos, existe um tão importante quanto o Polegar, que seria o FB, provavelmente solto no Paraguai.
Isso responde a uma pergunta do carioca e do brasileiro: onde estão esses chefes que fogem das favelas pacificadas? Estão possivelmente no Paraguai. Essa prisão do Polegar foi realizada pela polícia paraguaia com apoio de inteligência da Polícia Federal brasileira.
Fernandinho Beira-Mar também estava escondido no Paraguai, que é um importantíssimo produtor de maconha. Pedro Juan Caballero é a cidade onde se concentra a maior parte das lojas de arma que são vendidas e trazidas ao Rio de Janeiro.
A teoria de que um traficante é preso e outro entra em seu lugar ocorre, de fato. No entanto, eles operam dinheiro. Polegar estava com R$ 150 mil comprando um carro de luxo. Eles operam também o atacado da droga.
A prisão continua sendo importante. Apesar de alguém substituir Polegar na Mangueira e apesar da Mangueira pacificada, a prisão de Polegar é importantíssima e simbólica para consolidar a pacificação na cidade.
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