Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

domingo, 6 de março de 2011

MENSAGEM DA SEMANA: Importante é fazer a vontade de Deus - Mt 7,21-27.

Preparação para a Leitura Orante

Saudação

- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual, paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.

- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre, que dissestes: "Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles", ficai conosco, aqui reunidos, pela grande rede da internet, para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra. Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras. Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

Leitura Orante

Mt 7,21-27

"Nem todo aquele que me diz: 'Senhor! Senhor!', entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. Naquele dia, muitos vão me dizer: 'Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?' Então, eu lhes declararei: 'Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade'. "Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem sensato, que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não desabou, porque estava construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e ela desabou, e grande foi a sua ruína!"

O que diz o texto do dia?

COMENTÁRIO 1

Leio atentamente o texto na minha Bíblia e observo palavras e comparações feitas por Jesus: Mt 7,21-27.

Não basta rezar ou chamar a Deus de Senhor para entrar no seu Reino. Jesus diz com exclusividade: "somente" quem faz a vontade do Pai é que entra neste Reino. O Mestre conta a parábola da casa construída sobre a rocha e da casa construída sobre a areia. Construir a casa significa ouvir a Palavra de Deus. Nos dois casos, as pessoas "ouviram a Palavra". A diferença está em que um "vive de acordo com os ensinamentos" e outro, não. Os símbolos rocha e areia correspondem à prática ou não da Palavra. A chuva, as enchentes e o vento forte representam as dificuldades da vida, que querem nos derrubar e destruir o Projeto de Deus. A casa construída sobre a rocha, é firme, inabalável, vence todos os obstáculos.

COMENTÁRIO 2

Concluindo o Sermão da Montanha, Jesus fala sobre a necessidade de por em prática tudo que foi ouvido e que é a expressão da vontade do Pai. Deus não quer de seus fieis exuberantes atos de louvor ou espantosos feitos. Existem devoções às ostensivas invocações do nome de Jesus e às espantosas narrativas de expulsões de demônios e de milagres de Jesus. Contudo estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus. Sob a categoria de juízo final, ficam descartados os grandes prodígios (profecias, expulsão de demônios, milagres) prevalecendo apenas o critério de por em prática as palavras de Jesus, que revelam a vontade de Deus. Tal prática supera o antigo cumprimento da Lei, com suas ameaças de maldições (primeira leitura), pois é chegado o tempo da graça (cf. segunda leitura), alcançando-se a comunhão com Deus na prática do novo mandamento do amor, amando como Jesus nos amou. O empenho em fazer a vontade do Pai não acontece como coação por cumprimento de obras da lei, sob ameaças, e obediência a um deus tirano. Este empenho se faz com liberdade de opção e com a alegria de levar o amor humano à sua plenitude, seguindo os caminhos de Jesus. Neste texto de Mateus vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai Nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das bem-aventuranças e na sua vida com seu amor promovendo os pobres e excluídos. Em tudo que Jesus disse e fez, ele estava cumprindo a vontade do Pai. E a vontade do Pai, Deus de amor, é que todos tenham vida em abundância, usufruindo dos bens da criação, eliminando-se as cercas e os muros que protegem as minorias privilegiadas e relegam as maiorias ao empobrecimento e à exclusão. A parábola final sobre a casa construída sobre a rocha, que se contrapõe à casa construída sobre a areia, é expressiva para revelar a importância de por em prática as palavras ouvidas de Jesus. O evangelho de Lucas também a apresenta com pequenas diferenças (cf. 10 set.). Construir a casa significa construir sua própria vida. O homem insensato constrói sua vida seguindo os ditames da sociedade de mercado e consumo, obedecendo aos interesses de lucro dos poderosos desde mundo. O homem sensato constrói sua vida praticando a palavra de Deus. Forma comunidade com seus irmãos, solidariza-se com os pobres, fracos e excluídos, e revela ao mundo o amor misericordioso de Jesus e do Pai. É o empenho na construção do mundo novo possível, descartando as estruturas opressoras e excludentes em vigor, que favorecem as minorias ambiciosas que consomem suas vidas na ânsia de acumular riquezas. Construir sua vida sobre a rocha é buscar a justiça que favorece a vida plena para todos, em comunhão de amor e vida eterna com Jesus e o Pai. As palavras de Jesus nos orientam para a formação de comunidades consolidadas pela união no amor, em ambiente de paz e abertas para a comunhão com todos aqueles que se empenham no resgate da dignidade e da vida no mundo.

José Raimundo Oliva

COMENTÁRIO 3

Meu irmão e minha irmã, você já imaginou se depois de tudo o que fazemos nesta terra, pensando em receber uma recompensa no céu ouvir de Jesus esta palavra: “Nunca vos conheci; afastai- vos de mim, vós que cometeis a iniquidade!” Você pode imaginar como é possível alguém que pregou em nome de Jesus ouvir do próprio Jesus: “Nunca vos conheci; afastai- vos de mim, vós que cometeis a iniquidade!” Como é possível que não O tenha conhecido? Como é possível alguém que expulsou demônios em nome de Jesus receber d’Ele mesmo esse tratamento?!

O merecimento ou não destas palavras se explica pelo que foi dito antes: “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos Céus, mas sim, aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos e em teu nome que expulsamos demônios e em teu nome que fizemos muitos milagres?‘ Portanto, o ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” se torna consequência dos nos nossos atos.

Lembro-lhe: para que a oração, seja autêntica, deve ir acompanhada pela luta contínua por cumprir a Vontade divina. Do mesmo modo, para cumprir essa vontade não basta falar das coisas de Deus, mas é necessário que haja coerência entre o que se pede – o que se diz – e o que se faz: “O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em realidades” (1 Cor 4, 20); “Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós próprios” (Tg 1, 22).

Como cristãos fiéis ao Evangelho, e graças à sua força, unidos a quantos amamos e promovem a justiça, temos por realizar aqui na terra uma obra imensa, da qual prestaremos contas Àquele que a todos julgará no último dia. Porque para entrar no Reino dos Céus, para ser santo, não basta, pois, falar de modo eloquente da santidade. É necessário colocar em prática o que se diz e dar os frutos de acordo com as palavras. Aproxima-se a quaresma e muitos de nós pensamos que para vivermos bem este tempo  e consequentemente sermos bons cristãos basta somente rezar e jejuar e ouvir Missa. Eu julgo que não. Acredito que seja sim viver a fidelidade a Deus, como a outro Jó e outro Abraão, no tempo da tribulação.

Precisamos excluir da nossa vida o viver externo da lei mosaica, e não as boas obras, fruto da fé em Cristo. Trata-se da alicerçada e operada pela  caridade’ (Gl 5, 6), isto é, a fé que não é apenas adesão da inteligência a Cristo, mas adesão do homem todo: inteligência e vontade, pensamentos e obras. Justamente isto ensina Jesus, quando declara: ‘Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos céus, mas quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus’. Deve a fé penetrar a vida toda e levar o homem não apenas ao simples reconhecimento abstrato da existência de Deus, mas ao reconhecimento prático: a submissão da própria vontade à de Deus, à conduta regulada conforme os divinos mandamentos. Portanto, quem reduz a profissão da fé à oração, ao apostolado, ou apenas ao exercício do ministério sagrado – ‘profetizamos em vosso nome e em vosso nome expulsamos demônios…‘ – mas não a estendem a todos os setores da vida pessoal, mediante o cumprimento da vontade de Deus, ouvirão de Jesus um dia: ‘Nunca vos conheci’”.

Para não ouvirmos do Senhor essa palavra dura, é preciso levar muito a sério as palavras que se seguem: Assim, todo o que ouve estas minhas palavras e as põe em prática pode ser comparado a um homem sensato, que construiu a sua casa sobre rocha.

E continuando o Senhor continua: Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos; precipitaram-se contra esta casa, e ela não desabou, pois seus fundamentos assentavam-se na rocha.

Em que lugar você construiu a sua casa? Existem duas possibilidades: construí-la sobre a rocha ou sobre a área. Quem constrói a casa sobre a areia é aquele que não ouve a Palavra? Não. Ouve a Palavra, mas não a põe em prática. Talvez até a saiba de cor e a tenha na ponta da língua. Pena é que não a põe em prática. Esse homem é aquele que construiu a casa sobre a areia: Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos; vieram dar contra esta casa e ela desabou, e sua ruína foi total. Portanto, cuida-se para que a sua casa não caia. Procure edificar a sua casa sobre Jesus e a sua casa nunca cairá. Venha o que vier e de onde vier ela estará segura para sempre.

Pai, não permitas que eu professe minha fé no Senhor Jesus apenas com palavras. Seja minha vida uma expressão consumada da minha fé.

O que o texto diz para mim, hoje?

Os bispos da América Latina nos ajudam a refletir sobre o nosso compromisso com o Reino: "O projeto de Jesus é instaurar o Reino de seu Pai. Por isso, pede a seus discípulos: "Proclamem que está chegando o Reino dos céus!" (Mt 10,7). Trata-se do Reino da vida. Porque a proposta de Jesus Cristo a nossos povos, o conteúdo fundamental desta missão, é a oferta de uma vida plena para todos. Por isso, a doutrina, as normas, as orientações éticas e toda a atividade missionária das Igrejas, deve deixar transparecer esta atrativa oferta de uma vida mais digna, em Cristo, para cada homem e para cada mulher da América Latina e do Caribe." (DAp 361).

O que o texto me leva a dizer a Deus?

Rezo em silêncio e depois concluo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, A tua vida é preceito, caminho, segurança única, verdadeira, infalível.

O Presépio, Nazaré, o Calvário, tudo é caminho de amor ao Pai, de pureza infinita, de amor às pessoas, ao Sacrifício...

Faze com que eu te conheça, que eu coloque, a cada momento, o meu pé sobre as tuas pegadas.(...)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Quero colocar em prática a Palavra que ouvi, fazendo sempre a vontade do Pai.

Rezo:

Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós. Jesus e Maria, dai-me a vossa bênção: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

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