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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

General abre polêmica sobre homossexuais entre militares.

22:54 - 04/02/2010

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, procurou minimizar a controvérsia envolvendo a presença de homossexuais nas Forças Armadas quinta-feira. Após o general Raymundo Cerqueira Filho, indicado para uma vaga no Superior Tribunal Militar (STM), ter declarado ser contrário à possibilidade durante sabatina no Senado, o ministro disse quinta-feira que o governo brasileiro ainda está estudando a admissão de homossexuais nas Forças Armadas e não será influenciado pela posição do militar.

– Esse tema está sendo debatido dentro do Ministério da Defesa e existe uma regra antiga, don't ask, don't tell (não pergunte, não diga em inglês), que é uma legislação americana onde o debate também está aberto – comentou Jobim, dando dicas de qual deve ser a posição brasileira sobre o assunto. – Estamos abrindo o debate no Ministério da Defesa. Evidentemente que esta manifestação feita pelo general (Cerqueira Filho) que foi inquirido no Senado para o STM não influenciará os debates internos, porque isso não diz respeito à competência do tribunal que ele agregará.

As declarações do general, contudo, não foram bem recebidas por alguns parlamentares. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu ao Senado para que o militar seja ouvido novamente pela Casa para esclarecer declarações a respeito do ingresso de homossexuais nas Forças Armadas. A princípio, as novas explicações devem ser concedidas por escrito.

O caso

Durante sabatina realizada na quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, o general disse que os gays não têm perfil “compatível” com as Forças Armadas. Segundo o general, “a vida militar se reveste de características que podem não se enquadrar em quem tem esse tipo de comportamento”. O militar ressaltou, contudo, que não vê problemas na presença de gays nas Forças Armadas, desde que o comportamento destes mantivesse a “dignidade e a honra”.

– Mas não vejo que é compatível com o trabalho nas Forças Armadas – declarou. Segundo o general, o “indivíduo homossexual” teria dificuldades para comandar tropas. – O indivíduo não consegue comandar o comando em combate, tem uma série de atributos e fatalmente a tropa não vai obedecer. A tropa não obedece indivíduos desse tipo. Estou sendo sincero na minha resposta.

Cerqueira Filho disse que optou por falar a verdade na comissão, sem esconder seu real pensamento a respeito do tema. Já o almirante Álvaro Luiz Pinto, também ouvido na CCJ, adotou postura neutra sobre a presença de gays nas Forças Armadas.

– Não tenho nada contra, desde que mantenham a dignidade da farda, do cargo e do trabalho. Se ele mantiver a sua dignidade, sem problema nenhum. Se for ferindo a ética, aí eu não seria a favor – disse Pinto.

Apesar das polêmicas declarações, o nome de Cerqueira Filho foi aprovado por unanimidade pelos senadores que integram a CCJ, assim como de Luiz Pinto. As declarações, contudo, foram feitas depois que a comissão já tinha aprovado o nome do general para o STM.

Os nomes do general e do almirante ainda precisam ser submetidos ao plenário do Senado para que sejam aprovados para o STM. Suplicy disse que sua ideia é ouvi-los antes que a Casa possa definir sobre as indicações.

Alguns senadores, contudo, já declararam apoiar o general.

– Ele não foi preconceituoso, apenas alertava sobre as dificuldades de participação dos homossexuais nas Forças Armadas. A pergunta feita ao general foi muito simplista – criticou o senador Romeu Tuma (PTB-SP). (Com agências)

OAB classifica declaração como “lamentável”

As declarações do general Raymundo Cerqueira Filho sobre a incompatibilidade entre o homossexualismo e as atividades militares foram criticadas quinta-feira pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, que classificou a opinião do militar como “discriminatória”.

– É lamentável que este tipo de discriminação ainda continue existindo nos dias de hoje nas Forças Armadas brasileiras – disse Cavalcante. Na opinião do presidente da OAB, a defesa do país tem que ser feita por “homens e mulheres preparados, adestrados e treinados para este fim, independente da opção sexual de cada um”.

Já o presidente do Clube Militar, general da reserva Gilberto Figueiredo, saiu em defesa do general Cerqueira Filho.

– Concordo com o general Cerqueira. Como opção pessoal, particular, ninguém tem nada a ver com isso. Mas no desempenho das atividades, não entendo como seria possível (um militar assumir a homossexualidade) – disse. – Há homossexuais nas Forças Armadas, isso não é de hoje. Como opção particular, quando sai do quartel, com discrição, pode exercer a opção que bem entender. Mas que isso não fique explícito.

Piada

Segundo Figueiredo, é realmente difícil para um homossexual obter o respeito necessário dos militares, algo que seria fundamental caso o indivíduo ocupasse uma função de comando.

– Entre nós ainda é tema de chacota, de piada, de brincadeira. Uma pessoa que se sujeita a essa resistência toda fica difícil de ser respeitada, de ser entendida – explicou.

Na reserva há sete anos, o general, no entanto, diz que conheceu diversos casos de homossexualismo quando estava em atividade e afirmou que alguns militares chegaram a ser afastados porque assediaram sexualmente outros oficiais.

– Tem que ser discutido sim, tem que ter um estudo sério. Mas a minha opinião é que no dia de hoje, dentro do contexto cultural das Forças Armadas, não dá certo. Esse tema é meio tabu. (Com agências

Fonte: JB Online.

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