03/02/2010
Por: HÉLIO SCHWARTSMAN
As informações em segurança pública são hoje melhores do que foram no passado, mas a qualidade dos dados apresentados ainda deixa muito a desejar.
Até 1995, reinava o mais completo caos. Cada delegacia ou distrito divulgava, se queria, a tabulação dos principais dados de seus boletins de ocorrência. Em 1995, lei estadual determinou que os números fossem centralizados pela Secretaria da Segurança Pública e divulgados trimestralmente.
No que diz respeito à qualidade, o primeiro problema é a precariedade da base. Boletins de ocorrência, afinal, são o primeiríssimo registro de crime. Muitas vezes, o que parecia ser uma coisa revela-se, após a investigação policial ou o simples transcurso do tempo, outra. Um caso catalogado como lesão corporal, por exemplo, pode evoluir para homicídio -a estatística não capta a mudança.
Outra dificuldade é que boa parte das vítimas de delitos nem se dá ao trabalho de lavrar o BO. A subnotificação estimada é de 2/3. Para além das limitações intrínsecas, contribuem para a baixa qualidade dos dados a falta de padronização no preenchimento dos BOs e os casos indefinidos, sejam eles reais ou estimulados por autoridades que queiram aparecer melhor nas estatísticas.
Fonte: Folha Online apud Federação Nacional dos Policiais Federais.
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