Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cardozo justifica declaração dizendo que não se esconde sol com peneira.

Ministro tinha afirmado que preferia morrer a ficar em prisão brasileira.
'Primeiro passo para solucionar o problema é jamais escondê-lo', disse.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta terça-feira que o primeiro passo para solucionar o o problema das penitenciárias brasileiras é "não esconder o sol com a peneira".

De Lima (Peru), Cardozo concedeu entrevista por meio de videoconferência a jornalistas que estavam na sede do Ministério da Justiça, em Brasília.

Nesta quarta (13), o ministro disse, durante palestra a empresários em São Paulo, que "preferia morrer"  a ficar preso no sistema penitenciário brasileiro.

"Eu percebi que algumas pessoas ficaram perplexas com a minha declaração. O primeiro passo para solucionar o problema é jamais escondê-lo. Não é colocá-lo embaixo do tapete. Não se pode esconder o sol com a peneira", afirmou.

Segundo o ministro, "hoje, presos convivem com fezes, com espaços impossíveis, onde não se pode dormir, presos são violentados, presos são agredidos".

Cardozo disse que a primeira missão do governo federal é ampliar o número de presídios em todo o Brasil, com financiamentos aos governos estaduais.

O ministro afirmou que a melhoria das condições dos presídios e ampliação das penitenciária são "prioridades absolutas" para a presidente Dilma Rousseff. Ele disse que atualmente no país há um déficit de 200 mil vagas nas penitenciárias.

 

No ano passado, Dilma lançou plano que prevê R$ 1,1 bilhão para a construção de 60 mil presídios até 2014 - 20 mil foram contratadas durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros 40 mil serão contratados no atual governo.

Segundo Cardozo, as dificuldades na execução do programa não se devem a contingenciamentos no Orçamento, mas sim a problemas "administrativos". "A disposição da presidente foi total. Ela assegurou R$ 1,1 bi. O problema é executar isso dentro dos percalços administrativos", disse

De acordo com o Ministério da Justiça, um ano após o lançamento do programa, foram disponibilizados R$ 270 milhões para a ampliação de presídios. Desse total, R$ 120 milhões foram, de fato, empenhados. Os outros R$ 150 mi serão empenhados até dezembro deste ano.

Ainda segundo o ministério, nenhum presídio teve a construção iniciada até agora no âmbito do programa. O ministro justificou a lentidão dizendo que os governos estaduais têm dificuldades para encontrar terrenos ou não enviam projetos satisfatórios.

"O problema não é o financiamento. É a necessidade de melhorar a gestão em todos os níveis federativos", disse. Cardozo afirmou que o Ministério da Justiça também tem atuado em parcerias com outras pastas para promover ações de saúde e educação nos presídios.

Ele defendeu a aprovação de um projeto de lei que reduza a pena dos presos que estudam. Um dia de aula no ensino médio, fundamental, superior ou profissionalizante representaria um dia a menos da cadeia. A proposta está em tramitação no Congresso.

Fonte: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário