Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

domingo, 8 de maio de 2011

Analistas explicam como Bin Laden montou uma fábula de terror na web.

04/05/2011 – 07:45

Sem os vídeos, sem as imagens e sem a internet, quantos seguiriam Osama bin Laden? Como as ideias do terrorista seriam divulgadas?

Teatro? Propaganda? O que havia por trás dos frequentes vídeos de Osama? O Bom Dia Brasil ouviu especialistas em comunicação e política para entender como Bin Laden construiu suas fábulas de terror no mundo digital.

Montanha abaixo ele desce. Nas mãos, um cajado. No ombro, um fuzil. Nos últimos dez anos, Osama bin Laden gravou inúmeros vídeos. A cada nova aparição, uma nova ameaça.

Rapidamente, cada imagem, cada gesto e cada palavra do terrorista caíam na internet e ganhavam o mundo. Mas qual era o verdadeiro significado das imagens? A quem eram realmente destinadas? Se ele queria se esconder, por que, afinal, Osama se mostrava tanto?

“A al-Qaeda usou a internet e descobriu nela um tipo de público que não era o tipo de público que ela estava procurando inicialmente, que era o público mulçumano pobre das ruas europeias. De repente, vem aquela voz da terra de onde seus pais e seus avós são falando: ‘Essa turma que faz vocês se sentirem mal?’. Essa turma são os verdadeiros inimigos”, explica Pedro Doria, jornalista especializado em mídias digitais.

Apesar de numerosos, os vídeos são sempre bastante parecidos: Bin Laden cercado por pessoas e armas, falando de forma lenta e pausada. São apenas detalhes, mas que podem estar repletos de significados.

“O que o Bin Laden fazia nesses vídeos era uma série de referências simbólicas. Tinha passagens do Alcorão, o próprio local da filmagem, geralmente uma caverna ou um lugar remoto, isso tem ressonâncias com alguns dos mitos e das histórias do Alcorão. Ou seja, ele mobilizava nesse set de um filme ou de teatro. Era uma performance que permitia a ele colocar o discurso dele ou a figura dele dentro de uma espécie de floresta de símbolos, reconhecida por diversas audiências”, aponta Paulo Gabriel Hilu, coordenador .o Núcleo de Estudos de Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Mas, sem os vídeos, sem as imagens e sem a internet, quantos seguiriam Bin Laden? Como suas ideias seriam divulgadas?

“Ele tentava passar uma ideia de tradição: ‘Nós fomos grandes e continuaremos a ser grandes se investirmos nisso’. Ele explorava as frustrações de certa juventude pobre”, avalia o jornalista Pedro Doria.

O terrorista que passou a vida combatendo o Ocidente se valeu de métodos e ferramentas do próprio Ocidente para lutar sua guerra de ódio e intolerância.

“Ele era uma pessoa muito religiosa, mas não era uma pessoa de formação religiosa. A formação dele justamente era de administração e marketing. Obviamente, ele vai usar todo esse conhecimento para produzir essa linguagem extremamente adequada e bem adaptada ao mundo pós-moderno da mídia globalizada”, explica o professor Paulo Gabriel Hilu.

“Pode-se dizer, sim, com toda tranquilidade: sem internet não haveria Bin Laden. Isso quer dizer que a internet é uma vilã? Pelo contrário: a internet é a mesma ferramenta que está ajudando agora a semear a democracia nos países árabes. É um meio novo que pode ser usado de várias formas. No caso do Bin Laden, ele usou para espalhar o mal”, finaliza o jornalista Pedro Doria.

Fonte: G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário