14/01/2010 - 14:04
Brasília, 13/01/2010 (MJ) – A capitã Rosana Alves dos Santos, da Polícia Militar do Rio de Janeiro e aluna de pós-graduação em Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (UCAM/RJ), assumiu nesta quinta-feira (14) o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Ladeira dos Tabajares e do Morro dos Cabritos em Copacabana, no Rio de Janeiro.
Ela faz gratuitamente o curso de pós-graduação porque a Universidade integra a Rede de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp) – iniciativa para capacitação de profissionais de segurança pública do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Ministério da Justiça.
Há 12 anos na corporação, Rosana considera a especialização o melhor meio de atingir o êxito profissional. Além de pós-graduada, a capitã fez cursos de defesa pessoal e proteção de autoridades, faz o 8° semestre de Direito e é fluente em inglês e espanhol.
Ela acredita que a oportunidade de fazer pós-graduação é única na carreira. “O curso foi um divisor de águas, tive aulas de sociologia, história da polícia e palestras sobre policiamento comunitário. Sem dúvida foi um complemento importante e me deu base para a nova função que irei desempenhar na UPP e junto à comunidade”, disse a capitã.
O curso de 360 horas/aula foi ministrado pelos coordenadores Bárbara Musumeci Soares e Coronel Ubiratan Ângelo. Das 50 vagas oferecidas, 40 foram preenchidas por agentes da área de segurança. “O maior desafio do curso foi criar um olhar alternativo e trazer a reflexão característica das ciências humanas. A atividade prática deve sempre ser objeto de reflexão crítica e acompanhar o trabalho desses profissionais daqui pra frente”, afirmou Bárbara.
Ao final do curso, o aluno ainda exercita a experiência com pesquisa acadêmica através dos trabalhos de conclusão, que devem ser apresentados até abril. Rosana está com a monografia em fase de preparação e o tema escolhido foi “estratégias da segurança pública do Rio de Janeiro para repressão qualificada do crime organizado”.
Para o secretário Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, Ricardo Balestreri, integrar o conhecimento policial com outras áreas da Academia deve ajudar a formar profissionais mais preparados. “Essa troca de saberes vai preparar o policial não apenas para agir taticamente, mas para pensar em todos os fatores que influenciam nas políticas e gestão da segurança. A idéia é prepará-los para os desafios de um tema tão complexo como a segurança”, concluiu.
Renaesp
Desde 2006, a Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública credencia e financia instituições de ensino superior para a promoção de cursos de especialização em segurança pública.
A iniciativa tem como objetivo difundir conhecimento e desenvolver capacidade crítica necessários à construção de um novo modo de fazer segurança pública que garanta a cidadania e a promoção e defesa dos Direitos Humanos.
A cada ano, mais de 5 mil profissionais de segurança participam, gratuitamente, de cursos de especialização, pós-graduação e mestrado oferecidos por mais de 60 instituições de ensino superior em todo o país. As aulas sempre articulam o conhecimento prático dos policiais, adquiridos no seu dia-a-dia profissional, com os conhecimentos produzidos no ambiente acadêmico.
Policiamento Comunitário e Pacificador
A interação constante entre a polícia e a comunidade é uma das prioridades do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) para prevenir e conter a violência nas grandes cidades brasileiras. Desde 2006, já foram capacitados mais de 75 mil policiais nesta atividade por meio de cursos presenciais e à distância.
A idéia é que os policiais façam ronda sempre na mesma região caminhando, andando de bicicleta, conversando com os moradores e sejam facilmente localizados em postos de policiamento comunitário.
Assim, o cidadão saberá o nome dos policiais e os telefones das bases comunitárias, participará de reuniões periódicas com as forças de segurança e de outras áreas para apresentar reivindicações que realmente melhorem a qualidade de vida.
O grande diferencial deste modelo é o foco na prevenção. A interação entre polícia e comunidade permite a identificação de problemas que nem sempre são de segurança, mas que tem impacto nas ocorrências. A falta de iluminação, por exemplo, pode aumentar o número de assaltos numa área.
Para saber mais acesse www.pronasci.gov.br e siga-nos no www.twitter.com/pronasci
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