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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Mapa da Violência 2011 mostra que as regiões Norte e Nordeste são as mais preocupantes.

24/02/2011 – 12:56

Violência juvenil também cresceu, colocando o Brasil na sexta posição do ranking de homicídios entre jovens. Entre 1998 e 2088, 521.822 mil pessoas foram vítimas de homicídio no país

Redação Época, com Agência Estado e Agência Brasil

O Ministério da Justiça (MJ) divulgou nesta quinta-feira (24) o estudo Mapa da Violência 2011, feito em parceria com o Instituto Sangari. De acordo com os dados apresentados, as taxas de violência nas regiões Norte e Nordeste aumentaram significativamente no período analisado - de 1998 a 2008 -, e a única região do país que apresentou queda nos números, ou uma relativa estabilidade, foi a Sudeste, que registrou crescimento negativo na taxa de homicídios - -29,9%.

Norte e Nordeste foram as regiões com o maior aumento nos números de mortes por causas externas, como homicídios, acidentes de trânsito e suicídios. Enquanto que a pobreza nesses lugares diminuiu de forma expressiva, os homicídios dobraram na década analisada (108,1% e 101,5% no Norte e Nordeste respectivamente), os acidentes de trânsito aumentaram, em média, 50% em ambas as regiões, e os suicídios, no Nordeste, também dobraram (109,6%). Em alguns lugares, como no Maranhão, as taxas de homicídio chegaram a quadruplicar, e Estados que tradicionalmente apresentavam números baixos, com padrões de países desenvolvidos, viram, nesses dez anos, a violência disparar.

O movimento dos números da violência, porém, foi inconstante nessa década, segundo a pesquisa. Até 2003, as taxas de homicídios vinham crescendo a um ritmo de 5% ao ano. De 2004 a 2008 ela oscilou, tendo baixas e altas. A única região que, desde 2002, diminuiu sua taxa de homicídios foi a Sudeste, liderada por São Paulo, que, a partir de 1999, reduziu o número absoluto de homicídios até chegar a um terço do nível de 1998.

Para o pesquisador que preparou o Mapa da Violência 2011, Julio Jacobo Waiselfisz, o fenômeno da "desconcentração da violência" pegou o Nordeste no rastro da chegada dos novos polos econômicos. Em todo o Norte e Nordeste, os Estados se desenvolveram rapidamente, mas não investiram em infraestrutura e segurança pública, o que causou um desfalque. Muitas cidades ainda têm poucas delegacias de polícia - quando não têm apenas uma. As regiões aumentaram sua riqueza, mas também viram crescer os assaltos, roubos a carros, tráfico de drogas e acidentes de moto.

Também chamou a atenção dos pesquisadores o crescimento nos índices relativos à população jovem, entre 15 e 24 anos. Novamente em todas as regiões, menos na Sudeste, as taxas de homicídios contra essa população cresceram de forma expressiva. “A (magnitude de homicídios) relativa ao grupo jovem adquire caráter de epidemia”, diz o estudo. No Sul e no Nordeste do país, os números duplicaram (122,1% e 113,1% respectivamente), e na região Norte a taxa chegou próxima de seu dobro após uma década (96,5%).

A participação dos homicídios juvenis no total de homicídios no Brasil vem aumentando, de forma mais ou menos constante, desde 1979. No ranking de homicídios entre jovens, o país já ocupa a sexta posição. O número total de homicídios registrados no país cresceu 17,8% na década analisada, passando de 41,9 mil para 50,1 mil. No primeiro lugar desse ranking aparece El Salvador, com 105,6 mortes violentas em cada grupo de 100 mil jovens. Em seguida vêm as Ilhas Virgens (86,2), a Venezuela (80,4), Colômbia (66,1) e Guatemala (60,6).

O que impressiona o quadro atual da violência, de acordo com o estudo, ainda são os números muito além do que seria aceitável. “No ano de 2008, com todas as quedas derivadas da Campanha do Desarmamento e de diversas iniciativas estaduais”, diz a pesquisa, “aconteceram mais de 50 mil homicídios, nível semelhante ao pico de 51 mil homicídios de 2003”. Em toda a década analisada, morreram 521.822 mil pessoas vítimas de homicídio no país, e essa taxa, hoje, não fica abaixo de dez homicídios por cem mil habitantes em nenhum Estado - esse é o máximo considerado aceitável.

Em uma década apenas, a realidade brasileira mudou completamente. Em 1998, seis Estados ostentavam números abaixo do que é aceitável em taxas de homicídio. Hoje, a menor taxa é do Piauí, que apresenta um índice de 12,4 por cem mil habitantes - mais do que o dobro de dez anos atrás.

No ranking dos Estados mais violentos, regiões inteiras do Norte e Nordeste saltaram para as primeiras posições. O Estado de Alagoas, por exemplo, passou da 11.º posição para o 1.º lugar; o Pará saiu de 19.º para 4.º; Bahia, de 22.º para 8.º; e Sergipe, de 21.º para 14.º.

Fonte: Revista Época.

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