Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Foto que mostra policial calçando mendigo comove nova-iorquinos.

Foto foi compartilhada no Facebook mais de 120 mil vezes.
'Ele teve esse gesto sem esperar nada em troca', elogiou mulher.

Da Agência Efe

O gesto de um policial de Nova York que comprou botas para um mendigo que estava descalço na Times Square comoveu os nova-iorquinos e vem causado furor nas redes sociais depois que uma pessoa conseguiu fotografar o momento.

Foto foi compartilhada no Facebook mais de 120 mil vezes. (Foto: Reprodução)Foto foi compartilhada no Facebook mais de 120 mil vezes. (Foto: Reprodução)

"Ele teve esse gesto sem esperar nada em troca e sem saber que eu estava vendo. Estive 17 anos nos corpos de segurança e nunca tinha ficado tão impressionada. Este oficial e sua bondade humana nos lembram a verdadeira razão de nosso trabalho", escreveu Jeniffer Foster em uma carta à polícia.

Na foto, divulgada na conta do Facebook da polícia nova-iorquina junto à mensagem de reconhecimento de Foster, é possível ver um agente ajoelhado, identificado como Lawrence DePrimo, junto a um homem descalço, para quem o policial oferece um par de botas.

Foster lembrou em sua mensagem que o oficial, cuja identidade era desconhecida até que a fotografia fosse divulgada na rede social, perguntou ao homem quanto ele calçava e comprou um par de botas para ele.

A mulher, procedente do Arizona, estava na Times Square junto a seu marido e se aproximava do homem descalço quando DePrimo, de 25 anos, se adiantou com o calçado e ela fotografou o momento.

Esta história, que se produz em um contexto de preparação para as festas natalinas, comoveu as pessoas que utilizam redes sociais e os meios de comunicação.

Até agora, a fotografia foi compartilhada no Facebook mais de 122.300 vezes, quase 390 mil pessoas "curtiram", e 27.300 deixaram um comentário para louvar e agradecer o comportamento do agente.

Outros assinalam o contraste deste gesto com algumas atuações recentes da polícia de Nova York que foram consideradas abusivas ou desproporcionais, como um polêmico tiroteio que aconteceu em agosto nessa mesma avenida, a Times Square, quando um homem que estava com uma faca foi morto com 12 disparos.

Após reconhecer o gesto, DePrimo descreveu em entrevista divulgada pelo "The New York Times" que essa noite estava "congelante" e que "era possível ver que os pés do mendigo estavam rígidos de tanto frio", qualificando o beneficiário como "o cavalheiro mais educado" que conheceu.

Por isso, DePrimo, após averiguar o número de pé do homem, entrou em uma sapataria e comprou botas "para todos os climas" que custavam US$ 100 e que um empregado da loja, admirado por sua boa disposição, lhe vendeu por US$ 75, o desconto que desfruta por trabalhar no estabelecimento.

DePrimo, que está na polícia desde 2010, também ofereceu ao homem um café, que "assim que vestiu as botas, seguiu seu caminho", enquanto ele voltou a seu posto.

O presidente do agrupamento policial Patrolmen's Benevolent Association, Patrick Lynch, ressaltou em comunicado que "este ato espontâneo de amabilidade para um infeliz é um acaso dos milhares de atos similares que fazem para ajudar o povo necessitado, embora habitualmente passem despercebidos".

Fonte: G1.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Fim da Justiça Militar vai gerar alívio de R$ 35 milhões em Minas.

Ana Flávia Gussen - Do Hoje em Dia

Minas é um dos três estados do país que mantêm estrutura cara ao bolso do contribuinte. O Tribunal de Justiça Militar estadual, que tem sua existência questionada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), consome R$35 milhões por ano dos cofres públicos, valor inversamente proporcional à sua produtividade.

Segundo dados da instituição, em 2011 os magistrados receberam apenas 445 novos processos. Chega à mesa de cada um dos 13 juízes um ou, no máximo, cinco processos por dia. Levando-se em conta o orçamento anual e a demanda, cada processo custaria em média R$68 mil.

Comparando-se à Justiça comum, Minas recebeu, só em 2011 quase 4 mil processos.

No mês passado, 114 processos foram distribuídos no TJ Militar para as duas instâncias. Dividindo esse número pelos 20 dias úteis é como se chegassem às mãos dos 13 juízes 4,5 casos por dia.

É justamente essa conta que levou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Joaquim Barbosa, a questionar a existência dessas estruturas.

De acordo com ele, o volume de processos poderia ser absorvido pela Justiça comum, desonerando o orçamento dos estados. O CNJ informou que vai dar início a um estudo para verificar o “peso” das justiças militares.

Denúncia

As declarações do ministro foram dadas durante sessão no CNJ em que era apreciado processo disciplinar contra juízes militares de Minas. Eles foram acusados de deixar prescrever 110 processos contra militares.

O relator José Roberto Neves Amorim deu parecer pela improcedência da denúncia. “A culpa não é deles. A estrutura é extremamente precária. É impossível fazer mais de uma audiência por dia”, disse o relator.

Fonte: Hoje em Dia/Record.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

1ª mulher a comandar tropa de elite venceu Bope 'sem pedir para sair'.

Cynthiane teve cabelo raspado e ficou 5 meses na mata em curso do Bope.
Oficial lidera o Batalhão de Choque da PM do DF e diz: 'ainda quero mais'.

Tahiane Stochero
Do G1, em São Paulo

Tenente-coronel Cynthiane Maria Santos comanda tropa de choque da PM no DF (Foto: Vianey Bentes/ TV Globo)

Cynthiane raspou o cabelo e passou cinco meses com um grupo de homens na mata, enfrentando dificuldades impostas por um dos mais rigorosos cursos de ações táticas e operações especiais do país, que prepara policiais de tropas de elite para atuar em situações complexas como sequestros e distúrbios em presídios. No dia 19 de outubro, a hoje tenente-coronel Cynthiane Maria Santos, de 40 anos, foi nomeada pela Polícia Militar a primeira mulher a comandar uma tropa de elite no Brasil: o Batalhão de Choque do Distrito Federal.

No curso [do Bope], a pressão é tanta que você fica assexuado. Não tive nenhum problema"
Cynthiane Maria Santos, tenente-coronel da PM

cynthiane_policia_flores_300 (Foto: Brito/Agência Brasília)Oficial recebe buquê de flores da primeira-dama do DF em solenidade (Foto: Brito/Agência Brasília)

Rastejar na lama, buscar criminosos na mata e suportar frio, longas caminhadas, noites sem dormir, racionamento de comida e horas seguidas de aulas de tiro garantiram a Cynthiane a farda com uma caveira, símbolo das melhores tropas de elite do mundo.

Ela é uma das poucas brasileiras a concluir um curso da elite da polícia. Formada em 1999 no treinamento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Distrito Federal, foi a única mulher em meio a 42 homens. Vinte abandonaram. Ela, não.

"Ainda há preconceito. Ouço comentários de que não acreditam que eu concluí o curso, que não sou capaz. Mas os homens me respeitam, nunca tive caso de insubordinação. Ainda quero mais. Todo mundo sabe que meu sonho é comandar o Batalhão de Operações Especiais", diz a tenente-coronel.

Ela garante que não teve qualquer regalia ou diferencial em relação aos demais colegas. Nos treinamentos na mata, tinha que procurar "uma moita" mais longe quando precisava ir ao banheiro. "No curso, a pressão é tanta que você fica assexuado. Não tive nenhum problema".

'Pede pra sair'

As dificuldades do curso fizeram Cynthiane pensar em desistir. "Eu falava 'vou pedir para ir embora, não aguento mais', e meus colegas do curso me incentivavam a fazer isso. Eles respondiam ‘pede, pede para sair mesmo, porque daí eu posso sair também’. Não desistiam porque eu ainda estava lá", relembra. "Mas daí eu pensava: daqui eu não saio, daqui ninguém me tira".

Além do Distrito Federal, nove estados possuem Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Em nenhum deles, no entanto, uma mulher completou o curso de formação. Em Roraima, uma sargento passou nos testes físicos e psicológicos, conseguiu ingressar no treinamento que dura 7 meses, mas foi cortada depois de 80 dias. Segundo o major Elias Santana, comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais de Roraima, ela não suportou as adversidades do curso.

Eu falava 'vou pedir para ir embora, não aguento mais', e meus colegas do curso me incentivavam a fazer isso. Eles respondiam ‘pede, pede para sair mesmo, porque daí eu posso sair também’.

Cynthiane Maria Santos

No Bope do Rio de Janeiro, famoso pelo filme "Tropa de Elite", nenhuma mulher foi formada desde que a unidade foi criada, em 1978. Em São Paulo, tanto as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) quanto o Comandos e Operações Especiais (COE), tropas usadas na repressão contra grupos armados em situações de alto risco, não permitem mulheres em seus grupos operacionais.

cynthiane_policia_bope_df_300 (Foto: Arquivo Pessoal)Cynthiane fez curso do Bope com 42 homens, teve o cabelo raspado, enfrentou dificuldades, mas não "pediu para sair" (Foto: Arquivo Pessoal)

Os cursos de Comandos, do Exército, de Para-Sar, da Aeronáutica e de Comandos Anfíbios, da Marinha, também não permitem o ingresso de mulheres. Os três grupos das Forças Armadas formam agentes extremamente especializados em ações contra-terrorismo, no resgate de reféns, em inteligência e ações diferenciadas em zonas de conflito.

"Este universo de tropas especiais é muito masculino. Eu já estou completamente integrada aqui no Distrito Federal, mas deve ter situações pelo país que mulheres ainda enfrentam muito preconceito", afirma Cynthiane.

A minha chegada ao comando mostra que uma mulher pode qualquer coisa, basta querer, ter preparo psicológico e persistência

Cynthiane Maria Santos

Depois de Cynthiane, nenhuma outra mulher fez um curso de operações especiais no Brasil. Onze anos antes dela, duas mulheres, também no Distrito Federal, fizeram um curso semelhante, mas ainda não existia Bope na região.

"A minha chegada ao comando mostra que uma mulher pode qualquer coisa, basta querer, ter preparo psicológico e persistência", completa a oficial, com unhas pintadas de vermelho e longos cabelos pretos presos em um rabo de cavalo.

"Vamos cortar o cabelo longo dela"

Cynthiane recorda que, no início do curso, ouviu uma conversa entre dois instrutores. "Vamos cortar o cabelo longo dela e fazer ela se desligar. Pegar ela pela vaidade", recorda. "Eu ouvi o comentário e cheguei ao quartel de cabelo curto, mas decidiram passar máquina zero. Meu filho tinha 3 anos e se assustou quando me viu. Eu brinco que carreguei cada um dos meus companheiros nas costas, porque tinha que mostrar que eu estava ali para sobreviver, para mostrar para eles que eu era capaz", diz a oficial.

"Acho que foi muito mais difícil para eles, homens, entenderem que eu estava passando por todas as etapas e conseguindo ir adiante, do que para mim. Quando decidi fazer o curso, pensei: eu só saio daqui se algo grave acontecer. Não vou desistir", afirma.

cynthiane_montagem (Foto: Arquivo Pessoal)Nos treinamentos do curso do Bope, Cynthiane não teve regalias e realizou as mesmas tarefas que os 42 colegas homens (Foto: Arquivo Pessoal)

Treinamento diferenciado

O Bope do Rio de Janeiro, unidade reconhecida como uma das melhores do mundo em incursões em favelas, devido a operações diárias contra traficantes, tem algumas policiais mulheres que trabalham em áreas como medicina e comunicação social. No entanto, segundo o coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante-geral da PM do Rio e que comandou o Bope, nenhuma delas fez o curso.

"Não há mulheres cursadas no Bope. Até há algumas do quadro de combatente, em outros setores. Tínhamos o projeto de adequar o curso para a presença de mulheres, com um teste de aptidão física (TAF) e treinamentos diferenciados, mas não acabou ocorrendo", diz Duarte.

 

 

 

Para mim, é um enorme desafio comandar o Choque por nenhuma outra mulher ter comandando uma tropa de elite no país. Mas não deixo a feminilidade de lado, por ser o que eu sou. Uso vestido, salto alto, maquiagem. Fora do quartel, eu sou a Cyntiane, não a comandante"

Cynthiane Maria Santos

Através da assessoria de imprensa, o Bope do Rio de Janeiro informou que não limita vagas pelo sexo e que tanto homens como mulheres podem se inscrever no curso. "As provas seletivas são as mesmas e não há previsão para modificação no edital, visando diferença em qualquer etapa do concurso".

Filha de militar do Exército, a tenente-coronel Cynthiane lembra que sempre teve o apoio da família na carreira, desde que ingressou na Academia da PM do Distrito Federal, em 1992. Nas ruas, ela trabalhou no policiamento de trânsito, na Guarda Presidencial e, por um ano, em missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Timor Leste.

"Quando me formei como PM, os tempos eram outros. As mulheres trabalhavam em grupos separados dos homens. Depois que fiz curso de pós-graduação, assumi a responsabilidade por áreas de ensino da polícia", relembra. "Resolvi conhecer um dos vários cursos realizados no Bope e o primeiro que fiz foi para me especializar na segurança de autoridades. Eu estava em ótima forma física e o comandante do Bope me convidou para ficar. Não tinha ideia do que me esperava".

No comando do Batalhão de Choque, que inclui pelotões que buscam conter assassinatos na região metropolitana do Distrito Federal, a oficial diz que a profissão lhe permite viver muitas emoções e "situações bem peculiares". "Quanto você está em uma troca de tiros, sua vida está em risco por milímetros. É uma situação em que você está muito exposto", diz.

Ela recomenda que mulheres tenham coragem para arriscar na carreira. "Para mim, é um enorme desafio comandar o Choque por nenhuma outra mulher ter comandando uma tropa de elite no país. Mas não deixo a feminilidade de lado, por ser o que eu sou. Uso vestido, salto alto, maquiagem. Fora do quartel, eu sou a Cyntiane, não a comandante."

Fonte: G1.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

São Paulo é negligente no combate à onda de violência, diz Anistia.

Organização diz que governo falhou em garantir segurança e punir maus policiais.

Autoridades de São Paulo estão falhando em garantir a segurança pública e punir abusos a direitos humanos cometidos por agentes do Estado, afirmou a Anistia Internacional em entrevista exclusiva à BBC Brasil.

A afirmação ocorre em meio a uma onda de violência que já resultou nas mortes de mais de 90 policiais desde o início do ano e levou o número de vítimas de assassinatos no Estado para 571 só em outubro.

A Anistia Internacional citou suspeitas de envolvimento de policiais em homicídios motivados por vingança e disse que tais casos não foram investigados adequadamente "durante muitos anos".

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que vem cumprindo as leis de forma rigorosa, prendendo e expulsando maus policiais em todos os casos de violações.

"O Estado não compactua com policiais criminosos", disse a pasta em nota.

"Condenamos a negligência do Estado em duas questões: garantir segurança pública ampla e respeitosa e assegurar justiça para as vítimas de violações cometidas por agentes do Estado", afirmou Tim Cahill, pesquisador da Anistia Internacional, especialista em assuntos brasileiros.

A Anistia Internacional também condenou os ataques contra policiais, mas afirmou que é necessária a criação de um órgão federal independente, com poderes suficientes para investigar violações de direitos humanos no país.

Fonte: Estadão.