Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Brasil enfrenta epidemia de acidentes de trânsito, diz representante do Ministério da Saúde.

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde sobre internações hospitalares e gastos com tratamento mostram que o Brasil enfrenta “uma epidemia” de acidentes de trânsito, segundo a coordenadora da Área Técnica de Vigilâncias e Acidentes da pasta, Marta Maria Alves da Silva. Em 2011, foram internadas em hospitais da rede pública 153.565 vítimas de acidentes de trânsito, o que gerou um gasto de R$ 200 milhões aos cofres públicos.

A agravante é que, do total das internações, praticamente a metade – 48% – envolveu motociclistas. “Isso caracteriza uma situação epidêmica, e as causas mais comuns são: direção perigosa e condução das motos por pessoas alcoolizadas”, destacou Marta Alves, ao participar hoje (13) do seminário Políticas para o Trânsito Seguro de Motos, promovido pela Comissão de Assuntos Sociais do Senado.

A técnica disse que o governo como um todo e não apenas o Ministério da Saúde tem desenvolvido uma série de ações para reduzir os números de acidentes no trânsito. Os investimentos são destinados principalmente à reestruturação dos centros de saúde e hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), além da preparação dos profissionais de saúde.

O problema, segundo Marta Alves, é que apesar dos investimentos feitos as estatísticas demonstram crescimento no número de acidentes e principalmente de óbitos ano a ano. “É preciso inverter essa tendência com investimentos maciços em prevenção, especialmente para conscientizar sobre o perigo do excesso de velocidade e de dirigir alcoolizado”, frisou a técnica. Segundo ela, 30% dos leitos dos prontos-socorros são ocupados por vítimas de acidentes de trânsito, e 25% dos condutores que dão entrada nos hospitais morrem.

Os dados da Associação Brasileira de Medicina no Tráfego (Abramet) corroboram os levantamentos feitos pelo Ministério da Saúde. O presidente da entidade, Dirceu Rodrigues Alves Júnior, ressaltou que a cada dez leitos ocupados nas unidades de terapia intensiva (UTIs), quatro são por acidente de trânsito, especialmente condutores de motos.

“O que acontece, não temos lugar para internar na UTI pessoas vítimas de outras ocorrências, como infarto e doenças crônicas. O que fazemos é transferi-los para enfermarias”, disse o presidente da Abramet. Para ele, o problema só vai ser revertido com a melhoria dos serviços de qualificação dos motoristas, especialmente motociclistas. Dirceu Rodrigues destacou que os cursos oferecidos hoje são “pobres” e, na maioria deles, não têm profissionais capacitados para preparar o cidadão que adquire um veículo de duas ou quatro rodas.

O presidente da Associação Brasileira de Motociclistas (Abram), Lucas Pimentel, defendeu o melhor preparo dos centros de formação de condutores – autoescolas – com prioridade na direção defensiva. Ele ressaltou que existem recursos específicos para o Estado desenvolver programas de educação no trânsito. “Infelizmente o que vemos todos os anos são esses recursos contingenciados pelo governo e, na realidade, não chegam às escolas.”

Edição: Talita Cavalcante

Fonte: Agência Brasil.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Redes sociais ajudam na divulgação de fotos de pessoas desaparecidas.

Os parentes recorrem à internet para publicar informações e fotos que podem ajudar a encontrar alguém que saiu ou foi tirado de casa e nunca mais voltou.

Mário Bonella
Vitória, ES

Na semana passada, o advogado André Arraz saiu em viagem de Vitória para Belo Horizonte. Ele mandou uma mensagem para a mulher dizendo que estava no caminho. No dia seguinte, ela perguntou: "cadê você?". Até hoje não recebeu resposta. “A cada toque de telefone, eu acho que é notícia dele. A cada pessoa que liga ou que vem, eu me desespero, mas eu tenho esperança de que ele vai voltar”, diz Cássia Arraz, mulher do advogado.

Ela acredita que quanto mais pessoas souberem que o marido está desaparecido, mais chances ela tem de encontrá-lo. Por isso quer divulgar muito a imagem dele. Vai fazer camisas com fotos e adesivos para colar nos carros. Na internet, ela encontrou uma ótima ferramenta para ajudar nessa busca: as redes sociais.
Acompanhe o Jornal Hoje também pelo twitter e pelo facebook.

Na internet, ela publica fotos e detalhes do desaparecimento. Mais de duas mil pessoas compartilharam. “A rede social não tem fronteiras. Ela não fica só aqui no estado”.

A foto do engenheiro civil Renato Brandão está nas redes sociais. Ele desapareceu em 13 de setembro do ano passado. A mulher de Renato diz que o marido saiu de bicicleta, em um bairro de classe média alta de Curitiba, e não voltou. A bicicleta foi encontrada dias depois, com a correia arrebentada.

A polícia fez buscas, publicou cartazes e uma simulação de como Renato poderia estar hoje, mas um ano depois, a família não tem notícias do engenheiro.
As redes sociais também estão sendo usadas para procurar Amanda Correia. A adolescente de 15 anos sumiu quando ia para uma festa em Castelo, no interior do Espírito Santo. Quando desapareceu, Amanda usava a blusa que aparece na foto de divulgação.

Quanto mais recente a imagem, melhor para a investigação, diz o delegado Sérgio Melo. Ele também vê as redes sociais como aliadas. “A ferramenta mais eficiente que a gente tem é a divulgação. A divulgação de fotografias, o compartilhamento nas redes sociais, a gente entende que tem um valor muito especial”.

Para as famílias dos desaparecidos, o computador também aumenta a esperança porque traz mensagens de solidariedade de toda parte.

O final feliz chegou para os pais de um menino de um ano e três meses, que tinha desaparecido na Bahia. Ana Rita e Robério reencontraram o filho ontem à noite, a 250 quilômetros de casa. O menino estava desaparecido desde quarta-feira passada.

Quem pegou a criança foi a babá, de 18 anos, que estava empregada há apenas dois dias. Depois de uma denúncia anônima, a PM localizou a babá e o menino na BR-116, na entrada da cidade de Tucano.

Ela disse à polícia que chegou lá pegando carona com motoristas de caminhões. A babá deve ser encaminhada para um presídio regional.

Fonte: G1/Jornal Hoje.

Adolescente usa Facebook para divulgar ponto de drogas em Franca.

Jovem de 17 anos vendia entorpecentes pela rede social, diz polícia.
Suspeito foi detido em casa com cartas alusivas a uma facção criminosa.

Adolescente se intitulava como "traficante" pelo Facebook, segundo a polícia (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Um adolescente de 17 anos é investigado por vender drogas e promover um ponto de tráfico pelo Facebook em Franca (SP). O jovem foi detido nesta terça-feira (11) e também é suspeito de praticar roubos a estabelecimentos comerciais da cidade.

Na residência do suspeito, agentes da Polícia Civil encontraram 13 porções de crack embaladas para a venda. Segundo o delegado Leopoldo Gomes Novais, quando percebeu a presença dos policiais, o adolescente tentou engolir quatro pedras da droga.

"Ele foi impedido no momento em que colocava a droga na boca e confessou que venderia cada pedra por R$ 10", disse o delegado.

Além dos entorpecentes, os policiais apreenderam cartas manuscritas com indicações alusivas a uma facção criminosa que age nos presídios paulistas. “No Facebook do menor, foram captadas mensagens e fotografias indicativas do tráfico, bem como de uma biqueira [ponto de venda de drogas] comandada pela mesma facção”, explica Novais.

O menor foi autuado por ato infracional de tráfico de entorpecentes e depois encaminhado para a Fundação Casa.

Fonte: G1.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Brasil vai responder sobre tortura em prisões nos próximos dias, diz ministro.

Comitê da ONU apontou péssimas condições e maus-tratos nos presídios brasileiros

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Mais de um mês depois de vencido o prazo de resposta ao relatório elaborado pelo Subcomitê de Prevenção à Tortura (SPT) da Organização das Nações Unidas (ONU), o governo brasileiro ainda não concluiu o documento. Em visita ao Brasil, o órgão identificou a existência de tortura e péssimas condições nos presídios do país.

As visitas ocorreram entre os dias 19 e 30 de setembro do ano passado e incluíram delegacias, presídios, centros de detenção juvenil e instituições psiquiátricas nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, de Goiás e São Paulo. Após a conclusão do relatório, o Brasil teve seis meses para apresentar uma resposta

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse hoje (11) que a pasta “está trabalhando nessa resposta com muita dedicação” e que a previsão é que o documento seja apresentado à ONU nos próximos dias. “Já está praticamente pronta a resposta”, informou a ministra.

“Estamos determinados a enfrentar a tortura dentro das instituições criando, no Brasil, um mecanismo nacional de combate à tortura formado por 11 peritos independentes e autônomos, com a possibilidade legal de entrar em qualquer instituição a qualquer momento e verificar as condições de vida dessas pessoas”, completou.

O documento enviado ao governo brasileiro relata casos de tortura, maus-tratos, corrupção e controle de milícias. Além disso, o SPT denunciou a falta de médicos e a carência de equipamentos e de remédios nos presídios. O relatório também criticou a falta de acesso de presos à Justiça e a falta de autonomia das defensorias públicas. Uma das exigências do SPT é que o país tome providências para a reestruturação das defensorias públicas.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: Agência Brasil.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Feriadão teve 110 mortes nas estradas federais.

Da Agência Brasil

Brasília - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 110 mortes nas rodovias federais durante o feriado de Sete de Setembro, sendo 35,42% do total causadas por colisão frontal e 20% por atropelamento de pedestres. Segundo dados divulgados hoje (10), o número de mortes representa uma diminuição de aproximadamente 10% em relação ao feriado de Semana Santa deste ano, que teve 121 mortes.

Durante a Operação Independência, que começou na quinta-feira (6) e terminou no domingo (9), foram anotados 2.319 acidentes contra 2.683 do feriado de Semana Santa, representando queda de 13,6%. O número de feridos também diminuiu, passou de 1.731 para 1.438. Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná foram os estados com maior ocorrência de acidentes.

"Apesar dos dados ainda serem preocupantes, o balanço da operação deste feriado é positivo, reflete diretamente do trabalho intensificado da PRF na conscientização dos motoristas durante todo o ano juntamente com a maior inspeção nas rodovias federais", disse o chefe de Estatística da PRF, inspetor Stênio Pires.

Edição: Aécio Amado

Fonte: Agência Brasil.

domingo, 9 de setembro de 2012

Exército planeja ensino integral em todos os colégios militares até 2015.

Sistema atende 14 mil alunos do 6º ano fundamental ao 3º do ensino médio.
Sete das 20 melhores escolas do país são militares, segundo o Ideb 2011.

Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo*

O Exército Brasileiro planeja ampliar o ensino em período integral para os 12 colégios militares existentes no Brasil até 2015. Atualmente, apenas duas escolas adotam o turno integral em alguns anos do ensino fundamental: o Colégio Militar de Salvador (CMS), desde 2011, e o Colégio Militar de Santa Maria (CMSM), que adotou o sistema este ano. A ideia do Exército é implantar o novo regime de maneira gradual, a partir do sexto ano.

"Nossa perspectiva é que até 2015 todos os colégios militares funcionem em turno integral", afirmou o general de brigada Luis Antonio Silva dos Santos, que comanda a Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial (Depa) do sistema responsável pelos colégios militares.

As escolas ligadas ao Exército tiveram bom desempenho, em relação a outras escolas públicas, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Sete das 20 melhores escolas do país no Ideb 2011, divulgado pelo governo federal em agosto, fazem parte do Sistema Colégio Militar do Brasil. Cinco dos 12 colégios militares tiveram o maior Ideb de seus estados (todos estão entre os dez melhores). Nove foram as melhores escolas de seus municípios, enquanto outros dois estão na segunda e terceira colocação da cidade. Apenas um colégio é o sexto melhor do município.

O indicador, feito a cada dois anos desde 2005, calcula a relação entre rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e desempenho na Prova Brasil (português e matemática) aplicada para crianças do 5º e 9º ano do fundamental e do 3º ano do ensino médio.

O general de brigada afirmou que são muitos os fatores responsáveis pelo sucesso dos colégios militares. "No entanto, pode-se perceber que o excelente nível de nosso corpo docente, o planejamento escolar, com proposta pedagogia e currículos bem definidos, a existência de meios físicos adequados o comprometimento de nossas equipes e do entendimento de sempre fazer o melhor para atender à família militar fazem parte desses fatores", disse.

Os doze colégios militares brasileiros estão localizados em Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Juiz de Fora, Manaus, Porto Alegre, Salvador, Santa Maria, Recife e Rio de Janeiro.

As instituições oferecem a cerca de 14 mil estudantes da rede pública do 6º ao 9º do ensino fundamental e do 1º ao 3º ano do ensino médio educação que inclui uso de lousa digital, projeto de robótica, passeios, trabalho de campo e culto à pátria.

Investimento maior

O Exército do Brasil não divulgou o valor total de investimento por aluno, mas a estimativa é de que se equipare a índices europeus e seja cerca de três vezes maior que nas demais escolas públicas.

No Paraná, o melhor colégio foi o Militar de Curitiba (CMC). O comandante e diretor de Ensino no CMC, André Germer, destacou o apoio que os professores têm para trabalhar. "Os nossos professores são muito bem preparados. Nós temos aqui uma divisão de ensino, com pessoas especializadas que ajudam na montagem de provas, no planejamento do ano escolar, na parte psicopedagógica. Além disso, uma equipe muito boa de supervisão escolar passa nas salas de aula e dá dicas aos professores de como melhorar as aulas", explicou. Ele reitera que a estrutura da escola apoia o ensino dentro das salas de aula, com melhorias constantes nas instalações e aquisições de materiais.

Germer considera importante o período que o CMC disponibiliza para os professores exercerem as atividades de fora da sala de aula. "Eles têm a tarde livre no colégio para preparar a aula, então não precisam corrigir trabalho à noite e no final de semana", explicou.

Disciplina

O general Santos afirma que os estudantes não são militares, não vestem farda e são cobrados e disciplinados como nas escolas civis. Nas escolas do sistema do Exército, porém, os uniformes incluem saias, meia-calça e sapatos, além de exigirem que as meninas levem o cabelo preso. Os alunos são hierarquizados de acordo com seu rendimento e recebem patentes que vão até a de "comandante do batalhão escolar".

Segundo o coronel Gil de Melo Rolim, comandante do Colégio Militar de Campo Grande, o melhor de Mato Grosso do Sul, a disciplina e o comprometimento com os estudos são as chaves para alcançar as metas de ensino. "O ensino aqui é pautado na aprovação. Durante o ciclo todo, o aluno só pode reprovar uma vez. Se ele reprovar a segunda, sai da escola", disse ao G1.

Para dar suporte ao estudante e ajudá-lo a recuperar as médias, existe uma avaliação individual das notas a cada dois meses. Se o jovem não foi bem em alguma matéria, é feita uma análise se foi dificuldade de compreensão ou se o conteúdo não foi bem explicado pelo professor.

A escola tem reforços, clubes de estudo e professores de plantão unicamente para resolver dúvidas e ajudar nas dificuldades, de acordo com o comandante. "O segredo pedagógico é dar todos os recursos para que o aluno possa estudar e depois cobrá-lo. Assim, ele aprende a ter a disciplina no estudo", conta Rolim.

No Colégio Militar de Brasília, do total de cerca de 2,8 mil alunos matriculados atualmente, 85% são filhos de militares. A escola abre concurso para a comunidade quando há vagas. Apesar de ser classificada como uma escola pública, os estudantes de ensino fundamental pagam uma mensalidade de R$ 140 por mês – valor que chega a R$ 160 para as séries do nível médio.

"Temos a proposta de formar o cidadão de acordo com os princípios, os valores do Exército. É uma formação integral, não só no aspecto cognitivo, mas também psicomotor, cultural e afetivo. Isso envolve muitas coisas, não só ministrar aulas", afirma o chefe da divisão de ensino do CMB, coronel Samuel Horn Pureza.

No Colégio Militar de Belo Horizonte (CMBH), que tem o maior Ideb de Minas Gerais, a coordenadora do 3º ano do ensino médio, capitão Pollyanna Lara Vilanezi, aponta uma diferença básica entre as turmas dos colégios militares e de outras escolas. (Veja ao lado reportagem do Bom Dia Brasil sobre o desempenho dos colégios militares no Ideb)

Durante o ciclo todo, o aluno só pode reprovar uma vez. Se ele reprovar a segunda, sai da escola"

Coronel Gil de Melo Rolim

"A turma, regulamentarmente, tem que ficar de pé quando o professor chega. Então, não existe aula que aconteça sem que todos os alunos sejam apresentados para o professor. Em relação à disciplina, à conversa, é normal, mas nós temos métodos, uma estrutura disciplinar que nos permite controlar isso, o que talvez a gente não tenha com tanta veemência em outros colégios", conta.

Entre os alunos do CMBH, também há uma estrutura hierarquizada, baseada no mérito por nota. Os melhores estudantes de cada ano recebem patentes, que vão de cabo a coronel-aluno. "O melhor aluno do 3º ano comanda o batalhão escolar", afirma o comandante.

"Todo o trabalho conduzido nos colégios militares, respeitando as condições climáticas de cada região do Brasil, passa por uma identidade. Identidade que se materializa no uniforme, nos livros e no currículo; identidade que se materializa no grito de guerra do Sistema e que permite observar a unidade entre os alunos", explicou o general Santos, da Depa.

Turmas homogêneas

Para Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Acesso à Educação, o sistema dos colégios militares funciona em turmas homogêneas de alunos. Elas são formadas em um processo que, segundo o regulamento divulgado no site da Depa, exige dos candidatos selecionados no exame acadêmico a aprovação em um exame de saúde.

De acordo com o subdiretor do Colégio Militar de Salvador (CMS), Coronel Salomão, "para que um aluno aprenda é necessário que ele esteja bem em todas as esferas de sua vida: na família, com os amigos, na escola". Daniel Cara afirma que é justamente o envolvimento da comunidade que estimula os bons resultados. "Existem pesquisas nos Estados Unidos já na década de 1960 que mostram que, nas escolas em que os pais têm mais interesse e participam mais, os alunos vão melhor."

Entre exemplos brasileiros além da estrutura militar, ele cita os colégios técnicos da rede estadual em São Paulo, que também têm processo seletivo para ingresso de novos estudantes e requerem maior participação familiar.

CONHEÇA ALGUNS COLÉGIOS MILITARES

colegiomilitar1 (Foto: Divulgação)

O Colégio Militar de Salvador (CMS) tem o maior Ideb da Bahia. A nota de 7,2 nos anos finais do fundamental ainda é a sexta maior do Brasil. Como mantém altos índices desde 2005, na primeira edição do Ideb, o CMS também tem metas ambiciosas e, neste ano, ficou ligeiramente abaixo do esperado: 7,3.

Área do colégio reservada para a prática de esportes.  (Foto: Raquel Freitas/G1)

No Colégio Militar de Belo Horizonte, o melhor de Minas Gerais no Ideb 2011 no fundamental, os cerca de 700 alunos passam a manhã no ensino regular em 23 salas de aula, 23 salas de aulas e em laboratórios de física, química, matemática, biologia e informática. Á tarde, praticam atividades complementares como música e artes, além de esportes em dois campos de futebol, ginásio coberto, sete quadras de esportes, um estádio de atletismo, uma piscina e um centro hípico.

Lousa digital é usada em todas as salas do Colégio Militar (Foto: Fernando da Mata/G1 MS)

A nota de 6,9 no Ideb 2011 colocou o Colégio Militar de Campo Grande (CMCG) no topo do ensino fundamental II em Mato Grosso do Sul. Para garantir a qualidade, uma avaliação individual das notas é feita a cada dois meses. Se o jovem não foi bem em alguma matéria, é feita uma análise se foi dificuldade de compreensão ou se o conteúdo não foi bem explicado pelo professor.

Apresentação de dança e música dos alunos do CMB de Brasília em comemoração ao Dia das Mães (Foto: Maricélia P. de Oliveira/Divulgação)

A maior nota no Ideb do Distrito Federal foi do Colégio Militar de Brasília (CMB), com 6,7 pontos. Além do currículo regular, os alunos podem fazer atividades gratuitas que são oferecidas no horário oposto ao das aulas, como palestras, exposições, viagens, música e dança.

Colaboraram o G1 BA, G1 DF, G1 MG, G1 MS e G1 PR

Fonte: G1.

Assista aos vídeos abaixo:

Escolas militares têm desempenho acima da média
Rodrigo Pimentel fala sobre a disciplina nas escolas militares