Deus dá liberdade aos Seus filho

Na liberdade que temos, damos o exemplo e não seguimos as más inclinações deste mundo

“Jesus perguntou: ‘Simão, que te parece: Os reis da terra cobram impostos ou taxas de quem: dos filhos ou dos estranhos? Pedro respondeu: ‘Dos estranhos!’ Então Jesus disse: ‘Logo os filhos são livres’” (Mateus 17, 25-26).

domingo, 8 de novembro de 2009

Insegurança para os Juízes, o problema não é do policial.

28/10/2009

Na semana passada, as jornalistas Alana Rizzo e Mirella Delia, ambas do Correio Brasiliense, desenvolveram uma matéria com o seguinte titulo: “Segurança longe do razoável”, em que aborda a falta de segurança nos Fóruns e Comarcas, em especial no norte e nordeste, segundo a Associação dos Magistrados Brasileiros, 94% das Comarcas nordestinas não tem itens básicos, no norte, 89% dos Juízes reclamam e se sentem inseguros com a falta de policiamento, tanto a segurança nos locais de trabalho como a pessoal.

A matéria é enxuta, feita com uma única finalidade que é demonstrar que os magistrados estão inseguros, como se os mesmos não pertencessem à sociedade e diante da crise galopante da segurança pública fossem as primeiras vítimas ou, o alvo preferencial, desta forma, os outros trabalhadores, e no “mote” da questão entra pela via indireta o trabalhador policial, algoz e vitima, a vidraça preferencial da sociedade na robustez das pedras que serão alçadas nas primeiras horas da manhã, antes do canto do galo, do primeiro mijo, como é dito no sertão nordestino.

O raio-X é direcionado, a AMB diz que em apenas 6% das Comarcas nordestinas o policiamento é significante, e em 94% não há itens de Segurança como: câmaras de monitoramento; detector de metal ou alarmes interno e externos. No norte 90% dos Juízes disseram que o policiamento nos fóruns é irrisório, e cita o Pará como expoente negativo da grave situação, contabilizando que nos últimos dois anos, ocorreram 10 situações graves no estado. Algumas cidades como Marituba, São Felix do Xingu, Barcarena e Santo Antonio do Tauá são exemplos da insegurança reinante. No sudeste, foi dito que metade dos Fóruns não tem policiamento, onde tem, é considerado insuficiente por quase 93% dos Juízes; em Três Pontas e Sete Lagoas ocorreu tiroteio dentro dos Fóruns ainda este ano; no Rio de Janeiro o TJ adotou uma medida drástica, duas varas criminais de Campo Grande, Zona Oeste, foram transferidas para a capital no Centro, e as varas de Bangu, Santa Cruz e Madureira, por incrível que possa parecer, não julgam mais crimes dolosos, esses delitos agora são de única competência dos quatro Tribunais do Júri, que ficam no Fórum Central.

Em Minas Gerais, na cidade de Sete Lagoas, que fica a 70 km de BH, ocorreu uma tragédia que teve como vítima o agente penitenciário Wandrew Shwenck, quando em audiência e ao escoltar dois meliantes na primeira vara criminal no mês de setembro do corrente, ao tentar colocar as algemas em um dos presos, os mesmos tomaram a arma do penitenciário e efetuaram um disparo a queima roupa no seu rosto, só sendo contido após um tiroteio com um policial civil que se encontrava também no Fórum em audiência particular, o agente penitenciário corre o risco de ficar paraplégico, haja vista a gravidade da lesão sofrida e que atingiu a região medular.

Essa real vivencia da insegurança dos Magistrados no Brasil, pode ser triplicada na atuação policial, principalmente nas regiões mais inóspitas do maranhão, por onde começa o infortúnio do isolamento policial, manda-se o trabalhador policial para Delegacias sem a mínima estrutura e cobra-se deste homem e desta mulher uma atuação exemplar, é como querer enxugar o gelo, sabem que o quê é feito, o fazem como podem, assim como no primeiro erro culposo serão exemplarmente execrados e abandonados pelo poder público, como se fôssemos trabalhadores descartáveis e se estivéssemos a serviço da ingratidão, estamos?

Texto de total responsabilidade
De Amon Jessen
Presidente do SINPOL
Data: 28.10.2009

Fonte: Sindicato dos Policiais Civis do MA.

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